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Será que agora vai?

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Por lei aprovada hoje na Assembleia Legislativa do Paraná, está criada a Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná. Resta saber se ela virá para colocar as coordenações das regiões metropolitanas do interior do Estado para funcionar. A de Maringá, por exemplo, funcionou pra valer quando foi instalada e chefiada pelo ex-prefeito João Ivo Calefi, isso no último governo Requião. Depois foi murchando, murchando , até desaparecer, perdendo o status de secretaria. Seria muito importante que a nossa Região Metropolitana voltasse a funcionar, de fato, e com estrutura própria, como forma de coordenar o desenvolvimento regional, por meio de projetos que valorizem os municípios do entorno de Maringá. Seria bom para todos, inclusive para a própria cidade-polo, que sendo polo atrai para si multidões de consumidores de cidades vizinhas, mas atrai também os problemas, principalmente sociais.

A brasa está mais acesa do que nunca

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A onda privatista que toma conta desse final de primeiro mandato do governador Ratinho Júnior, injeta gás na luta do prefeito de Maringá, Ulisses Maia, em retomar o sistema de saneamento da cidade das mãos da Sanepar. O caso tinha esfriado um pouco, mas a privatização da Copel fez Maia encher os pulmões de ar para assoprar a brasa.

Às vezes o sabor da vitória pode ser amargo

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Diziam os antigos que o apressado come cru e quente. O governador Ratinho Júnior se apressou em vender as ações da Copel e com o apoio da Assembleia Legislativa passou como um trator sobre os setores organizados da sociedade que continuam não engolindo a entrega da principal empresa estatal paranaense à iniciativa privada.

O caso será judicializado, além de que o governo Lula não irá tocar bumbo para o governador do Paraná dançar. No Estado, entidades de peso como a OAB e a Faciap emitiram nota contra a privatização da Copel, que foi enfiada goela abaixo da sociedade paranaense sem nenhum debate. Pelo andar da carruagem, o governador, que celebrou a aprovação de seu projeto pela Alep, pode ter tido uma vitória de Pirro. Só lembrando que Pirro, o rei de Epiro e da Macedônia venceu duas grandes batalhas mas perdeu a guerra.

Tempo de liquidação

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A APP-Sindicato , entidade que representa os educadores do Paraná fez um comercial da Black Friday para denunciar, na base da ironia, a privatização das escolas públicas do Estado pelo governo Ratinho Júnior. Depois de afirmar que o  objetivo da privatização é favorecer empresários falidos da educação privada, a APP solta esta:

Atenção empresários da rede privada de ensino . A sua escola perdeu estudantes nos últimos anos? O seu lucro está caindo? Seus alunos estão indo para escola pública? E você não sabe mais o que fazer?  Seus problemas acabaram. Só na Black Friday  de Ratinho Júnior você encontra 27 escolas estaduais em oferta e mais 2º mil estudantes em liquidação”.

Patético, para dizer o mínimo

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O vice-presidente e senador eleito, general Hamilton Mourão, usou os 87 da Intentona Comunista para resgatar o “fantasma vermelho” , que acabou desmascarado pelo mesmo general que havia divulgado em 1937 um tal de Relatório Cohen, elaborado pelo  governo Vargas para justificar o golpe do Estado Novo.  

O relatório, adredemente preparado pelo homem da comunicação do governo , Filinto Miller, detalhava toda a estratégia, que incluía até assassinato de oficiais do Exército. Estava tudo lá, no relatório que viria a justificar a promulgação da Carta Polaca. Em 1945, em meio à crise do Estado Novo, o mesmo  general Góes Monteiro revelou que o Plano Cohen, na verdade, não passara de uma fraude para justificar a permanência de Vargas no poder e reprimir qualquer tipo de ameaça comunista.

