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Geral

Cantar é preciso

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Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

. Cecília Meireles

Porque uma alimentação saudável é crucial

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A reforma tributária foi aprovada, mas carece de regulamentação e de uma sintonia fina do Congresso e do Governo Federal com relação aos tributos sobre produtos de primeira necessidade. Antes de seus benefícios chegarem ao consumidor brasileiro a reforma  passará por um processo de transição. Muitos impostos terão que ser suprimidos, outros reduzidos e outros aumentados. Entre os produtos que precisarão ter alíquotas elevadas, estão certamente aqueles que fazem mal à saúde. Caso dos ultraprocessados, comestíveis chamativos e que por serem baratos e práticos, já fazem parte da cultura alimentar do brasileiro, principalmente das crianças. Mas necessário se faz, políticas públicas de reeducação alimentar, com incentivos reais ao consumo de produtos saudáveis.

Um fantasma ronda a América

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Sociólogo Lejeune Mirhan adverte: possível vitória de Trump será ameaça à democracia. O Brasil precisa ficar atento.

Tá tudo dominado

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Ricardo Barros, que em matéria de política de resultado dá nó em pingo d´água, caminha pra se superar nessas eleições municipais. De olho na Prefeitura, costura uma aliança tão ampla e tão forte, que seu time já está correndo pro abraço antes mesmo das convenções partidárias. Silio II, o irmão que já foi prefeito duas vezes, está com o terno da posse para o terceiro mandato no guarda-roupa. A estratégia não é nova, mas parece coisa de quem sabe manejar no tabuleiro as peças do xadrez político.

As primeiras jogadas foram no sentido de estimular candidaturas aparentemente viáveis mas que no meio do caminho se autodestruiriam, como aquela fita do seriado Missão Impossível. Não parece que Silvio terá dificuldade de vencer, mais pela falta de um adversário forte, do que propriamente pela sua densidade eleitoral. Humberto Henrique é um ótimo quadro, porém esbarra no ódio ideológico que o bolsonarismo aprofundou contra o PT de 2018 pra cá.

Acho que Homero Marchesi vai insistir com sua candidatura, mas por estar à direita dos Barros, nem Kim Kataghiri poderá ajudá-lo. O atual vice-prefeito  Edson Scabora ficou muito tempo patinando na indefinição de Ulisses Maia, que perdeu o time para costurar uma candidatura viável à sua sucessão. Se Scabora for tão mal quanto foi Antônio Assunção , o candidato de Silvio pai em 1976, Maia não terá vida fácil nas eleições de 2026. Como não teve Silvio Magalhães Barros I em 1978, quando perdeu a vaga de deputado federal para seu vice Walber Guimarães.

De ladeira abaixo

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O nível  do Congresso Nacional, tanto da Câmara como do Senado, é o mais baixo da história. Eu que vi presencialmente , durante o estágio universitário na Câmara, a atuação de parlamentares como Freitas Nobre, Hélio Duque, Marcondes Gadelha, Heitor Furtado, Paulo Brossard, Jarbas Passarinho, José Richa , Teotônio Vilela e Josapha Marinho, hoje me pego assistindo  na TV e em vídeos do Youtube, coisas do tipo Nícolas Ferreira, Marcos Feliciano, Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro,  Sérgio Moro, Eduardo Girão, Janones e um tal de Bilinski. O mais triste e às vezes desesperador, é constatar que esse problema, que traz desalento ao eleitorado, afeta as três esferas do poder político – municípios, estados e União.

Em nome da verdade histórica

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No momento em que Silvio Barros II diz na propaganda política do seu partido que o Novo Centro é obra do PP, necessário se faz colocar a locomotiva da história nos trilhos.  E a partir daí, “dar a Cesar o que é de Cesar”, lembrando a propósito que a retirada do pátio de manobras da área central da cidade foi obra de vários prefeitos, mas reconheça-se, principalmente de Said Ferreira, autor e executor do Projeto Ágora. Justiça se faça: tudo começou com Silvio Barros I, o primeiro a amarrar o guiso no pescoço do gato, com a viabilização do que se convencionou chamar de Transbordo de Itaipu, na saída de Maringá para Umuarama.

