O que é ser progressista? Na definição de mestre Aurélio é ser favorável a transformações políticas, econômicas e sobretudo, sociais. O que essa definição tem a ver com o Partido Progressista? Se você achar uma explicação convincente para tal diatribe, dou-lhe uma cuia de sarapatel , uma porção de baião de dois e como sobremesa, mousse de quixaba.
Dois pesos e duas medidas
O Ministério Público do Paraná quer a suspeição de Eduardo Appio, novo juiz da 13ª. Vara Federal de Curitiba. O magistrado fez críticas à sentença de Sérgio Moro contra Lula e teria, segundo a procuradora Carolina Bonfadini, até feito doação à campanha presidencial de Lula. Conforme notícia do jornal O Globo, a procuradora diz em seu pedido que Appio “não está investido do necessário atributo da imparcialidade, o que inviabiliza a apreciação justa e prolação de decisão equânime pelo magistrado”.
A ser comprovada esta suspeita, está correta a procuradora. Não dá pra dizer o mesmo do MP quando não se atentou lá atrás para a parcialidade do então juiz da 13ª. Vara , quando ele mandou o ex-presidente para a cadeia, tornando-o inelegível em 2018 e depois virando ministro do candidato vencedor.
O preço da incivilidade
O que justificaria um alagamento na região central de Maringá como o regitsrdado na tarde dessa quinta-feira? Talvez nem os 40mm que seria normal chover em um dia e caiu em apenas uma hora. O que aconteceu, por exemplo, no Mercadão, deve servir de alerta para que a Prefeitura faça uma checagem geral das condições das bocas de lobo. Como toda água da chuva que cai no centro escore das galerias pluviais para o Túnel Liner, é bem provável que há muito bueiro obstruído pelo lixo que as pessoas jogam a todo momento nessas válvulas de escape.
Dia desses eu passava por uma avenida do Novo Centro e uma senhora de idade estava retirando de uma boca de lobo uma marmita de isopor e uma garrafa pete. Parei para ajudar e ouvir o desabafo daquela zelosa senhora: “Quem faz um negócio desse é criminoso, você não acha?”. Respondi: “acho, mas o problema da falta de conscientização é uma questão cultural , que pode ser minimizado com campanhas educativas, coisa que não temos visto por aqui”.
Não dá pra tolerar o intolerável
A fala do vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul, de apoio ao trabalho escravo e de ofensa à Bahia, aos baianos e a todo o povo nordestino, é algo inaceitável. O mínimo que pode acontecer com o escroque é a cassação de seu mandato.
Little Big Man
“Ignorância é um terreno infértil, incapaz de germinar as sementes de que florescem os valores fundamentais da liberdade e da democracia”. A observação, quase em tom de desabafo , foi da presidente do STF Rosa Weber durante solenidade de alusão aos 100 anos da morte de Ruy Barbosa, um dos fundadores da mais alta corte de justiça do país. O busto do brasileiro ilustre foi brutalmente atacado pelos vândalos nos episódios de 8 de janeiro, mas o máximo que eles conseguiram foi produzir um afundamento na testa do Águia de Haia. A parte danificada não será restaurada, porque segundo a ministra, a obra de bronze deve permanecer como está , pois servirá de lembrança de um dos momentos mais tristes da história do Brasil, que não deve ser esquecido. Até porque, tornou-se prova cabal da fortaleza da nossa democracia . Viva o pequeno grande homem (little big man) , símbolo maior da luta pelos direitos humanos, contra o racismo e todo tipo de intolerância.
Divaldo, Divaldo !!!
O médium Divaldo Franco causou um tremendo mal estar na Bahia, sobretudo em Salvador, sua cidade natal, ao explicitar seu apoio aos golpistas do dia 8 de janeiro. Que espírito teria ele incorporado ao sair em defesa de criminosos? Responde o mendigo Batuta, de Itaberaba, que foi o espírito de porco.
A direita é sempre previsível
Homero Marchesi passou dois anos na Câmara Municipal de Maringá liderando o “bloco do eu sozinho”. Não era o fato dele ser de extrema direita o que contava na sua condição de “espalha roda”. Ele fazia questão de estar sempre em confronto com os nobres pares, geralmente por picuinha ou no máximo, com um discurso falso-moralista. Homero se elegeu deputado estadual e se mudou para Curitiba. Não se reelegeu e está de volta a Maringá, trabalhando para se transformar numa espécie de “outsider” nas eleições municipais do ano que vem.
Nessa missão, Homero não está sozinho. Até porque deixou uma substituta à altura no Legislativo Municipal. Cris Lauer, que sempre me faz lembrar Carla Zambelli, age de acordo com uma cartilha que tem no neonazismo a sua grande referência. Não se surpreendam se ela e Marchesi fizerem uma dobradinha em 2024, com apoio incondicional do MBL do Kim Kataguiri. Nada mais previsível.
História pro Kajuru não dormir
O avião levantou voo no Aeroporto Afonso Pena rumo a Brasília. A bordo, dois aliados políticos e hoje, adversários. Um deles está com o coração até aqui de mágoa e o outro, no modo “tô nem aí”. O magoado atende pelo nome de Álvaro Dias, o arrogante recebeu na pia batismal o nome de Sérgio Moro. O primeiro ficou fã do segundo, por conta da sua ação justiceira na Lava Jato e depois foi por este traído. Na aeronave estavam separados por apenas uma fileira. Um percebeu o outro e o outro fez que nem viu o um. O que atende pelo nome de Álvaro Dias não escondia seu desconforto e o batizado de Sérgio, continuou a viagem toda se fazendo de samambaia.
O senador desceu na capital federal, passou perto do ex, que ele derrotou em outubro, e fez de conta que não o conhecia. O silêncio de Álvaro Dias, que defendeu com unhas e dentes a Lava Jato, ao ponto de colocar o juiz Moro num pedestal era ensurdecedor. O de Moro, cortante. Calados os dois estavam, calados e indiferente um ao outro, ambos desceram . Após pegarem as respectivas malas, tomaram direções opostas, deixando em quem os observava à distancia, a certeza de que realmente, dois bicudos não se beijam.
Lendo essa história no blog do Esmael Morais, que procurei enfeitar aqui com uma certa dramaticidade tragicômica, fiquei pensando: o que diria de Moro o senador Jorge Kajuru ?
Abandono criminoso
Uma reportagem da RPC , exibida hoje no telejornal da noite, mostrou a situação caótica das rodovias federais do Paraná. Longe de mim defender o pedágio, mas o fim do contrato com as concessionárias , que parece ter sido coisa encomendada, foi determinante para a degradação total da malha viária do Estado. Os buracos que tomam conta das rodovia são a causa maior de grandes tragédias que a PRF tem registrado de um ano pra cá. Quem deve pagar a conta desse abandono criminoso, o ex-presidente Bolsonaro ou o governador Ratinho Júnior? Eis aí um debate necessário.
Politica do perde, perde
É oficial: 59,3 milhões de brasileiros estão no Serasa, de acordo com estudo da própria Experian. O que cresceu não foi apenas o número de negativados, mas o valor das dívidas também. Em média, cada inadimplente, que em janeiro de 2018 devia R$ 3.926,40 passou a dever em janeiro de 2023, R$ 4.612,30. O que isto significa? Significa em primeiro lugar, que o desemprego explodiu e a massa salarial encolheu. Isso é ruim pra todo mundo, inclusive pra quem paga, porque há uma crise de demanda e dessa crise não escapam também quem produz e quem vende, ou seja, a indústria e o comércio. Vivemos uma política do perde, perde.








