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Geral

Sonho sonhado…

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Um amigo meu disse que torceu pela Inglaterra porque sonhou que uma decisão da Copa entre ingleses e argentinos poderia dar um novo desfecho para a Guerra das Malvinas.

Em local inadequado

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Marisa Monte arrasou na apresentação que fez em Maringá esta semana, mas o local escolhido para o show arrasou com a cantora e seu público. O Pavilhão Azul do Parque de Exposições não é lugar para esse tipo de intérprete, cuja voz de veludo e interpretações magistrais  merecem  espaço com boa acústica , acomodações adequadas e ar condicionado. “O calor estava infernal e durante duas horas Marisa parecia se derreter no palco”, disse a cabeleireira Cida,  fã de carteirinha da diva da MPB. Que da próxima vez os promotores  tenham sensibilidade , não atravessem o samba e levem qualquer artista dessa grandeza para locais como os teatros Marista e Kallil Haddad.

Mandatos de Sérgio e Rosângela balançam

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O mandato do ex-juiz Sérgio Moro, que se elegeu senador pelo Paraná está balançando. Além da reprovação de suas contas de campanha recomendada por dois desembargadores do TRE-PR , o PL ingressou no TSE contra a diplomação e posse do ex-juiz. Como desgraça pouca é bobagem, agora é a mulher de Moro , Rosângela, que está com o mandato de deputada federal pendurada na Justiça. Ela se elegeu por São Paulo, onde a área técnica do Tribunal Regional Eleitoral recomenda a rejeição de suas contas de campanha. O casal corre o risco de conhecer, de fato, o que é, verdadeiramente , uma vitória de Pirro.

No twitter , Moro acusa Paulo Martins , o segundo colocado na disputa do Senado, de ter se mancomunado com o presidente do PL/PR Fernando Giacobo para entrar com ação da Justiça Eleitoral Contra ele. Irado, o  ex-juiz denuncia: “Este sujeito mudou de cor para ter acesso ao fundo partidário”. Os dois se autodenominam de representantes da direita. Martins, por exemplo , consegue ser mais bolsonarista do que o próprio Bolsonaro. Mesmo assim o ex-juiz da lava-jato sugere: “Se une ao Jacobo para azer o L, de Lula, vai”.

Sinal de alerta

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Uma área urbana degradada não quer dizer apenas que seja uma área sem vegetação, sem galerias de águas pluviais e sem nenhum tipo de mecanismo de proteção ambiental. Quando esta área é negligenciada pelo poder público ela também se enquadra no conceito de degradação. É o que acontece, na minha modesta maneira de ver as coisas, com o coração de Maringá, onde as mazelas sociais saltam aos olhos e tornam perigoso todo o entorno do terminal de ônibus, cuja beleza arquitetônica contrasta com o estado de abandono da Praça Raposo Tavares e adjacências.

Dia desses um advogado que tem escritório na área central ligou para o Jornal do Povo, manifestando preocupação com o que considera  “crônica de uma possível tragédia anunciada”. Seguinte: moradores de rua têm acessado o interior do antigo Cine Plaza e em noites frias estariam acendendo pequenas fogueiras para se aquecerem. O perigo de um incêndio de proporções gigantescas torna-se iminente. E imagine só: um incêndio iniciado naquele ambiente pode colocar em risco todo o quarteirão.

Não é o caso de sugerir que as forças de segurança da cidade atuem no sentido de expulsar os desafortunados invasores, mas que a Administração Municipal encontre uma solução urgente (e humanitária) para o problema, que é muito grave. E que logo na sequência, tire do papel o projeto,  que sei que existe, de revitalização daquele importante espaço público.

Democracia pressupõe civilidade

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A população tem todo o direito (e deve) se manifestar contra o que considera abuso de poder na gestão pública, principalmente contra seus representantes mais diretos, no caso os vereadores. A democracia comporta e até recomenda cobranças duras , quando o interesse coletivo está em jogo. Mas o que aconteceu hoje na Câmara Municipal  de Maringá não foi simplesmente um protesto, mas uma manifestação de intolerância e violência, bem ao estilo do que temos visto nas últimas cinco semanas em todo o país.