Said deu ao projeto de criação do Novo Centro o nome de Ágora (praça das antigas cidades gregas) e contratou ninguém menos do que Oscar Niemayer para fazer o projeto, que previa originalmente três torres espelhadas entre a Avenida Herval e a Duque de Caxias, circundadas por um belo jardim de Burle Marx. Mas essa belezura de projeto foi descaracterizada pelo prefeito que veio a seguir, dando origem ao amontoado de prédios que esse modesto escriba chamou um dia de “favela hi tech”.

Said voltou para suceder seu antecessor Ricardo Barros mas aí já era tarde, não teve como retomar o projeto do grande arquiteto, que junto com Lúcio Costa concebeu Brasília. Ricardo retirou do local a colônia de casas onde moravam funcionários da Rede Ferroviária e começou a venda dos terrenos, levando lá pra  cima o sarrafo da especulação imobiliária. Mas a obra de transformação da área central não parou. Seguiu seu curso com a volta de Said à Prefeitura. Na gestão Jairo Gianoto ganhou aquele calipígio sobre a passagem de nível da Avenida Paraná, batizado à época de “Viaduto Carla Peres”.  Veio Zé Claudio e depois João Ivo Caleffi e a avenida que viria a ser batizada de Horácio Racanello, por  indicação do saudoso Zé, teve início. Silvio concluiu a importante avenida, que rasga o centro de Maringá e vai morrer na Av. Tuiuti. Quanto ao Contorno Norte, obra recheada de senões, técnicos, éticos e estéticos, esta é outra história, que outra hora eu conto.

Anotem aí

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É bom os professores de Maringá guardarem bem o nome dos deputados estaduais daqui , que votaram a favor da privatização das escolas públicas do Estado. São eles: Delegado Jacovós, Do Carmo, Maria Vitória e Soldado Adriano José.

Tiro no pé

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A OAB defende a tese de que advogados devem andar armados. Pra que?  A arma do advogado não é a sua qualificação, seu conhecimento profundo dos Códigos Civil, Penal e da Constituição? Chega de espírito belicoso no Brasil. “Enquanto Ministério Público e juízes tiverem porte, advogados também devem ter”, defende o presidente da Ordem, Beto Simonetti. Ao invés disso, por que ele não defende o desarmamento de juízes e promotores, que devem se proteger sim, mas não com uma pistola na cinta.

É um escárnio!

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Engana-se quem imagina que o Projeto “Parceiros da Escola” visa a privatização de apenas 200 escolas públicas do Paraná. Segundo a APP Sindicato, o Projeto de Lei 345/24 abre caminho para entregar todas as escolas regulares da rede estadual à iniciativa privada. Prevê ainda, o que é extremamente grave, a ingerência das empresas na parte pedagógica.

O desabafo do grande Tadeu

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 “O pai desse governador estava desempregado em Jandaia do Sul. O governador era José Richa e eu, deputado estadual, quando o pai dele chegou humildemente ao meu gabinete. Ouvi o rosário de sofrimentos. Sensibilizei-me e pedi ao governador um cargo comissionado via Palácio para que o desvalido pai pudesse transferir-se para Curitiba em busca do pão de cada dia para ele e família.

Deferida a solicitação pelo governador, foi assim que aconteceu o início da escalada do sr. Ratinho… hoje opressor de minhas irmãs e irmãos professores que respondem pela educação pública paranaense dentro das piores condições de abandono, deprimentes salários e toda sorte de humilhações, buscando- lhes eliminar qualquer perspectiva de profissionalismo e valorização”.

. Tadeu França (professor aposentado e ex-deputado estadual e federal)