Um amigo meu que viveu na Venezuela está horrorizado com a violência do governo contra o povo e seus adversários. Com perdão dos pecados que o trocadilho impulsiona, não tenho dúvida que o ditador Nicolás vai cair de maduro.
Pepe, o grande
Pepe Mojica se despede da vida, pedindo que o deixem partir em paz. Com um câncer terminal, o ex-presidente do Uruguai não quer mais se submeter a nenhum tratamento. Falar em Mojuca me emociona. Ele foi o modelo de político dos meus sonhos. Guerrilheiro tupamaro na juventude, ficou 14 anos preso e sendo torturado. Depois se elegeu presidente do seu país e tornou-se uma das grandes referências éticas da política no Planeta. Morava em uma casa modesta nos arredores de Montevidéu, onde plantava flores e ia diariamente à Torre Ejecutiva (palácio do governo) dirigindo seu fuska azul. Pepe era a imagem da modéstia e da simplicidade, mas era uma figura histórica de muita grandeza, comparada a ícones como Nelson Mandela.
Alvíssara !
O novo presidente da OAB Paraná , Luiz Fernando Pereira, iniciou efetivamente ontem a sua gestão à frente do órgão, que convenhamos, está mais pra instituição. Ele disse : ” Nos próximos três anos vou entregar todo o meu entusiasmo e a minha criatividade à advocacia paranaense. Vêm muitas novidades por aí”, afirmou.
Como diria Chicó
Do Filósofo do Centro Cínico
O 8 de janeiro passou em branco em quase todo o país, exceto na Praça dos Três Poderes e em alguns estados. No Sul, a brasa que reacendeu foi a do golpismo. Mas a data foi lembrada mesmo assim e vamos combinar: no Jornal Nacional a reportagem sobre a restauração das obras de arte destruídas pelos vândalos foi um refresco para a democracia brasileira. Como foi este dia histórico? Só sei que foi assim, né Chicó?
Indiferença e cumplicidade
O governo, a Polícia e a Justiça brasileira não podem cruzar os braços ante o ataque por fazendeiros à comunidade indígena Avá-Guarani, em Guaíra. Ninguém deve ficar indiferente à violência, ainda mais contra povos originários. A indiferença anda de mãos dadas com a cumplicidade. Proteger as comunidades indígenas contra grileiros é dever do estado e, convenhamos, o estado brasileiro não está fazendo sua parte.
Uma afronta inaceitável
O economista Márcio Pochmann, presidente do IBGE está furibundo com as críticas de bolsonaristas ao instituto. Colocaram em dúvida a lisura dos dados sobre desemprego, que caiu ao menor índice da série histórica. “É inadmissível uma autoridade questionar os dados do IBGE”, reage Márcio, lembrando que o órgão é uma instituição das mais respeitadas do mundo em matéria de estatística. O IBGE tem 88 anos de existência e responde por dois terços das estatísticas do Brasil, consolidando-se como uma das instituições de pesquisa mais respeitadas do planeta. O rigor técnico e científico das pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é inquestionável.
A nova versão do holocausto
Mulheres grávidas deram à luz sem proteção e muitas morreram com seus bebês; médicos que não abandonaram seus postos em hospitais bombardeados, também perderam a vida. Milhares de palestinos foram massacrados sem dó nem piedade. A justificativa era de que os alvos bombardeados haviam se transformado em redutos do Hamas. Além da carnificina, a mentira, a desfaçatez e o cinismo. Tudo piorou com o silêncio cúmplice de estadistas de várias partes do mundo e da incapacidade da ONU em intervir e dar um basta na covardia.
O embaixador da Palestina, Riyad Mansour, levou toda a sua indignação para a sala do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Chorou ao descrever a situação e criticar a incapacidade da comunidade internacional em reagir. O silêncio do mundo ante a tragédia da Faixa de Gaza foi criminoso. Que não se criminalize o estado de Israel, mas que o mundo defenda em coro a prisão do primeiro ministro, o carniceiro Benjamin Netanyahu.