Não vejo relevância na polêmica sobre o aumento do número de cadeiras no legislativo maringaense, mas acho que os vereadores extrapolaram um pouco, incluindo no mesmo projeto aumento salarial para eles próprios com índices muito acima do razoável. Para aumentar a irritação dos manifestantes, incluíram dois penduricalhos, injustificáveis sob qualquer ponto de vista.

Ora, vamos combinar que 13º  e férias remuneradas para vereador é um pouco demais. Defendo que o vereador deve ter um bom salário, compatível com o peso da função e com o trabalho que ele é impingido a realizar durante o mandato. Se bem que faço novamente a ressalva: tem vereador que merece cada centavo que o erário lhe paga, mas tem vereador que se pagar para exercer o mandato acaba sendo caro para a sociedade. Bom senso, caldo de galinha e espírito público não fazem mal a ninguém.

“Sangue novo”

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Tá combinado:  Ademar Traiano (PSD) será novamente candidato à presidência da Assembleia Legislativa do Paraná, com nova reeleição praticamente definida. Ele irá para o seu quinto mandado à frente da Alep. Isso é que é longevidade , o resto é conversa pra Aníbal Koury dormir… em paz.

Livre pensar…

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Sempre houve muita besteira no mundo. Mas, no momento em que a tecnologia  da comunicação se juntou com o enrolo ideológico, as besteiras se tornaram mais amplas e sinistras.

. Milôr Fernandes

Não à privatização do HU

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O HU tem uma gestão de excelência e além dos relevantes  serviços que presta à população regional , funciona também como um centro de qualificação profissional, um hospital escola na verdadeira acepção da palavra. Não só por isso, mas também por isso, tornou-se uma referência na macro-região Noroeste do Paraná. Privatizá-lo é um crime de lesa pátria.

Nada mais que um detalhe

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O governador Ratinho Júnior indicou para ocupar a vaga de Nestor Batista no Tribunal de Contas do Paraná, o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Ponta Grossa, Augustinho Zuchi. Problema? Nenhum. Apenas lembrar que Zuchi esteve envolvido no escândalo dos Diários Secretos da Alep e teve condenação pecuniária por contratar uma funcionária fantasma. Mas isso é apenas um detalhe. Certo?

Porque Castillo deu com os burros n´água

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Castillo tentou um autogolpe e levou um golpe do Peru, comandado por ninguém menos que a filha do ex-ditador Alberto Fujimori.

É estranha a forma  como a imprensa brasileira está tratando a questão peruana. Trata de  um ângulo só, o ângulo que lhe interessa e interessa às elites nacionais, que de maneira sub-reptícia aproveita o mote para reoxigenar o debate escroto sobre o Foro de São Paulo.

Na verdade, Castillo não conseguiu pacificar o país, que vem de conflitos políticos e sociais muito graves, principalmente após a promulgação da Constituição de 1993, que tornou urgente a criação de um novo contrato social em que prevalecesse os interesses do povo e não de grupos. Isso não foi feito e a crise interna só se agravou.

Pedro Castilho foi eleito com a perspectiva de mudar o quadro, assumindo o protagonismo na formulação do pacto. Mas fracassou. E em fracassando, desandou a maionese. E ao desandar a maionese, ficou sem respaldo político , foi impichado e tentou dar um autogolpe. Acabou preso.

As acusações contra o governo de tão curta duração é de corrupção, porque é sempre pela via da corrupção que as crises de credibilidade do governante se instala. Mas no caso peruano, some-se a isto, a questão ideológica, que apressados analistas brasileiros já trataram de fazer contextualizações descabidas.

Só uma informação básica e fundamental, que o noticiário da mídia brasileira vem omitindo : o processo de impeachment foi comandado pela líder da oposição, a direitista Keiko Fujimori (filha do ditador Alberto) , que perdeu as a eleição presidencial para Castillo em 2021.