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O oportunismo está presente

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Antes tarde do que nunca, mas vamos combinar que o empenho de alguns deputados estaduais para colocar cancelas automáticas nas passagens de nível dos centros urbanos do Paraná é um exemplo claro de oportunismo. Acidentes nessas travessias tem ocorrido com frequência, principalmente em cidades  do Norte do Estado,  como foi o caso de Jandaia. Por que só agora?

Vamos lembrar que as cancelas existiam e funcionavam, no tempo da Rede Ferroviária Federal, que foi privatizada. A ALL desativou o que pode para reduzir custos. Afinal, na lógica da desestatização, a vida importa pouco. “As cancelas aumentarão a segurança de pedestres, ciclistas e motoristas. É uma iniciativa importante, mas precisamos pensar em outras ações de Governo para evitar que tragédias como essa não aconteçam”, pontua o deputado  Soldado Adriano José, autor da proposta das cancelas, que está no seu segundo mandato.

“É nóis na fita!”

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Um árbitro maringaense, que hoje apita jogos de competições nacionais, inclusive da elite do futebol, está no centro de um grande escândalo da arbitragem brasileira. Paulo Roberto Alves Júnior, que durante muito tempo apitou jogos do Campeonato Amador da Liga Regional de Maringá, marcou um penalti absurdo contra o Retrô, na partida que classificou o Tombense para a terceira fase da Copa do Brasil.

Dois jogadores do time pernambucano se chocaram na área e Paulo assinalou penalidade máxima a favor do time da casa. A comissão de arbitragem da CBF suspendeu o juiz maringaense por tempo indeterminado e o lance já virou caso de polícia. Um filósofo da Açukapê, novo endereço da boca maldita disse, em tom de blague, que pelo menos Maringá está no noticiário esportivo em todo o país.. “É nóis na fita”, ironizou.

Apoio incondicional

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O Secretário de Segurança do Paraná, coronel Hudson, mobiliza deputados da base do governador Ratinho Júnior para tentar cassar o mandado de Renato Freitas (PT), eleito presidente da Comissão de Igualdade Racial da Alep. Isso porque o parlamentar, fez duras críticas ao comando da PM, sobretudo a maneira como alguns policiais tratam os maoradores da periferia de Curitiba.

Ontem,  Renato recebeu o apoio incondicional da bancada de oposição, que questiona o secretário:“Gostaríamos de ver, por parte do Secretário, tamanha galhardia e coragem na defesa da PMPR contra os atos e golpes proferidos à instituição e aos praças pelo atual governo estadual, diante da não existência de concursos internos, escalas com mais de 80 horas semanais e operações midiáticas sem efeito real”. Os deputados querem que o secretário explique também o “corporativismo explícito mostrado por ocasião da história recente do Paraná, em que  um oficial médico abusou de mais de três dezenas de policiais femininas, e a corporação, covardemente, buscou um subterfúgio técnico para absolvê-lo”.

Deu ruim para o ex-procurador

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O ministro do STF Dias Toffoli rejeitou recurso do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) que tentava derrubar uma punição que recebera do  Conselho Nacional do Ministério Público . Quando ainda era procurador da Lava Jato, Dallagnol  disse em uma entrevista à Rádio CBN, que o Supremo Tribunal Federal  “passa imagem de leniência com a corrupção em  decisões proferidas pela Corte”. A punição foi uma advertência do CNMP, que Tóffoli manteve.

Uma coisa puxa a outra e assim eu não poderia deixar de registrar essa ironia do blogueiro Zé Beto: “Há mais de 30 dias ocupando uma cadeira Senado Federal, o ex-juiz Sergio Moro tem sido visto de forma recorrente acompanhado sempre pela mesma companhia: a solidão”.

Caiu na própria ratoeira

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O Ministério Público do Paraná está entrando com ação de reparação de danos coletivos contra o apresentador Ratinho, pai do governador. Em sua emissora de rádio a Massa FM, Carlos Massa fez ataques misóginos à deputada federal Natália Bonavides (PT-RN), o que pode lhe custar R$ 2 milhões e a obrigatoriedade de fazer em sua emissora campanha contra a violência de gênero.

Sente e se acomode, o filme é longa metragem

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As joias da ex-primeira dama e o segundo “regalo” do rei Saudita para o então presidente Bolsonaro apenas jogam luz sobre um provável esquema de corrupção gigantesco. É preciso ter em mente que as joias, que consomem grandes espaços na mídia, podem significar  a ponta do iceberg. O aprofundamento das investigações está revelando que havia algo de muito podre no reino da Dinamarca.

A operação montada nos últimos dias do governo Bolsonaro para liberar as joias apreendidas na alfândega em 2021  envolve até o ex-chefe da Receita Federal, Júlio Cesar Ferreira Gomes, acusado de pressionar subordinados a liberar a suposta propina. Não se surpreendam: isso vai muito longe, porque trata-se de um filme longa metragem.

2024 é logo ali

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Informa o blogueiro Fernando Tupã que o deputado federal sargento Fahur alimenta o sonho de se tornar prefeito de Maringá. Bolsonarista de primeira hora, o ex-PM deve bater chapa com o empresário Evandro Araújo. Se for mesmo candidato poderá medir força com o atual vice Edson Scabora, Flávio Mantovani (o preferido de Ulisses Maia), com o deputado estadual Soldado Adriano José (do PP de Ricardo Barros), Delegado Jacovós (PL) e Do Carmo (deputado estadual do União Brasil).

Claro que ainda é cedo para qualquer leitura de cenário, mas com um time desse na disputa, crescem as chances de Mantovani, que já provou ser um devoto bom de voto. A dificuldade maior será do eleitor, que poderá ter que votar por exclusão. Se é que me entendem.

Conhecendo a casa

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Ênio Verri ainda não tomou posse à frente da Itaipu Binacional mas hoje está fazendo a sua primeira visita após ser nomeado diretor geral pelo presidente da republica. A posse deve acontecer na próxima semana com a presença de Lula.

Derrota amarga

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O governo Ratinho Júnior amargou mais uma derrota no Superior Tribunal de Justiça. Perdeu justamente para um Requião. A derrota sofrida ontem refere-se ao caso da recondução do conselheiro Mauricio Requião ao Tribunal de Contas do Estado. Ratinho entrou com embargos de declaração para impedir a posse, que já era uma questão pacificada naquela corte. Os embargos foram rejeitados por unanimidade, com todos os ministros do STJ seguindo o parecer da relatora. Maurício  havia sido empossado em 2008 e afastado no ano seguinte. Agora retorna definitivamente.

Juntando os cacos e descendo a borduna

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O ex-governador e agora deputado federal Beto Richa junta os cacos e tenta reconstruir o PSDB do Paraná. Presidindo o partido, Beto começa a trabalhar para fortalecer as convenções municipais  programadas para agosto. Numa entrevista à Associação dos Jornais e Portais do Paraná, ele desancou o ex-procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sérgio Moro. Um  é do Podemos e o outro do União Brasil, e são responsabilizados pela derrota de Beto para o Senado nas eleições de 2018. O tucano  não perdoa o que chama de ações deletérias contra ele, dos dois comandantes da Lava Jato. E promete novidades, “para evitar que essa gente continue a enganar a população”.