O parlamentar que se elege por um partido quando troca de sigla corre o risco de perder a cadeira. Foi por isso que o deputado estadual Requião Filho entrou com pedido de liminar na Justiça Eleitoral para garantir que continuará com o mandato com a saída do PT. E obteve. Requião Filho entrou no Partido dos Trabalhadores em 2022 junto com o pai, que já foi governador e senador. O velho, que sempre foi um líder nacional do “MDB velho de guerra” , também deixou o PT, mas não retornou para seu partido do coração, que segundo ele, está descaracterizado e poluído por liberais e direitistas. Bem, pelo jeito, não mais, porque o MDB deverá ser o novo destino do primogênito.
O tribunal que não julga, só orienta
O novo presidente do Tribunal de Contas do Paraná Ivens Linhares disse que a principal função do órgão hoje deve ser a de orientar o governo estadual e os municípios para que utilizem os recursos públicos da melhor forma possível. Nenhuma novidade nessa declaração, já que este sempre o papel dos tribunais de conta, que não têm poder de julgamento. Quando o TC rejeita conta de um prefeito, por exemplo, seu parecer não é veredicto, porque julgar o prefeito, rejeitando ou aprovando suas contas, é papel da Câmara Municipal. Ivens, por tanto, não descobriu a roda.
No meio do caminho tinha um Homero…
Mário Hossokawa está presidente da Câmara Municipal de Maringá há 12 anos, vai pra 14, caso consiga reverter a decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes, do STF, que acaba de afastá-lo da sétima gestão. Mendes decidiu cassar Hossokawa da presidência, para a qual foi reeleito agora em janeiro, com base em ação movida pelo ex-vereador e adversário histórico, advogado Homero Marchesi. Homero foi vereador de um mandato e deputado estadual, também de um mandato. Mas seu lugar no legislativo maringaense foi ocupado por Cris Lauer, reeleita em 2024. Ultradireita, como Marchesi, Cris é a nova pulga de cós na vida do Mário.
Que tudo não passe de bravata
O jornalista Reinaldo Azevedo (UOL e Band News) analisou o governo Trump, de fio a pavio, e falando sobre cada um dos principais assessores diretos do ultradireitista, concluiu que Tio Sam vem para os próximos quatro anos com a faca nos dentes, a fim de promover o caos social no planeta. A obsessão do trumpismo é afrontar a China e por tabela, tentar esmagar os governo de centro e centro-esquerda que se colocarem no seu caminho. O Brasil seria um dos alvos, porque para Donald Trump o importante é que nosso país tenha um presidente que lhe preste vassalagem. E precisa dizer mais alguma coisa?
Bem, de qualquer forma é preciso a gente alimentar um pouco de esperança, a partir da lógica da geopolítica, que não comporta mais maluco com superpoderes. No máximo, tolera bravateiro.
Verri pra governador
A CNB, corrente petista Construindo um Novo Brasil , lançou sábado último a pré-candidatura de Ênio Verri para governador do Paraná em 2026. Vários líderes petistas estiveram em Paranaguá para o evento, que pode ter sido o primeiro passo para o PT trabalhar uma candidatura forte a sucessão estadual. Por mais que o Paraná seja um dos estados mais antipetistas do país, só perdendo pra Santa Catarina, Verri tem tudo para romper a barreira ideológica, também conhecida como PTfobia.
O adeus ao “Coronel do Rancho”
Orlando Manin, que faleceu esta madrugada aos 85 anos, era a própria história do rádio maringaense. O conheci como “Coronel do Rancho”, apresentando programas sertanejos na Rádio Cultura (AM). Alternou com Nhô Juca (o saudoso Antônio Mário Manicardi) a era de ouro dos programas de auditório da Cultura, onde duplas nacionalmente famosas, caso de Tonico e Tinoco e Tião Carreiro e Pardinho, se apresentavam volta e meia. O próprio Tião Carreiro disse certa feita que a primeira vez que ele cantou Pagode em Brasília em público foi justamente num programa comandado pelo Coronel do Rancho, na Rádio Cultura de Maringá.
Tive o privilégio conviver com o grande “Coronel do Rancho”, quando a Agência Transpress, onde eu era officie boy, funcionava em uma sala nos fundos da Rádio Cultura, na Heval esquina com XV de Novembro. Que Deus o tenha em bom lugar, grande Coroné.
Foi bonita a festa, pá…
O Orelha de Jegue, meu segundo livro, continua circulando, graças a Deus. Restam-me poucos exemplares, porque levei quase tudo que eu ainda tinha para Pintadas, minha cidade natal na Bahia, onde fiz o segundo lançamento (o primeiro foi em Maringá em agosto de 2024). Lá, como diria o Chico Buarque, “ foi bonita a festa, pá, fiquei contente…”. Contente fiquei também com o autógrafo que dei no exemplar entregue semana passada ao casal Lelo-Fátima, da Lelo Imóveis. Dona Fátima, uma simpatia de pessoa, me pediu um livro, disse que gostaria de conhecer minha história e fui na imobiliária levar. Vai ler, com certeza, e isso é que vale a pena.
O recado do maringaense Ualid
O Presidente da FEPAL ( Federação Árabe Palestina do Brasil), maringaense Ualid Rabah, de quem me orgulho de ser amigo, é destaque nacional com suas falas duras contra o massacre do povo palestino promovido por Israel do carniceiro Benjamin Netanyahu e com apoio dos Estados Unidos. O que aconteceu na Faixa de Casa foi sim um genocídio e o primeiro ministro israelense é sim uma versão moderna de Hitler.Encerrando a entrevista, Rabah ressaltou que, apesar da tragédia, o conflito tornou visível a realidade vivida pelos palestinos. “Graças aos próprios palestinos, o mundo hoje sabe o que é Israel, o mundo sabe hoje o que é o sionismo, o mundo sabe hoje o que é apartheid”, concluiu.
Crônica de uma tragédia humanitária anunciada
Os países periféricos estão preocupados com a volta de Donald Trump à Casa Branca. Para cumprir suas promessas nazifascistas de campanha, o novo presidente dos Estados Unidos anuncia uma tragédia humanitária. Vai deportar sem dó nem piedade milhões de imigrantes, que hoje são criminalizados na ainda maior potência do mundo pelo psicopata que se elegeu em 2024 para um segundo mandato.
Trump é cortejado, endeusado pela extrema-direita brasileira, porque é nele que o bolsonarismo aposta para pressionar as instituições brasileiras a anistiar Jair Messias. O resumo da ópera é que a eleição de Trump nos Estados Unidos foi o prenúncio de uma grande tragédia humanitária nos próximos quatro anos. E com apoio da sociedade americana, que anda assustada com a possibilidade da China, que cresce acima dos 6% ao ano, desbancar o poderio de Tio Sam.