O presidente Lula estaria decidido a colocar uma mulher no Ministério da Justiça. Pensou em Simone Tebet, mas está reticente por duas razões: ela faz um bom trabalho na área econômica ao lado de Haddad e talvez não tenha o perfil aguerrido que Lula quer para enfrenar, como Dino enfrenta, o bolsonarismo. Por isso, cresce a cotação da paranaense Gleisi Hoffman.
O inferno astral de Moro
O jornalista Leonardo Stoppa diz que Sérgio Moro vive momentos de pesadelos, com tanta invertida que anda levando na vida pública. Na iminência de ter seu mandato de senador cassado, o ex-juiz da Lava Jato que facilitou a eleição de Bolsonaro em 2018 com a condenação de Lula, viu suas sentenças serem anuladas pelo Supremo, vê o TRE do Paraná dando passos decisivos para lhe tirar o mandato de senador e é tomado por uma dor lancinante nos cotovelos, com a chegada de Zanin à mais alta corte de justiça do país, para onde vai também Flávio Dino. Só lembrando que ele, Moro, e Dino , entraram na magistratura através do mesmo concurso , onde o atual ministro da Justiça foi o primeiro colocado e Moro, o penúltimo.
Sem meias palavras
Lula concedeu entrevista à TV Al Jazeera e fez duras críticas a Netanyahu e Joe Bide. O primeiro pelo genocídio em Gaza e o segundo pela apatia diante dos crimes de Israel.
Michele e o uso excessivo do cachimbo
O PL do “probo” Waldemar Costa Neto vem forçando a barra para que Michele Bolsonaro se mude de mala e cuia para Curitiba a fim de se habilitar para a disputa de uma eventual eleição suplementar para o Senado. Entusiasmada, a ex-primeira dama apimenta o seu discurso falso-moralista e começa a se confrontar com a deputada e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman. Michele é totalmente despreparada para qualquer debate e num tete-a-tete com Gleisi certamente será trucidada. Há quem diga que se houver mesmo a cassação de Sérgio Moro e as duas estiverem na disputa da cadeira paranaense a ser desocupada no Senado da República, Michele irá apelar para o histrionismo que usa nos púlpitos dos templos evangélicos, inclusive falando em línguas. Nisso ela vai bem, já está inclusive com a boca torta devido ao uso excessivo do cachimbo.
Bolsonaristas que se estranham
Montado na cacunda de Jair Bolsonaro, Paulo Martins ficou em segundo lugar na eleição de senador em 2022. Depois que o mandato do ex—juiz passou a correr risco , Martins começou a se fortalecer dentro do bolsonarismo, pensando numa eventual eleição suplementar. Paralelamente a isso, busca saídas jurídicas (inexistentes) para ficar com a vaga pelo fato de ter sido o segundo mais votado. Moro anda irritado com Martins, ex-dublê de âncora de TV. Em sua conta no twitter cutucou: “Fim do sonho para aquele que, sem ser eleito, queria tornar-se senador biônico do Paraná em desrespeito aos votos dos paranaenses e usando o mesmo Judiciário que tanto critica”.
O ex-juiz aproveitava aí o mote da noticia sobre a julgamento do STF que decidiu : a vaga de senador aberta em decorrência de cassação pela Justiça Eleitoral deve ser preenchida somente após eleição suplementar”.
Bolsonaro quer aproveitar o ensejo
Bolsonaro vem ao Paraná dia 15 e com a ajuda de bolsonaristas paranaenses, inclusive do governo Ratinho Júnior , que neste caso encontra-se no modo “não me comprometa”, pretende lotar a Praça Nossa Senhora de Salete, mais conhecida como Centro Cívico. Vai ter aplausos, gritos de “mito! mito!”, mas também terá vaias e gritos de “genocida! genocida” , porque é certo que a esquerda não pretende deixar barato. Bolsonaro vem pra receber um título de cidadania honorária conferido a ele pela Alep, o que convenhamos, é uma desonra para o Estado. Ainda mais que o ex-presidente vai aproveitar o momento para tentar tornar a mulher Michele numa “legítima” paranaense, devendo se mudar para Curitiba, de olho na vaga de Moro no Senado. Bolsonaro quer Michele disputando a eleição suplementar, que acontecerá se o ex-juiz da Lava Jato tiver seu mandato cassado.
Um livro necessário
O jornalista Fernando Beteti vai lançar sábado em São Paulo o livro “Não aceitei a sentença de morte que deram para minha filha”. É um relato emocionado e emocionante de um drama pessoal que mostra a fé e a determinação de um pai, que não se rendeu aos diagnósticos médicos que recebeu e foi a luta para salvar o seu bem mais precioso. Parabéns Fernando , que conheci menino, quando trabalhei com os pais dele (Jayme e Cida) na sucursal da Folha de Londrina.

Que esculhambação !
Michele Bolsonaro está mesmo disposta a se mudar para o Paraná e aqui disputar a vaga de Sérgio Moro no Senado. O presidente do PL, Waldemar Costa Neto ,diz não ter dúvida quanto a cassação do ex-juiz da lava jato e que portanto o Paraná fará uma eleição suplementar para o Senado. Michele já estaria até locando imóvel na capital paranaense.
Vamos e venhamos: isso só mostra que a política brasileira está mesmo a caminho da esculhambação.
O Orelha, sempre em boas mãos
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hofmman , recebeu das mãos desse modesto escriba um exemplar do meu livro Orelha de Jegue. Ela achou interessante o título e a capa, de autoria do grande e talentoso cartunista Kaltoé. Disse que iria ler, comentar e entregar pessoalmente o livro que autografei para o presidente Lula. É, o “oreiúdo” está voando alto.
Mania de grandeza
O governador Ratinho Júnior disse ao Valor Econômico que pretende atrair R$ 6,1 bilhões para a economia do Paraná, que se transformará numa potência industrial. Ao ler esta informação, garrei a pensar em um político maringaense que também tem mania de grandeza e chegou a prometer para a cidade uma fábrica de aviões e helicópteros .
Errata: O leitor Oliveira me corrige, pelo que sou grato: “A fábrica de aviões foi na administração Pupim e quem denunciou a farsa foi o Carlos Mariussi que era vereador na época”.





