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Nada é por acaso…

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O convite para Jucimara Fausto dos Santos subir à rampa do Palácio do Planalto para a passagem da faixa presidencial a Lula não foi obra do acaso. Cozinheira da Afuem (Associação dos Funcionários da Universidade Estadual de Maringá), durante 10 meses ela esteve no acampamento de simpatizantes do agora presidente, em frente a sede da PF em Curitiba. Ali, cozinhou e fez pão caseiro, que a socióloga Janja levava para Lula na prisão. Jucimara ficou amiga da agora primeira dama do país e por ela foi convidada para o momento mais emocionante da solenidade de posse:  a colocação da faixa presidencial no peito de Lula. Só lembrando que em 2020 ela disputou uma cadeira na Câmara Municipal de Maringá como integrante de uma candidatura coletiva e compartilhada.

Uma reflexão necessária

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Lula confirmou promessas de campanha, no que diz respeito principalmente ao resgate de agendas socais importantes, com prioridade para o combate à fome. E reafirmou nos dois discursos oficiais do dia, sua luta pela união nacional, reforçando o conceito de que não existem dois Brasis, mas um só e é para este um só, de mais de 200 milhões de cidadãos e cidadãs, que ele promete governar. A passagem da faixa feita por uma catadora de recicláveis e ao lado de outras pessoas do povo, aí incluindo o cacique Raoni, foi  o momento mais emblemático da posse do presidente e vice eleitos em 30 de outubro.

Mas falar do domingo apoteótico que foi este primeiro de janeiro em Brasília é chover no molhado. É chover  no molhado também falar da ausência do presidente Bolsonaro, que fugiu à tradição republicana de passar a faixa de maneira civilizada e protocolar ao sucessor. Enfim, Bolsonaro perdeu uma grande oportunidade de deixar a presidência com um mínimo de dignidade.

Mas o fim do governo dele não deve ser analisado assim de maneira tão simplista. Começa pela certeza de que Jair Messias Bolsonaro não é a causa dos males do país, mas é um sintoma que não pode ser desprezado. Um grave sintoma, diga-se de passagem.  O período 2019-2022 precisa ser investigado à fundo, porque  é visível a olho nu o deterioração do quadro institucional.

Conviver com os resquícios deixados sem passar o país a limpo, é permitir que o ovo da serpente continue a ser galado, para romper a casca daqui quatro anos. Uma coisa Bolsonaro ensinou ao país:  condescender com o fascismo é  tão perigoso quanto acostumar nossos ouvidos ao  tic-tac de uma bomba relógio.

Valdete lá…

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A jornalista e professora Valdete da Graça é uma das muitas maringaenses que está em Brasília, já na Esplanada dos Ministérios, pronta para assistir a posse de Lula na Presidência da República. Certamente estará à noite no show de Maria Rita e Martnho da Vila.

Há novidade sim

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Aldir Blanc dizia na letra de uma de suas centenas de músicas que “não há nada de novo no ano novo”.  Dessa vez há sim. Há a volta do alívio e de uma grande festa da democracia. Há sim, a esperança de que o país volte ao clima de paz, depois de quatro anos de uma guerra ideológica insana e irracional. A partir daí, que o país se una para combater suas principais mazelas, agravadas de 2019 para cá, caso da fome e do crescimento assustador da população de rua.

Sim, recordar é viver

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Reencontrar amigos que há tempo não se vê é um prazeroso exercício  de memória,  sobretudo afetiva. E colocar o papo em dia foi o que fiz  na manhã de ontem com os velhos amigos  Edilson Pereira, jornalista dos bons e escritor de bons livros de ficção e Carlos Martins, narrador esportivo e publicitário de mão cheia. Nosso reencontro foi na tradicional Açukapê, uma espécie de “boca maldita”  de Maringá . Espero que tenhamos outras oportunidades como esta, porque como diria a minha sábia avô Maria Alvina, a dindinha Alvina, “É preciso sempre recordar, porque recordar é viver”         .

A vida como ela é…

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O governador Ratinho Júnior decretou luto oficial no Paraná por três dias, em homenagem a Pelé, morto ontem aos 82 anos. E dona Celeste, a mãe do rei do futebol, vai enterrar o filho ilustre aos 100 anos. Assim é a vida.

Sem financiador, nada feito

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Bolsonaristas de vários estados brasileiros estão indo em caravanas para Brasília para passarem o Reveillon em frente ao quartel general do Exército. Segundo o Correio Brasiliense nenhum ônibus do Paraná está a caminho, porque faltou financiador. Cada um paga a sua passagem (entre R$ 150 e R$ 200) e não querer meter a mão no bolso é prova de que a devoção pelo mito aos poucos se esvai.

Um nasceu para o outro. E ponto final

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Pelé e a bola, a bola e Pelé. Quem há de dizer que um não nasceu para o outro?

Do futebol à economia

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Londrina e Maringá são rivais históricos no futebol. Era uma rivalidade saudável e que fazia das duas cidades dois grandes polos futebolísticos do Sul do país. Mas o futebol do interior perdeu o visgo e até o encanto. Hoje essa rivalidade não existe, a não ser na memória dos saudosistas, que chegavam a sair na mão em clássicos do café no Wilie Davids ou no Vitorino Gonçalves Dias. Galo e Tubarão faziam grandes jogos e as torcidas, grandes espetáculos, às vezes, infelizmente, regados à violência.

Mas isso é passado. Hoje, as duas metrópoles rivalizam em outros setores, como agora na economia, quando Londrina se gaba de ser o 47º maior PIB municipal do país e Maringá o 52º, conforme dados do IBGE. Mas há um detalhe que faz o maringaense estufar um pouco mais o peito: em 2022 o Produto Interno Bruto de Maringá cresceu mais do que o de Londrina – 4% contra  1%.

Obs (pertinente e necessária) :

A foto, que foi capa da quinta edição da POIS É, mostra Garoto, o grande ídolo do Grêmio Esportivo Maringá no início dos anos 60 e o goleiro Zeferino, ídolo do Londrina na mesma época. A elaboração dessa foto histórica envolveu todo um trabalho de logística, comandado por mim e pelo Antônio Moscardi. Primeiro, viabilizamos o encontro em Maringá do Zeferino e do Zé Garoto e depois precisamos da autorização do então prefeito Said Ferreira para acender os refletores do WD, só para o clic.

Pedra no sapato

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“O governo do rato está vendendo a Copel, a Compagas (que eu criei ), privatizando escolas públicas, vendendo Sanepar. Que coisa triste, produto da ignorância e incompetência”, critica o ex-governador Roberto Requião, pedra no sapato do atual ocupante do Palácio Iguaçu.