De farsa em farsa, o Brasil chegou ao golpe militar de 1964, que jogou o país em duas décadas de escuridão. Agora, estamos de novo às voltas com discursos absurdos como essa da ameaça comunista. Só que hoje, quando a guerra fria é passado e o comunismo morreu com a queda do Muro de Berlim e foi sepultado com o esfacelamento da União Soviética, tal narrativa torna-se  a mais pura manifestação de ignorância. Chega a ser patética fala como a do general Mourão e sandices como as manifestações bolsonaristas em frente aos quartéis do Exército, protestando contra o resultado das urnas e pregando golpe.  

Estado mínimo, do mínimo, do mínimo….

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Depois de privatizar a Copel, o governador Ratinho Júnior quer no seu segundo mandato passar a boiada, desmontar a educação e entregar também à iniciativa privada até hospitais públicos.

Cadê a Justiça? Cadê as forças de segurança? E o estado, cadê?

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Enquanto você toma banho, se arruma, se perfuma , coloca uma roupa chic e entra no seu carro para sair de casa, a passeio ou a trabalho, uma pessoa negra será ofendida, agredida ou morta. À noite, talvez você veja nos telejornais alguma cena de violência contra um brasileiro, só porque ele é negro e sua negritude irritou algum supremacista branco. Foi o caso, por exemplo, do que aconteceu em Curitiba com o músico Odivaldo Carlos da Silva, o Neno,  vítima de um neonazista. Ele tem 55 anos, 5 filhos e um neto. A cena do cara lhe dando bordoada com um cassetete e soltando um cachorro em cima dele, foi revoltante,

A sociedade não pode continuar normalizando coisas horrendas como esta. As autoridades judiciárias e de segurança precisam agir. Um escroque como aquele que agrediu o músico tem que ir para a cadeia, passar a caneca na grade. Claro que é complexo  o racismo e sua manifestação sistêmica na nossa estrutura social, mas quem normaliza absurdos como este é cúmplice da barbárie. Há uma banalização da morte de grupos oprimidos e é essa banalização que não se pode permitir. Os veículos de comunicação de massa, principalmente a mídia corporativa , tem muita culpa nesse cartório.

Mobilidade urbana? De que jeito?

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O que acontece com o sistema de transporte coletivo de Maringá no sábado, quando parece que metade da frota de ônibus não sai da garagem?  Os ônibus demoram demais para passar. Domingo ,então, nem se fala. Depois os empresários do setor reclamam da redução do fluxo de passageiros em Maringá e região metropolitana. A deficiência do sistema de transporte coletivo urbano tem tudo a ver com o excesso de automóveis e motos nas ruas. Ou não?

Apavorante

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A violência das manifestações de protesto ao resultado das urnas está se aproximando cada vez mais da barbárie. Esta semana em Frente ao Tiro de Guerra de Bandeirantes, Norte do Paraná, um ônibus com 30 alunos do Colégio Estadual Cyriaco Russo, foi atacado, até com tiros. Dois disparos foi feito contra o veículo atingindo janelas e quase provocando uma tragédia.

De acordo com o portal Bem Paraná, o motorista do ônibus e a diretora da escola, que também estava no veículo, registraram boletins de ocorrência na Delegacia da cidade , mas não há notícia de que alguma providência tenha sido tomada para prender o autor do atentado. Um morador de Bandeirantes disse ao portal Brasil 247 que “os bolsonaristas aqui ameaçam o tempo todo. Já fechei minhas redes sociais pois nem sei o que vão fazer se descobrirem que sou de esquerda. Quero me mudar logo daqui, no máximo até o final do ano, e não viver mais com essa sensação de medo”. 

O mercado, ah o mercado!

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Fernando Haddad, que pode vir a ser o Ministro da Fazenda de Lula , foi hoje a um almoço com banqueiros na sede da Fabraban, em São Paulo e falou em taxação de grandes fortunas e de lucros e dividendos. Bastou para o mercado se assanhar novamente e provocar queda das bolsas e alta do dólar.