O governador Ratinho Júnior cancelou uma reunião que faria nesta quinta-feira com 300 prefeitos na capital e decidiu viajar para o interior para se entregar de corpo e alma à campanha de Bolsonaro. Começa por Arapongas em jantar com prefeitos do Norte e um almoço sexta-feira em Francisco Beltrão com lideranças do Oeste-Sudoeste. Dizem que no almoço o Rato pai poderá estar presente.
Nota de pesar
“A Prefeitura de Maringá, por meio do prefeito Ulisses Maia, expressa o mais profundo pesar e indignação pelo falecimento da servidora Miria Atanasio da Silva, de 49 anos, ocorrido na noite desta terça-feira, 18. Ela era educadora infantil da rede municipal desde 2017 e trabalhava na Escola Municipal Joaquim Maria Machado de Assis, tendo deixado importante legado na educação dos alunos e alunas”.
A Polícia ainda não havia localizado até hoje de manhã o marido Edvaldo Rodrigues Salomão, que matou Miria com 14 facadas.
Bombardeio inoportuno
As pesquisas eleitorais estão sob pressão. O presidente da Câmara Arthur Lira saca da gaveta um projeto de lei do deputado paranaense Rubens Bueno, com as folhas já amareladas pelo tempo, e tenta aprovar a toque de caixa, às vésperas do segundo turno. Para piorar as coisas, o líder do governo Ricardo Barros quer introduzir no projeto uma emenda que prevê prisão de até 10 anos para os responsáveis pelos institutos e cadeia também para os contratantes. Não há palavras na língua portuguesa para resumir tamanho absurdo.
Nunca é demais lembrar que pesquisa não é prognóstico, é diagnóstico. Portanto, mede a tendência do eleitorado no momento em que as entrevistas são realizadas. O que é preciso fazer, é criar mecanismos que impeçam a proliferação de institutos sem qualquer lastro e credibilidade. Pode até se aprovar uma lei neste sentido, mas não assim de forma tão vergonhosamente oportunista.
Assédio eleitoral com BO
Ouvi agora de manhã na CBN de um procurador geral do trabalho que o assédio eleitoral se equivale ao assédio moral e ao assédio sexual, embora não se tenha notícia de punição equivalente. De qualquer maneira, é crime. Em Maringá , uma transportadora demitiu (além de destratar) três motoristas, por serem nordestinos e ante a suspeita de que votam no adversário do atual presidente. O caso foi parar na 9a. SDP.
Biruta de aeroporto
O ex-juiz e agora senador Sérgio Moro foi fritado no governo Bolsonaro, de onde saiu atirando e para onde foi assim que desistiu da magistratura após conquistar o seu grande troféu: a prisão de Lula. Agora , voltou para os braços do presidente. Já o acompanhou no debate da Band e assim que voltar da Espanha, para onde viajou a passeio, gravará para o horário eleitoral na última semana da campanha de segundo turno.
Seu comportamento controverso e de coerência quase zero, anda gerando algumas críticas, como a da candidata a presidente de maior destaque primeiro turno, Simone Tebet. A senadora pelo Mato Grosso do Sul se referiu a Moro como “biruta de aeroporto”. Só lembrando que “biruta de aeroporto” é aquele equipamento antigo que pende sempre para o lado que o vendo sopra.
No caso específico, a pergunta que não quer calar é : o que Moro espera de Bolsonaro em caso de reeleição? Seria voltar ao Ministério da Justiça ou a indicação para uma das duas vagas no STF a ser preenchida nos próximos 4 anos?
Devagar, devagarinho…mas vai que vai
O petróleo já subiu e o governo estava tentando manter os preços da gasolina na marra. Só que não deu mais pra segurar e o ciclo de alta começou a ser retomado devagar, devagarinho. Esta semana o combustível subiu em todo o Paraná, 1.47%. Com a manutenção da política de paridade, não em jeito. É só acabar a eleição que a mola, artificialmente comprimida, volta a explodir.
A estrela foi um broche
No fim das contas um broche usado por Lula no debate de domingo chamou mais a atenção do que o próprio debate. Não no calor da hora, mas no depois. A repercussão foi enorme na internet. O broche expressa o símbolo de uma campanha nacional contra o abuso e a exploração sexual infantil. Lula estava com o broche na lapela, como uma indireta a Bolsonaro, que se viu envolvido numa polêmica com meninas venezuelanas, com o uso de uma frase que remete à pedofilia. O ministro Alexandre de Moraes mandou tirar o vídeo das redes sociais e proibiu Lula de usar em seu programa. Mas o estrago já estava feito.
Quem avisa amigo é…
Nunca é demais lembrar que em nota dirigida a empregados e empregadores o Ministério Público Federal, Ministério Público do Paraná e Ministério Público do Trabalho advertem: “Qualquer forma de pressão para que o funcionário vote em determinado candidato indicado pelo patrão é assédio eleitoral que pode ser punido inclusive pela justiça. O exercício do poder do empregador é limitado, entre outros elementos, pelos direitos fundamentais da pessoa humana, o que torna ilícita qualquer prática que tenda a excluir ou restringir a liberdade de voto dos trabalhadores”.
Grande Nelson!
Qualquer um tem o seu momento de São Francisco de Assis, e insisto: – o vigarista, o batedor de carteiras, o ladrão de galinhas ou o Drácula pode, sob um estímulo qualquer, virar um santo feérico. (Nelson Rodrigues)