O jornalista goiano Cristiano Silva, editor do site Goiás 24 Horas, acaba de lançar um livro explosivo sobre Pablo Marçal. O título já diz tudo: “Pablo Marçal, a trajetória de um criminoso”.
Parece filme de horror
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) publicou na plataforma X, antes da suspensão determinada por Alexandre de Moraes, foto da filha e da esposa de um policial federal , com uma legenda : “ Procura-se, vivo ou morto”. Referia-se ao pai da criança e marido da mulher da foto e isso gerou uma série de ameaças de ultradireitistas nas redes sociais, deixando a família em polvorosa. A informação foi dada pelo diretor-geral da PF , Andrei Rodrigues, em palestra para empresários em São Paulo. Rodrigues mostrou detalhes estarrecedores sobre o uso da plataforma X para ameaçar autoridades brasileiras envolvidas em investigações de relevância, entre as quais o ministro do STF, Alexandre de Morais. E ainda tem gente que critica o STF, principalmente Moraes, por exigir um marco regulatório para a Internet, coisa que vários outros países já possuem. Vá o seu Elon Musk cantar de galo, por exemplo, na China, na Índia, na Turquia, na Alemanha, na França e até nos Estados Unidos? Duvido que faça.
Que Geppeto não nos ouça
Impressionante a facilidade que Silvio Barros II tem assumir, com incrível cinismo, a paternidade de obras estruturantes que foram realizadas em Maringá por vários prefeitos. O Novo Centro, por exemplo, começou com o pai dele no início dos anos 1970, criando o Transbordo de Itaipu, passo inicial para a retirada do pátio de manobras do centro da cidade. Mas o guizo no pescoço do gato foi amarrado mesmo por Said Ferreira, com o Projeto Ágora. Vi a maquete do projeto original do Novo Centro feito por ninguém menos que Oscar Niemeyer. Previa entre as avenidas Herval e Duque de Caxias três torres espelhadas e um jardim do Burle Marx.
Ricardo Barros sucedeu Said e alterou todo o projeto, transformando o trecho da Av. Paraná à São Paulo, numa verdadeira favela hi tech. Said voltou quatro anos depois, mas a cagada já estava feita. Jairo Gianoto, que teve sua gestão marcada pelo maior esquema de corrupção da história de Maringá, fez o viaduto da Paraná, deixando ali uma elevação esquisita, um murundu como se diz na minha terra. O local ficou conhecido como “Viaduto Carla Perez”, que foi depois corrigido pela gestão Zé Claudio-João Ivo, que iniciou, na verdade, a execução da avenida, que o saudoso Zé deu o nome de Horácio Racanello. Mas nessa campanha, Silvio, que foi prefeito duas vezes, diz que a Av. Horácio Racanello foi ele que fez. Olha, Pinóquio ficaria com inveja dele. Que Geppetto não nos ouça.
Abaixo do nível de rodapé
Os embates nas comissões permanentes da Câmara e do Senado entre bolsonaristas e os demais, são encarniçados e de um nível assustador. Alguns parlamentares direitistas, que transformam o enfrentamento não em debate de ideias, mas em agressões a seus adversários, parecem totalmente fora da casinha. São verdadeiros espetáculos de horrores quando parlamentares como um tal de Bilinski, Magno Malta, Kataguiri, Nikolas Ferreira e, pasmem, até Sergio Moro, pegam o microfone.
Reacionarismo aí é mato
Uma informação que chegou a mim pelas asas da juriti dá conta de que o governador Ratinho Júnior, do Paraná e Ronaldo Caiado, de Goiás, andam tricotando muito, de olho em 2026. Ratinho sonha com a presidência mas aceitaria ser vice do colega goiano. Cruz credo, mangalô três vezes.
o Brasil da fake news
O esquema criminoso de disseminação de fak news na campanha política desmontado pela Polícia Federal no Rio de Janeiro, mostra como a fofoca, a injúria e a difamação, transformaram-se em fonte de renda para a bandidagem e estratégia de campanha para candidatos malandros. Não pensem que esse tipo de coisa é característica apenas do Rio. Essa praga se espalhou por todo o Brasil de uns anos pra cá. E ainda tem gente querendo impichar o Xandão por sua atuação contra os golpistas e e as fake news.
Adeus, grande Mazza
O jornalismo do Paraná e do Brasil está de luto. Luiz Geraldo Mazza, que a exemplo de Paulo Leminski tornou-se uma referência do Paraná no campo das letras, nos deixou ontem aos 93 anos. Tive o privilégio de conhecê-lo pessoalmente e até de privar da sua amizade. Sempre que eu ia a Curitiba conseguia ter um dedo de prosa com Mazza, que deu a honra, a mim e ao meu amigo-irmão Moscardi, de escrever regularmente para a revista POIS É, que editamos juntos e marcou época em Maringá.
Mazza tinha um texto cortante, desses que, como diria o grande Belchior, “cortava a carne de vocês”. Durante anos escrevendo diariamente para a Folha de Londrina, Mazza era leitura obrigatória no grande jornal do seu João Milanez , como era para os leitores da nossa POIS É. Não tinha quem não conhecesse e reverenciasse Luíz Geraldo Mazza na Boca Maldita de Curitiba. Os políticos nutriam por ele um misto de medo e respeito, porque Mazza não passava pano pra nada e nem pra ninguém . Mas era de uma generosidade do tamanho da Rua das Flores.
O conheci quando trabalhei como editor da TV Cultura de Maringá e fui algumas vezes cobrir férias no Canal 12, em Curitiba, onde Mazza foi editor-chefe do jornalismo. Apesar da pouca convivência profissional que tive com ele na Rede Paranaense de Televisão, Mazza foi pra mim uma escola. O coloco na lista de meus grandes professores de jornalismo, ao lado de Rubens Ávila e Jota Oliveira. Que Deus o tenha em bom lugar, Luiz Geraldo, que carinhosamente alguns amigos chamavam de “Mazza louco”.
Pedido negado
Cida Borghetti foi vice de Beto Richa e com a renúncia dele em abril de 2018 , ela assumiu o governo do Paraná, entregando o cargo para Ratinho Junior dia 1 de janeiro de 2019. Apesar de ter cumprido apenas 8 meses de mandato ela entrou com pedido de aposentadoria. O pedido foi negado pelo STF no último dia 4. Mas outras aposentadorias canceladas por Ratinho ainda está sob apreciação da Suprema Corte, como é o caso do pedido de Roberto Requião, que foi governador do Estado em dois mandatos.
Às vezes a mentira nem pernas tem
O político chega numa vila no interior e as pessoas se aproximam e falam pra ele:
-Senhor, a gente aqui tem dois problemas grandes.
-Qual é o primeiro?
-Não temos médico.
O político pega o celular, caminha falando e volta e diz:
– Pronto! Amanhã chega um médico. Qual é o segundo problema?
– Aqui não pega o celular.
(Blog do Zé Beto)
STF julga aposentadoria de ex-governadores
O STF julga a Reclamação 61699 que trata da suspensão das aposentadorias de ex-governadores do Paraná, determinada por Ratinho Júnior. O placar está 3 a 1 pró suspensão , mas o voto discordante do ministro Flávio Dino balançou os que já haviam votado com Luiz Fux. O julgamento virtual vai até o próximo dia 13, quando a Suprema Corte decide se Ratinho quis proteger o erário, como alegam aliados, ou se teve como objetivo ferrar o adversário Roberto Requião, que aos 83 anos de idade, segue sem receber o benefício a que tinha direito até o atual governador atacar o seu queijo.