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A “Estrela de David” como inspiração

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Na década de 1930 o nazismo identificava os estabelecimentos comerciais de judeus com uma “Estrela de David” na porta. Era a senha não apenas para o boicote, mas para facilitar o trabalho da Gestapo na captura de comerciantes judeus e familiares, que seriam enviados para os campos de concentração.

Essa estrela aí é a sugestão que muitos bolsonaristas raiz, caso da atriz Regina Duarte, divulgam nas redes sociais, para clarear ainda mais a lista de boicotes que circulam por todo o país, principalmente no Sul. Trata-se de uma tática nazista que a sociedade não pode aceitar, em nome da civilidade.

Rombo de R$ 70 bilhões

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Passadas as eleições governadores revelam: a redução do ICMS para viabilizar a queda de preços dos combustíveis no período eleitoral provocou um rombo de R$ 70 bilhões nas finanças dos estados e municípios. Consta que o prejuízo do Paraná foi de R$ 2 bilhões e o de Maringá, especificamente, se aproxima dos R$ 100 milhões. Vale lembrar que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é um tributo que não vai para os cofres da união, fica nas duas primeiras instâncias do poder. A renúncia que prefeitos e governadores foram obrigados a fazer, impactaram diretamente na saúde e na educação. Municípios grandes e médios como Maringá, que tem a administração plena do SUS, foram os mais prejudicados.

A democracia aguenta o tranco. Mas até quando?

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Três ministros do STF foram atacados por radicais bolsonaristas em Nova York e o bispo auxiliar de Belo Horizonte, Dom Vicente de Paula Ferreira, foi ameaçado por um bolsonarista armado, pouco depois de celebrar uma missa neste final de semana. É gente que continua inconformada com o resultado das urnas e tenta semear o caos, chegando ao absurdo de pedir intervenção militar no país.

Felizmente a democracia brasileira tem demonstrado solidez, resiste aos trancos que vem levando, mas as autoridades de segurança, o Ministério Público e o Poder Judiciário precisam fazer alguma coisa urgente para estancar essa sangria desatada.

Alívio lá, alívio aqui

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Para alívio da democracia ocidental e com reflexos positivos no Brasil  o Partido Democrata conquistou maioria (apertada, mas maioria) no Senado americano. Os republicanos trabalhavam com a perspectiva da massacrar os democratas nas eleições para o parlamento e governadores, porque isso fortaleceria Donald Trump, que tentará voltar à Casa Branca daqui dois anos. Felizmente, essa crônica da tragédia anunciada não foi escrita.  A civilidade, penhoradamente, agradece.

Até quando?

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Os protestos de bolsonaristas contra o resultado das urnas continuam causando transtornos em Maringá. Hoje, o bloqueio localizado na saída para Astorga dificultou a chegada de estudantes que iriam fazer a prova do Enem na Uningá. Alguns chegaram atrasados e não puderam participar.

Do outro lado da cidade, a coisa se complica em frente ao Tiro de Guerra e atrapalha até a chegada de ambulâncias ao Hospital Universitário, agravando ainda mais o estado de saúde de pessoas socorridas no trânsito ou vítimas de crimes na região. A pergunta que não quer calar é a seguinte: até quando as autoridades de segurança vão passar pano para essa situação esdrúxula? E o Ministério Público, continuará batendo tambor pra louco dançar?

Meninos, eu vi !!!

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Na inauguração dos refletores do Estádio Wiilie Davids o cracaço Roderley estava estreando pelo Coritiba contra o Grêmio Esportivo de Maringá, clube onde ele havia se destacado nos anos 60. De repente, ele pega uma bola no meio do campo e solta um canudo daqueles de estremecer estádio. A bola bateu na trave com tal força que parecia que a “cidadela” ia desabar em cima dos repórteres de campo que estavam sentados atrás da rede. Todos se assustaram, inclusive eu, ainda garoto e trabalhando como puxador de fios para o Loreto, técnico da Rádio Cultura, onde Antônio Paulo Pucca era o narrador.

Recordar é viver

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Em 2006 o então ministro do planejamento Paulo Bernardo veio a Maringá e aqui emitiu a primeira ordem de serviço para as obras do Contorno Norte. No seu discurso ele cravou: “A obra custará cerca de R$ 176 milhões”. Ao final, custou R$ 420 milhões, fora o que foi gasto depois para construir a segunda perna dos chamados “Viadutos Sacis”. Quem falou em superfaturamento, eu? Aaara, sô!

É assim que a banda toca…

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Alguns veículos da mídia tradicional celebraram o “pito” do mercado em Lula, porque o presidente eleito disse que sua prioridade é combater a fome independente do teto de gasto. Um dos jornais que se mostraram entusiasmados com a baixa das bolsas e a alta repentina do dólar foi o paranaense Gazeta do Povo, da família Cunha Pereira.

De volta à cena política

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O presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva tirou seu ex-ministro Paulo Bernardo do limbo e o colocou na transição. Bernardo (ex de Gleisi Hoffmann) cumpre medidas restritivas por conta de condenação no âmbito da Lava Jato e precisará de autorização da justiça pra voltar a trabalhar na área pública. Como diz Leandro Mazzini, da Isto É, revista nacional que tem meu amigo Germano Oliveira como editor-chefe: “No Brasil o fundo do poço tem mola, com motor 3.0 biturbo”.

O negro que não é negro

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Ninguém entendeu até agora porque o deputado federal Diego Garcia (Republicanos-PR) mudou de cor. Não cor da bandeira, mas cor da pele. Ele foi incluído na lista de parlamentares que podem ter falsificado sua declaração de raça à Justiça Eleitoral. Segundo matéria do jornalista Rogério Galindo, do portal Plural, Diego faz parte de uma lista de 77 deputados eleitos em outubro, que se autodeclararam negros, sem ao menos  ter um pé na cozinha. Informa o site Alma Preta, que outro paranaense que entrou nessa foi o bolsonarista Paulo Martins, segundo colocado na disputa por uma cadeira no Senado da República.