Início Geral Página 210

Geral

A questão é o bolo

4

Refiro-me ao bolo tributário, que a União controla e repassa muito pouco às prefeituras. Por isso, a reforma tributária, com maior valorização dos municípios, foi o tom da conversa entre prefeitos de todo o país com o coordenador da transição, vice-presidente eleito Geraldo Ackmin, nesta quarta-feira.

Entre os prefeitos estava o de Maringá, Ulisses Maia, que apresentou demandas que são urgentes para as grandes e médias cidades brasileiras, caso da mobilidade urbana e da saúde. Ulisses foi um dos 15 prefeitos escolhidos pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) para integrar a comissão encarregada de manter diálogo direto com a equipe de transição do governo Lula.

Para além da metáfora

4

“Vou dar a letra!

Aqui em Maringá funciona assim: se um comerciante de bar, restaurante, conveniência colocar uma mesa a mais na calçada , a vida do sujeito vira um inferno pela fiscalização. Agora montar acampamento no meio da Avenida Mandacaru , pode! Colocar banheiros fedorentos na calçada, pode! Puxar gato de energia sei lá de onde, pode! Instalar uma cozinha sem fiscalização da vigilância sanitária, pode também! Interditar ponto de ônibus e ciclovia pode !!!!! Se for do lado da delegacia e melhor ainda porque da sensação de segurança!!!”

. Humberto Boaventura (advogado)

Chance zero

4

O líder do governo na Câmara, o maringaense Ricardo Barros, disse hoje à CNN que a possibilidade do TSE dar qualquer decisão a favor de Bolsonaro é zero. Esta é a nota que ele atribui a ação que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, deu entrada hoje no Tribunal Superior Eleitoral. Claro que na condição de líder, Barros não deixaria por menos: criticou a alta corte, dizendo que seus ministros tomaram lado contra o presidente. Mas não se espantem: o PP já lulou e Barros nem vai esperar a missa de sétimo dia do governo Blsonaro para costear o alambrado petista.

Extra! Extra! Extra !

1

O governador Ratinho Júnior tenta, sem nenhum constrangimento, vender a Copel na Black Friday de Natal.

Diplomação ameaçada

2

O parecer da  Coordenadoria de Contas Eleitorais e Partidárias do TRE-Pr, assinado por Christiana Tosin Mercer e  Paulo Sergio Esteves, recomenda a reprovação das contas de campanha do senador eleito Sérgio Moro.  Não precisa ser jurista para saber que se o plenário do Tribunal Regional Eleitoral  confirmar o parecer , Moro não  será diplomado e haverá nova eleição para o Senado.

A face criminosa de uma farsa

2

A encenação de um crime supostamente cometido por um petista contra um Bolsonarista nos protestos que continuam na saída de Maringá para Astorga, foi notícia em vários portais brasileiros. A cena, produzida para causar comoção e botar lenha na fogueira da revolta bolsonarista contra o resultado das urnas, parece chocante no primeiro momento, mas patética no segundo, quando a farsa é revelada. A arruaça acontece em frente ao Posto G-10, local das manifestações antidemocráticas, desde a divulgação do resultado da eleição presidencial em 30 de outubro. A quem cabe mandar investigar isso? Ao Ministério Público? Às forças políticas do município? Ou será que vão esperar até lá pro dia de São Nunca , a Justiça agir de ofício?

O problema está nos critérios de cadastramento

0

Fragmentação de unidades familiares via inscrições individuais abriu a porta do Auxilio Brasil  para a fraude, segundo reportagem do UOL. O número de pessoas que recebe o auxílio sem precisar é enorme. Lendo a matéria do jornalista Carlos Madero, entendi porque tornou-se possível cenas como a que vi em um mercadinho de Maringá, onde um sujeito à bordo de uma caminhonete top de linha pegou uma caixa de “barriguinha” da Brahma e pagou com o cartão do benefício.

A moça do caixa se mostrou incomodada e ao questionar se iria pagar mesmo com aquele cartão, ouviu a resposta mal educada: “E daí, o que você tem a ver com isso?”. Claro que nem todos os beneficiários individuais recebem injustamente, mas parece inexplicável a burla, que gaiatos  não fazem nenhuma questão de esconder. Caso, por  exemplo, da mulher do deputado Daniel Silveira , do padre Kelmon e do empresário que debochou da mulher que servia “quentinhas”, fatos amplamente divulgados pela mídia nacional.

É sempre bom lembrar que a possibilidade de fraude em qualquer programa social existe, mas o rigor do cadastramento reduz muito as brechas para que isso ocorra. No Bolsa Família lá atrás também ocorriam distorções como as citadas a cima, mas não chegavam  nem perto do descalabro que se verifica atualmente.

Requião, inconformado

2

Três vezes governador do Estado, Roberto Requião está inconformado com a privatização da Copel, que Ratinho Júnior quer fazer a toque de caixa. Ele se mostra indignado com o silêncio da mídia paranaense, principalmente da RPC. Irritado com o jornalismo da Rede Paranaense de Comunicação, ele chama de “merda” a Globo do Paraná.

Bolsas de aposta

1

Eu estava com um amigo tomando café numa padaria do centro quando um cidadão sentou-se à nossa mesa e disse me conhecer de nome. Aí provocou: “Sabia que estão rolando em Maringá diversas bolsas de aposta de que o Lua não toma posse?”.  Em seguida disse que iria apostar R$ 1 mil no impedimento.  E perguntou pra mim: “Topas?”. Eu disse que não, porque se eu tivesse R$ 1 mil estaria no Catar tomando cerveja”. Foi a forma que encontrei de botar um ponto final na conversa.

Autonomia e esquartejamento

0

O Corpo de Bombeiros é , desde sempre, uma corporação ligada à Polícia Militar. Mas o governador Ratinho Júnior que cortar esse cordão umbilical.  Para isso, está enviando proposta de emenda à Constituição do Estado para que o CB tenha autonomia financeira e administrativa. Se isso é bom ou ruim, não se sabe, mas autonomia é sempre uma coisa positiva. Tomara que a mudança sirva para dar melhor estrutura e condições de maior aprimoramento dos “soldados do fogo”.

Enquanto a autonomia do Bombeiros não vem, Ratinho Júnior quer esquartejar a Copel, cuja privatização pretende fazer com a rapidez de uma estrela cadente. Pra isso deve montar na Alep uma verdadeira tropa de choque.