O senador Sérgio Moro saiu em defesa de Pablo Marçal e criticou a justiça eleitoral paulista por excluir os perfis do candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo. É incompreensível um ex-juiz confundir liberdade de expressão com o cometimento de crimes, principalmente de injúria e difamação. No caso em questão, Marçal foi punido por usar de maneira ilegal a monetização de suas redes sociais para cacifar sua campanha e manter carregada a metralhadora giratória que usa dia sim e dia também contra adversários. Quem o acionou foi a candidata do PSB Tabata Amaral, uma das vítimas do pretenso outsider.
Acredite se quiser
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal colocou como relator da PEC que restringe os poderes dos ministros do STF nas mãos do ultradireitista paranaense Felipe Barros, do PL. Não sei ainda como classificar isso, se de fim da picada ou escárnio.
Degradação do ambiente político
A Internet é uma evolução fantástica, sem dúvida. Mas trás problemas extremamente graves para a convivência social e distorções insuperáveis ao processo político. Uma pesquisa recente mostra que 45% do eleitorado decide seu voto a partir de informações que obtém nas redes sociais. A propaganda eleitoral no rádio e na TV e o corpo-a-corpo dos candidatos ficam com 55%. Isso por enquanto, porque o poder da interação virtual vai num crescendo, sem que haja no Brasil mecanismos de controle, que consiga minimizar os efeitos deletérios do instituto da Fak News. Os danos seriam menores se houvessem mecanismos sólidos de moderação e campanhas massivas de conscientização do eleitor, cada vez mais vulnerável e propenso a comprar gato por lebre.
Uma pesquisa feita pelo Instituto DataSenado aponta que as eleições municipais desse ano acende um alerta sobre a desinformação e a propagação de notícias falsas. De acordo com esta pesquisa, 81% dos brasileiros acham que as notícias falsas – as “fake news” – podem afetar significativamente o resultado eleitoral. É notória , pois, a degradação do ambiente político, provocada pela impessoalidade do processo de conquista do voto. O político que não tem história e possui uma biografia embassada conquista corações e mentes com mensagens de conteúdo duvidoso veiculadas pelas redes sociais. Este é o palanque mais eficaz nos dias de hoje. E é aí, exatamente aí, que mora o perigo. Tá okei?
O gigante Leminski
A comemoração do que seriam os 80 anos do saudoso Paulo Leminski mostrou toda a dimensão do poeta paranaense. Houve um grande evento cultural na pedreira que leva seu nome, por onde passaram estrelas como Zé Carreira, Rita Lee, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Titãs, David Bowie, Iron Maiden, Guns ‘n’ Roses, Paul McCartney, Katy Perry, Avril Lavigne e Elton John. Leminsk foi sem dúvida, uma das maiores referências literárias do país e a maior do Paraná. O cara era gigante.
Xandão vai adorar
Silas Malafaia (ou seria Malacraia?) está liderando a baixaria que a extrema-direita pretende levar para a Avenida Paulista no dia 7 de setembro, com o objetivo único de dar o pontapé inicial no processo de impeachment do ministro Alexandre Moraes. O mercador da fé anuncia com estardalhaço que nesse dia o pau vai cair a folha. E no palanque estará Jair Bolsonaro, estimulado pelo próprio Malafaia para ripar a madeira no Xandão. É fácil prever: se Jair Bolsonaro cair em tentação estará, enfim, dando o motivo que o Xandão quer para mandá-lo para a Papuda.
O Sol é o limite
O governador Ratinho Júnior, que se coloca na cena política nacional como aspirante à presidência da república , vai sair por aí com o editorial da edição de hoje da Folha de São Paulo embaixo do braço. Certamente usará o texto como peça de campanha, já que a Folha defende a privatização da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. Falou em desestatização, Jota Erre, exulta. Se depender de políticos como Ratinho, Zema, Tarcísio de Freitas e o próprio Bolsonaro, até o Sol, a Lua e o vento seriam entregues ao capital privado.
É, poderia não ser, mas continua sendo
Carlos Alberto de Paula Júnior foi impugnado por uma juíza de primeira instância, mas na segunda foi declarado “apto, indeferido em prazo recursal ou com recurso”. Entendeu? Nem eu, mas o fato concreto é que De Paula continua no páreo, tentando voltar para mais um mandato como prefeito de Sarandi. Ele pode concorrer, tem tudo para vencer, mas corre o risco, ainda que remoto, de ganhar e não levar. Mas pergunte ao De Paula se ele está perdendo o sono com isso? Um amigo, que o conhece bem ironiza: “Dorme feito uma pedra”.
Há 70 anos ele saia da vida para entrar na história
Getúlio Dorneles Vargas, líder máximo da Revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, governou o Brasil por 15 anos, período em que promoveu grandes avanços sociais, ao mesmo tempo em que comandou uma ditadura e flertou com o fascismo. Na II Guerra titubeou na hora de aderir às forças aliadas para derrotar o eixo do mal. Exatamente no dia 24 de agosto de 1954, acuado pela direita lacerdista, ele saiu da vida para entrar na história, com um tiro de revólver calibre 32 no próprio peito.
Entre os legados de Vargas para os trabalhadores, destaque para a CLT, acusada de ter inspiração fascista, mas cujo valor inestimável para o desenvolvimento social do país, ninguém desconhece. Em 1998, quando encabeçou a chapa com Brizola para disputar a presidência da república na terceira eleição pós-ditadura militar, Lula foi a São Borja com o velho Briza e lá, sobre o túmulo de Vargas, selaram a eterna aliança: “Enquanto vivermos, lutaremos juntos por um país mais justo e inclusivo”. Quatro anos depois Lula se elegeria presidente do Brasil.
Temas cruciais
Quais serão os temas centrais do debate político em Maringá nesta campanha? Eu acho que dois temas predominarão: segurança e mobilidade urbana. O candidato do PT, pelo seu histórico e pelo histórico do partido, agregará, com destaque, agendas sociais, como políticas públicas de acolhimento da população de rua e construção de habitações populares. A educação e a saúde vão bem, obrigado.
O jogo só acaba quando termina…
Análise de um experiente politico maringaense sobre a sondagem da Paraná Pesquisa para prefeito de Maringá: “O instituto ouviu 700 eleitores e aponta que metade não quis se manifestar. Então Silvio Barros tem 50 e tantos da metade, ou seja, de 350 pessoas. Sendo assim qual o grau de confiabilidade dessa pesquisa?”. Com toda sinceridade, dotô, pra mim é zero.
Silvio, claro, é o candidato mais forte, mas seu irmão Ricardo moverá céus e terras para ganhar no primeiro turno. Todo mundo sabe que RB age no estilo bom cabrito, mas apesar de não berrar, nos bastidores ele bate abaixo da linha de cintura. E a campanha terá muito dinheiro. Por mais que o teto em Maringá fique aí na casa dos R$ 2 milhões, a grana que o PP tem do fundo partidário não é pouca. E quem tem a chave do cofre, todos sabem, é justamente ele. Seja como for, os adversários, principalmente Humberto Henrique e Sacbora, não devem desanimar, porque já dizia Neném Prancha: o jogo é jogado. E só acaba quando termina.