Aldir Blanc dizia na letra de uma de suas centenas de músicas que “não há nada de novo no ano novo”. Dessa vez há sim. Há a volta do alívio e de uma grande festa da democracia. Há sim, a esperança de que o país volte ao clima de paz, depois de quatro anos de uma guerra ideológica insana e irracional. A partir daí, que o país se una para combater suas principais mazelas, agravadas de 2019 para cá, caso da fome e do crescimento assustador da população de rua.
Sim, recordar é viver
Reencontrar amigos que há tempo não se vê é um prazeroso exercício de memória, sobretudo afetiva. E colocar o papo em dia foi o que fiz na manhã de ontem com os velhos amigos Edilson Pereira, jornalista dos bons e escritor de bons livros de ficção e Carlos Martins, narrador esportivo e publicitário de mão cheia. Nosso reencontro foi na tradicional Açukapê, uma espécie de “boca maldita” de Maringá . Espero que tenhamos outras oportunidades como esta, porque como diria a minha sábia avô Maria Alvina, a dindinha Alvina, “É preciso sempre recordar, porque recordar é viver” .

A vida como ela é…
O governador Ratinho Júnior decretou luto oficial no Paraná por três dias, em homenagem a Pelé, morto ontem aos 82 anos. E dona Celeste, a mãe do rei do futebol, vai enterrar o filho ilustre aos 100 anos. Assim é a vida.
Sem financiador, nada feito
Bolsonaristas de vários estados brasileiros estão indo em caravanas para Brasília para passarem o Reveillon em frente ao quartel general do Exército. Segundo o Correio Brasiliense nenhum ônibus do Paraná está a caminho, porque faltou financiador. Cada um paga a sua passagem (entre R$ 150 e R$ 200) e não querer meter a mão no bolso é prova de que a devoção pelo mito aos poucos se esvai.
Um nasceu para o outro. E ponto final
Pelé e a bola, a bola e Pelé. Quem há de dizer que um não nasceu para o outro?

Do futebol à economia
Londrina e Maringá são rivais históricos no futebol. Era uma rivalidade saudável e que fazia das duas cidades dois grandes polos futebolísticos do Sul do país. Mas o futebol do interior perdeu o visgo e até o encanto. Hoje essa rivalidade não existe, a não ser na memória dos saudosistas, que chegavam a sair na mão em clássicos do café no Wilie Davids ou no Vitorino Gonçalves Dias. Galo e Tubarão faziam grandes jogos e as torcidas, grandes espetáculos, às vezes, infelizmente, regados à violência.
Mas isso é passado. Hoje, as duas metrópoles rivalizam em outros setores, como agora na economia, quando Londrina se gaba de ser o 47º maior PIB municipal do país e Maringá o 52º, conforme dados do IBGE. Mas há um detalhe que faz o maringaense estufar um pouco mais o peito: em 2022 o Produto Interno Bruto de Maringá cresceu mais do que o de Londrina – 4% contra 1%.
Obs (pertinente e necessária) :
A foto, que foi capa da quinta edição da POIS É, mostra Garoto, o grande ídolo do Grêmio Esportivo Maringá no início dos anos 60 e o goleiro Zeferino, ídolo do Londrina na mesma época. A elaboração dessa foto histórica envolveu todo um trabalho de logística, comandado por mim e pelo Antônio Moscardi. Primeiro, viabilizamos o encontro em Maringá do Zeferino e do Zé Garoto e depois precisamos da autorização do então prefeito Said Ferreira para acender os refletores do WD, só para o clic.
Pedra no sapato
“O governo do rato está vendendo a Copel, a Compagas (que eu criei ), privatizando escolas públicas, vendendo Sanepar. Que coisa triste, produto da ignorância e incompetência”, critica o ex-governador Roberto Requião, pedra no sapato do atual ocupante do Palácio Iguaçu.
Seguro morreu de velho…
Mas todo o cuidado é pouco, porque o ovo da serpente ainda choca em manifestações contra a democracia, Brasil a fora.
Dino chuta o pau da barraca
O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já está exercendo plenamente o cargo, na preparação dos esquemas preventivos de segurança para a posse do presidente Lula, que terá a presença do maior número de chefes de estado da história da república.
Dino, que foi juiz federal e deixou a magistratura para ingressar na política, sempre demonstra calma em suas falas e se expressa com oratória certeira e frases cortantes. Para prevenir novos atentados ele tenta desmontar as concentrações absurdas ainda existente na frente dos quartéis e, usando sempre a Constituição como cassetete, chuta o pau da barraca.