Deltan Dallagnol no Roda Viva mostrou que é inintrevistável. Ele é acelerado, desembesta , não dá brecha a perguntas e fala com a rapidez de um narrador de corrida de cavalo. A impressão que fica é que o deputado recém cassado pelo TSE é fruto da inteligência artificial.
Parlamentari$mo à moda Lira
“Quem manda chover e fazer sol no Congresso é o Centrão de Arhur Lira. E quem domina o Centrão? São as bancadas ruralista, evangélica e da bala, principal base de apoio do bolsonarismo”. A avaliação é do experiente jornalista e analista político Ricardo Kotscho, que aproveita para mandar um recado a Lula: “Se cuide, presidente!”.
Já deu pra perceber que Lula é refém do centrão. A diferença dele para Bolsonaro nesse quesito, é que Bolsonaro era um refém dócil, que abdicou do direito de governar e deixou que Lira se tornasse uma espécie de primeiro ministro. A Jair Bolsonaro, o glamour que lhe trazia o status de “Rainha da Inglaterra” bastava. Governar pra ele, era estar no “cercadinho”, nas lives das quintas-feira, nas motociatas e nos passeios de jet-ski.
Lógica formal
O “saco roxo” foi condenado pelo STF e logo estará na cadeia. Certamente receberá um dia a agradável companhia, na mesma cela, de um certo” “imbrochável”. Questão de lógica ou um mero silogismo?
Bolô, fedô…
Foi na Câmara Municipal de São Mateus, no Espírito Santo. O presidente da Câmara, Paulo Fundão (PP) e seus pares da mesa diretora, não resistiram ao mau cheiro e suspenderam a sessão por 28 minutos. O pum deixou o ar do plenário irrespirável. Mas ninguém ficou sabendo quem era o peidorreiro, mesmo que um gaiato lá do fundo tenha recorrido à conhecida simpatia investigatória do “bolô, fedô, rebenta o cu de quem peidô”.
Paraná ou Santa Catarina?
“O Paraná é o estado mais bolsonarista do país”. Foi o que disse o deputado federal Fernando Giacobo, presidente do PL no Estado, ao informar o presidente nacional Valdemar Costa Neto sobre a preparação que o partido já faz para as eleições municipais do ano que vem. “Tenho a certeza que sairemos das eleições municipais com a maior força política do sul do país”, disse Giacobo, esquecendo de combinar a posição nesse ranking com Santa Catarina.
A ser verdade , é um baita tiro no pé
O deputado Isnaldo Bulhoes (MDB-AL) está jogando nas costas do próprio governo os “jabutis” da Medida Provisória que desidratam os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Originários. É praticamente uma acusação, principalmente quando o relator da MP diz que o texto foi costurado com a participação de alguns ministros palacianos. Se isso for verdade, Marina Silva e Sônia Guajajara se demitirão e o impacto na credibilidade do governo Lula será inevitável, inclusive na comunidade internacional, que anda entusiasmada com as pautas ambientais tocadas por Marina.
Uma vez Batista, sempre Batista
Ex-vereador e deputado estadual de dois mandatos, Dr. Batista é candidato a prefeito de Maringá em toda eleição, desde o século passado. Nunca logrou êxito, mas pavimentou sua estrada para seguidos mandados parlamentares, na primeira e na segunda esfera do poder legislativo. Não se reelegeu para a ALEP em 2022, mas deve tentar de novo em 2026, tendo 2024 como plataforma de relançamento. Afinal, “Batista é coração…Batista na minha mente”.
O desabafo
Uma senhora que disse morar na Zona 6 passa pela calçada da Avenida Herval sexta-feira de manhã e vê a pista da direita com asfalto novo e a da esquerda cheia de máquinas pesadas recapando o trecho que vai da Santos Dumont à Av. XV de Novembro. Parece se revoltar: “Caramba, passo aqui quase todo dia e não tinha visto nenhum buraco no asfalto, tava tudo lisinho. Então, por que recapar? Na minha rua é cada “panela” que só por Deus. Lá , nem sinal de máquina nenhuma. Meu IPTU está sempre em dia”.
Que a Câmara Alta esteja a altura do seu papel
O que é um “jabuti” na linguagem política? É a inclusão de emendas absurdas em um projeto de lei ou MP, que esteja para ser votado (a) no parlamento. Pois o Centrão, liderado pelo presidente da Câmara Federal Arthur Lira, enfiou alguns jabutis na Medida Provisória 1.150/22, que tratava da prorrogação do prazo para proprietários de imóveis rurais fazerem adesão ao PRA (Programa de Regularização Ambiental).
Entre os “jabutis”, estão os que desidratam o Ministério do Meio Ambiente, hoje ocupado pela respeitável Marina Silva e o Ministério dos Povos Originários, cuja pasta Lula entregou à índia Guajajara. Com essas duas pastas desmilinguidas, o Governo ficaria de mãos atadas para combater o desmatamento e o garimpo ilegal, não apenas no bioma amazônico mas também na Mata Atlântica, que já vem há tempo enfrentando um processo criminoso de devastação.
O que se espera agora é que o Senado, cumprindo o papel de câmara revisora , retire os “jabutis” colocados na MP em questão, porque pelo jeito, a boiada que o ex-ministro Ricardo Sales disse que colocaria para destruir os mecanismos de proteção da flora e da fauna brasileiras , não conseguiu passar ainda, mas força a porteira do curral. Lula promete vetar o projeto de lei oriundo da Medida Provisória editada no ano eleitoral de 2022 pelo então presidente Bolsonaro, caso o Senado decida não mexer nos “jabutis” advindos da Câmara. E o país espera, então, que a Câmara Alta cumpra o seu papel constitucional de conter o ímpeto criminoso da bancada majoritária da Câmara Baixa.
Ameaça real
Privatizar a Copel é uma obsessão do governador Ratinho Júnior. O que a bancada da oposição tenta na Assembleia Legislativa é evitar que ocorra com a companhia paranaense o mesmo que ocorreu com a Eletrobrás. Pela lei das estatais promulgada por Michel Temer o poder de voto do Estado, mesmo sendo acionista majoritário, é o mesmo de qualquer sócio minoritário, com o máximo de 10% das ações ordinárias. Ou seja, o setor energético, que é estratégico para a segurança nacional, cai definitivamente nas mãos do capital privado, senhor, inclusive, da política tarifária. Com as companhias estaduais sob o domínio dos governadores, ainda há esperança de que o preço da energia para o consumidor final fique dentro de limites aceitáveis. Sem esse controle, só Deus pra ter compaixão do povo pobre, porque a ganância e a perversidade do neoliberalismo tosco e de pé quebrado não tem limites.






