Aponta sondagem da “insuspeita” Paraná Pesquisas que se a eleição presidencial fosse hoje o governador Ratinho Júnior estaria no segundo turno, com chances de vencer o presidente Lula. Só rindo, porque o choro é livre mas o crocodilo há muito deixou de dar lágrimas de graça a carpideiras.
Agradável surpresa
O Kaltoé esteve no lançamento do livro no CAC mas preferiu não entrar na fila do autógrafo. Hoje de manhã eu tomava café com uns amigos na Açukapê quando o Kal apareceu com um exemplar pare eu autografar. Que surpresa boa, grande Kal, aliás o autor da maravilhosa capa do ORELHA DE JEGUE.
Mais do que reagiu, Israel partiu foi para o massacre
A eclosão de um novo conflito entre judeus e palestinos leva a um questionamento inevitável: por que e qual dos lados rompeu os Acordos de Oslo firmados em 1993 entre o líder palestino Yasser Arafat e o então primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, com mediação do presidente Bil Clinton, dos Estados Unidos? E os acordos anteriores, os de Camp David, celebrados em 1978 entre o primeiro-ministro israelense Menachem Begin e o presidente egípcio Anwar Sadat, com mediação de Jimi Carter?
O senso comum atribui o rompimento dos acordos de Oslo, por exemplo, à disputa de palestinos e judeus por Jerusalém, que os israelenses sempre quiseram como capital. Mas não é só isso, o ódio recíproco vem de longe, não vem de décadas, nem de séculos, vem de milênios. A ONU criou o estado de Israel após a II Guerra, no calor da comoção gerada pelo massacre de mais de 6 milhões de judeus pelas tropas de Hitler. Mas faltou à Organização das Nações Unidas, então dirigida pelo brasileiro Osvaldo Aranha, olhar também para o lado dos palestinos, originários da região e igualmente sem uma pátria para chamar de sua.
De 1967 pra cá, quando vários conflitos incendiaram o mundo árabe, inclusive com duas intifadas, o que se teve naquela região foram curtos períodos de paz, costurados por hábeis negociadores dos dois lados e com a intermediação de presidentes americanos menos comprometidos com a guerra. Hoje, ao invés da pacificação, o que emerge da Casa Branca é um discurso belicista, do decrepito Joe Biden, que em matéria de diplomacia está se revelando pior do que Donald Trump.
Claro que não dá pra relativizar as atrocidades cometidas pelo Hamas no último sábado, mas o mundo precisa também criminalizar a reação desproporcional e desproposital do governo israelense, nas mãos sujas de sangue do carniceiro Benjamin Netanyahu. A mídia ocidental cumpre um papel triste de transformar o “Bibi” em mocinho e de potencializar fake news como o de decapitação de crianças israelenses.
Que Deus e Alá tenham piedade daquele povo que vive espremido num território de 47 quilômetros de comprimento por 10 quilômetros de largura, massacrado pelo próprio grupo terrorista que o domina desde 2007 e por Israel, que nunca lhe deu sossego. Oremos também, pois, pelos palestinos da Cisjordânia e das Colinas de Golan, rogando ao Senhor que evite a entrada em cena do Hezbollah , porque o aí a catástrofe terá fatalmente dimensões inimagináveis.
Folclore político
Conta a lenda paranaense, transferindo para Jacy Scanagata uma história do Sebastião Nery sobre Benedito Valadares, governador de Minas, que um repórter da Veja entrevistava o prefeito de Cascavel e perguntou pra ele:
– Ouvi que o senhor é analfabeto, mas que escreveu um livro. Qual é o título desse livro?
– Como eu se fiz na política
Se escapar cá , pode não escapar lá
O TRE do Paraná deve apreciar o caso Sérgio Moro ainda este ano, provavelmente em novembro. Os desembargadores, principalmente o relator do pedido de cassação do mandato do Senador, estariam recebendo pressão para aliviar a barra do ex-juiz da Lava Jato, que virou ministro da Justiça no governo Bolsonaro depois de tirar Lula da disputa em 2018. Moro pode se sair bem no Tribunal Regional Eleitoral mas terá dificuldade de escapar do rigor da lei a ser aplicada pelo TSE, onde ele perdeu o encanto faz tampo.
Tá explicado
Eduardo Pimentel, neto do ex-governador Paulo, lidera as pesquisas para prefeito de Curitiba, segundo a rádio Banda B. Isso explica o esforço que Ricardo Barros estaria fazendo para colocar a filha, deputada Maria Vitória, como vice da chapa.
A história passou por aqui…
Melhor do que jogar xadrez com pombo é dar milho aos pombos, como mostra a foto do Devanir Almenara, postada no blog do Rigon. Quem faz isso sistematicamente é o pioneiro Jaime Ribeiro, frequentador assíduo da Av. Getúlio Vargas (centro de Maringá) nas manhãs de sol. Se fosse um vídeo ao invés de uma foto, o editor certamente colocaria a música do Zé Geraldo no clip.
PS: só para lembrar, por recomendação da minha memória afetiva: nesse canteiro central da Getúlio Vargas, cansei de engraxar os sapatos do Zé Risada e as botas sanfonadas do “Galo Cego”, quando ainda menino.
Só figuração
Um passarinho me contou que nem Jacovós e nem Do Carmo levarão suas pré-candidaturas a prefeito de Maringá muito longe. Por enquanto, fazem figuração, mas é certo que ambos estarão com Silvio Barros II.
Ritmo de fim de feira
Informa o blogueiro Zé Beto: “O governo Ratinho Júnior vive um clima de fim de feira. Apesar de ainda restar três anos de gestão, as características de que o Governo caminha para a reta final estão todas lá: secretários e dirigentes de autarquias remando de forma independente e para lados diferentes, disputas internas cada vez menos veladas (algumas bem evidentes) e uma crescente insatisfação entre os deputados da base. Os sinais se multiplicam nas rodas de conversa dos prédios do Centro Cívico. Quem entende do riscado afirma que apenas uma voz pode devolver as coisas pros trilhos : Carlos Massa Ratinho Júnior”.
A banalização da violência e a arte perversa de enxugar gelo
A banalização faz você perder a sensibilidade e a noção das coisas, inclusive do perigo. Isso explica porque o carioca normaliza tanto a violência. Não só o carioca, os baianos, os paulistas, os paranaenses e os brasileiros de um modo em geral, principalmente os que moram nas grandes cidades.
Mas o que parece normal não pode continuar sendo normalizado do jeito que é hoje. A violência urbana precisa ser freada e só quem pode fazer isso, levando as forças de segurança a trabalharem sobretudo com a inteligência, é o estado. O cidadão comum encontra-se totalmente desprotegido e não é se armando, como defendia o ex-presidente Bolsonaro, que as pessoas de bem vão se sentir tranquilas. Muito pelo contrário. Ou os governos federal, estaduais e municipais, unem forças para enfrentar a escalada de violência com o nível de responsabilidade que lhe é dever, ou isso não vai ter mais fim. Agir sobre os efeitos sem atacar as causas é enxugar gelo. E no quesito segurança o Brasil não tem feito outra coisa senão enxugar gelo.



