O governador Ratinho Júnior é um privatista militante. Privatizou quase tudo que era estatal no Paraná. O presidente estadual do PT, Arilson Chiorato, disse que se Jota Erre chegar à presidência ele acaba com o patrimônio dos brasileiros.
O analógico
Ratinho Jr era até dia desses uma das alternativas do bolsonarismo para 2026. Mas deixou de ser, porque constataram que ele não é grande coisa nas redes sociais, ao contrário de Tarcísio de Freitas, que bomba. De acordo com análise publicada pelo portal Poder 360, falta ao governador do Paraná, relevância no ambiente digital. O chamam de político analógico.

Será que seria?
O trumpismo e o bolsonarismo se inseririam naquela variedade de sintomas mórbidos que aparecem quando “o velho está morrendo e o novo ainda não pode nascer”, conforme Gramsci? Seria isso mesmo?
O cinismo dos falsos patriotas
Corromper palavras é típico dos autoritários de qualquer cor política. Bolsonaro e seus esbirros, adeptos da ditadura militar que asfixiou o Brasil por 21 anos, têm o cinismo de gritar por “liberdade de expressão” —liberdade que querem usar justamente para suprimi-la se voltarem ao poder. É o mesmo cinismo com que dizem “o Brasil acima de tudo” enquanto municiam Trump para afrontar a soberania brasileira. O perigo não está só na mentira, mas, pior ainda, na mentira como verdade.
. Ruy Castro
Projeto predador
Tramita na Assembleia Legislativa um projeto de lei pra lá de absurdo. É do deputado estadual Matheus Vermelho, do PP, que libera a pesca do dourado nos rios do Paraná. A proibição da captura é por 8 anos, tempo suficiente para que a espécie possa escapar do processo de extinção. A bola está no pé do deputado Soldado Adriano José, que é o relator do projeto na Comissão de Justiça.

Furacão em tempo de zica
A escola de samba Leões da Mocidade foi rebaixada no desfile de ontem para o segundo grupo do carnaval de Curitiba. Nada muito relevante, apenas a curiosidade de que a escola levou para a avenida o tema Atlético Clube Paranaense, que ano passado foi rebaixado para a série B do Brasileirão. A ziquizira baixou de vez na baixada, a casa do Furacão
Reflexão sem dor, do Millôr
Herança é o que os descendentes recebem quando o cara não teve a sabedoria de gastar tudo antes de morrer. (Millôr)
Um relato perturbador
O professor e pesquisador Matias Spektor resgata relato da CIA sobre uma reunião perturbadora entre o então presidente Ernesto Geisel e aquele que viria 4 anos depois a ser seu sucessor, o também general João Batista Figueiredo, chefe do SNI. Ocorreu em 1974 e nessa ocasião o que discutiam era a continuidade (ou não) de um programa de extermínio de adversários do Golpe de 1964. Relata Spektor: “O grupo de assessores informa a Geisel , recém-empossado presidente, da execução sumária de 104 pessoas no CIE durante o governo Médici, e pede autorização para continuar a política de assassinatos no novo governo. Geisel explicita sua relutância e pede tempo para pensar. No dia seguinte, Geisel dá luz verde a Figueiredo para seguir com a política, mas impõe duas condições. Primeiro, “apenas subversivos perigosos” deveriam ser executados. Segundo, o CIE não mataria a esmo: o Palácio do Planalto, na figura de Figueiredo, teria de aprovar cada decisão, caso a caso ”.
Consta que o relato da CIA foi endereçado a Henry Kissinger, então secretário de Estado. Kissinger montou uma política intensa de aproximação diplomática com Geisel. O governo Militar, todos sabem, virou vassalo dos Estados Unidos. E a vassalagem voltou com tudo a partir do momento em que Bolsonaro assumiu em 2019 , com, Donald Trump na Casa Branca. Hoje fora do poder no Brasil e prestes a ser preso, Jair Messias Bolsonaro e sua turma, Eduardo Bananinha à frente, está de novo beijando e babando nas mãos do fascista que retornou à presidência dos EUA.
Uma obra pra lá de atual
Comecei a reler As Viagens de Gulliver porque não me lembrava bem mas achava que a sociedade atual, principalmente a brasileira, anda com complexo de lilliput. Ou seja, anda se apequenando diante do crescimento do nazifascismo, a partir de 2018 e oxigenada agora com a influência maléfica do habitante atual da Casa Branca.
Jango, Lula e Ainda Estou Aqui…tudo a ver
O Oscar para o filme Ainda Estou Aqui tem uma importância incalculável para a democracia brasileira e sobretudo para a luta das pessoas que pensam, contra o ódio que vem sendo disseminado no país desde que Bolsonaro se elegeu presidente da república em 2018. Nunca é demais lembrar que Rubens Paiva foi um deputado federal sintonizado com as aspirações populares e sobretudo com agendas sociais voltadas para a socialização da riqueza nacional. Claro que Marcelo retrata livro a prisão e morte do pai a partir de um anglo familiar e afetivo, mas tendo como pano de fundo a ditadura implantada no país a partir de 1964.
O golpe do 31 de março teve apoio incondicional dos Estados Unidos, que não engolia a política externa independente de João Goulart e ocorreu quando o presidente estava prestes a implantar as reformas de base, cujo objetivo era reduzir desigualdades sociais e fortalecer a economia nacional. Entre outros projetos, o que mais causava urticária na elite brasileira eram as reformas agrária e urbana. A primeira garantia terra a quem queria e sabia trabalhar a terra e a segunda assegurava o direito a moradia digna à população pobre. Pensando bem, as perseguições a Lula guardam semelhanças com o período Jango. Ou não, meu caro Bastião?
