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Um pouco do pai, um pouco da mãe

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Uma amiga pergunta para um assessor da deputada Maria Vitória: “Como Maria Vitória é no relacionamento com seus subordinados?”. Resposta: “Ela tem um pouco de Cida e um pouco de Ricardo. Quando prevalece o lado Cida, ela é um doce de pessoa, mas quando incorpora o pai, aí sai de baixo, não há que aguente”.

Nas mãos de Frei Beto

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Olha só: enviei pelo Correio um exemplar do meu livro para o Frei Beto, um dos intelectuais mais respeitados e lidos do país. Tomei esse liberdade porque meu tio Daniel Mendes, líder de comunidade eclesial de base no Vale do Jacuípe (Bahia), participou de alguns seminários sobre CEBs em São Paulo e ficou amigo de Frei Beto, tendo inclusive se hospedado uma vez na casa do importante frei dominicano.

Hoje, tive a grata surpresa de receber de Frei Beto, devidamente autografado, um exemplar do seu livro “O DIABO NA CORTE: leitura crítica do Brasil atual”, com um bilhetinho me agradecendo e me cumprimentando pelo Orelha de Jegue. Ganhei o dia, como se diz na minha Pintadas.

Quando o buraco é mais embaixo

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O deputado estadual delegado Jacovós,  tem uma solução simples para a cracolândia em que se transformou a região da Praça Raposo Tavares, em Maringá: “Vai lá no artigo 42 da lei de contravenções penais que diz que quem está na rua e apto para o trabalho está cometendo a contravenção penal de vadiagem”. Então sugere , como pré-candidato a prefeito , dar poderes de polícia à Guarda Municipal, com o objetivo de “limpar” a área. Simples assim? E para onde vai esse povo, entupir o cadeião? A maioria será expulsa da região central, levando o problema para outras regiões da cidade?

Que o problema é grave todo mundo sabe. Que precisa de uma solução, não há quem não tenha consciência disso. Mas o remédio que Jacovós sugere para essa doença crônica é placebo. O problema será simplesmente mascarado, dará um certo alívio a quem transita pela região do Terminal Urbano, mas brotará com maior gravidade em outo local. Ou vai despejar essa população de rua em cidades vizinhas, como outrora já se tentou fazer por essas plagas?

O debate político que se avizinha precisa colocar o dedo nessa ferida, levando em conta a complexidade que o problema tem. A população de rua constitui-se inegavelmente em um drama social, que acaba de alguma forma, contribuindo para a espiral de violência que tanto incomoda e assusta a sociedade atual. Não há soluções mágicas para isso. Nem é um problema que possa ser resolvido apenas no âmbito do poder municipal. Mas é no município que os gestores públicos precisam amarrar o guizo no pescoço do gato. Este é o momento.

A natureza se vinga

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Que a tragédia do Rio Grande do Sul sirva para governadores e deputados pararem de flexibilizar leis ambientais em seus estados.  O próprio Eduardo Leite sancionou recentemente lei proposta pelo deputado Delegado Zucco, do Republicanos, alterando o Código Florestal gaúcho, com a permissão para empresários depredadores da natureza avançarem com suas máquinas sobre áreas de preservação permanente.

Claro que a hora não é de achar culpado, mas de socorrer as vítimas das enchentes devastadoras. Mas é preciso que a população saiba que tragédias como esta que afeta principalmente a Região Metropolitana de Porto Alegre não é fruto do acaso. Há setores no agronegócio que são useiros e vezeiros em agredir o meio ambiente com práticas agrícolas insustentáveis. Para não dizer criminosas.

Continua no bico do corvo

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Moro se deu bem no TRE do Paraná e agora os processos que pedem sua cassação subiram para o TSE. Entre os partidos que tentam cassar o mandato de senador do ex-juiz da Lava Jato está o PL, de Bolsonaro, que convenhamos, Moro ajudou a eleger em 2018, tirando Lula da disputa. O resto da história todo mundo sabe.

Simples assim

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O setor energético mexe com infraestruturas sensíveis que precisam ser monitoradas o tempo todo.  É o caso de barragens, que se tornam perigosas se negligenciadas. Prevenir desastres ambientais e catástrofes sociais exige planejamento e recursos, que só o estado é capaz de disponibilizar, porque a função do estado é usar o dinheiro público para dar segurança e bem-estar à população. A iniciativa privada, ao contrário, só pensa em lucros e para obter os lucros astronômicos que almeja ao comprar uma empresa pública de energia ou saneamento básico, só serão auferidos se  restringir gastos ao máximo. Não precisa, então, ser de esquerda para saber que privatização de empresas estratégicas é crime de lesa pátria.

Olha só, onde foi parar o orelhudo

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Enviei um exemplar do meu livro para o presidente Lula e recebi de Cláudio Soares Rocha,  Diretor de Documentação Histórica do gabinete pessoal do Presidente da República, o seguinte ofício:

“Prezado senhor Messias Mendes:

Em nome do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agradecemos imensamente o envio do livro Orelha de Jegue. Informamos que o presente foi registrado e está a disposição do Presidente e sua equipe”.

Querelas do Brasil

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Como o Brasil renega seus verdadeiros heróis e endeusa os pretensos, invariavelmente com mãos sujas de sangue ? Como a Marinha brasileira pode achar que o marinheiro João Cândido, o navegante negro que liderou a revolta da chibata em 1910 não merece o panteão da história? Como o país pode se permitir não reverenciar figuras tipo Milton Santos, Paulo Freire, Darcy Ribeiro, os irmãos Cláudio e Orlando Vilas Boas, Luiz Carlos Prestes e Dom Helder Câmara? E na política, dá pra fazer de conta que não marcaram presença em nossa história, homens como João Goulart, Miguel Arraes, Leonel Brizola e Teotônio Vilela?

“Me inclua fora dessa”, diria Conselheiro

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Deltan Dallagnol desistiu de disputar a eleição para prefeito da capital paranaense. Nada modesto, o deputado cassado diz que tem uma missão transformadora para o Brasil. Há quem o chame de Antônio Conselheiro da República de Curitiba. Eu particularmente não  acho essa comparação de bom tom. Sinceridade, o fundador do Arraial do Belo Monte, mais conhecido como Canudos, não merece essa desonra.

Era sim, uma casca de banana

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Tardiamente, mas o presidente Lula deve ter se dado conta de que sua assessoria o colocou numa roubada, indo a uma manifestação do dia do trabalho que até o Tiririca percebeu que seria um fisco. Alguns colunistas políticos classificaram o evento como uma casca de banana que Lula pisou, mesmo sabendo que macaco velho não mete a mão e cumbuca. Flopar é coisa de Bolsonaro, Lula flopou no dia do trabalho e para piorar a espiral do desgaste, pediu votos para Guilherme Boulos, o que se configura crime eleitoral. Mas, convenhamos,  se é apanhando que se aprende a apanhar, Lula já apanhou o suficiente nessa sua longa e vitoriosa carreira política. Masoquismo não faz parte do seu perfil, portanto.