O velho índio foi encontrado vagando pela floresta, aparentemente perdido. Perguntaram-lhe. Respondeu cheio de brios: “Perdi foi minha casa; não consigo encontrá-la”. Quanta lição, Senhor. O homem pode perder sua casa, sua rua, os rostos que ama – sem jamais se perder de si mesmo.
. Jamil Snege
O deputado direitista Ricardo Arruda (PL) faz campanha contra a vacina. Esta semana exibiu na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná um livro da autora americana Naomi Wolf que ressalta, de maneira negacionista e até criminosa, efeitos colaterais graves da vacina da Pfizer contra a Covid-19. E usando o exemplar inicia campanha contra a vacina, o que pode influenciar os pais a não vacinar seus filhos contra qualquer doença de ora em diante. Na própria ALEP , surge uma frente de combate ao negacionismo e que pode enquadrar Arruda por crime contra a saúde pública.
Sonetilha Existencial
O homem lúcido me espanta
mas gosto dele na lírica
A verdade metafísica
modela o verbo e a garganta.
O homem lúcido verifica
que a existência não se estanca
põe a baba ao pé da planta
eis que a planta frutifica.
O homem lúcido como quer,
seja lá onde estiver
ele está, sem aquarela.
Sabe que a vida é viscosa
sabe que entre a náusea e a rosa
foi que a ostra faz a pérola
“Por mim, eu quero mais é que o Lula morra. Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. É um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar o cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Porque nem o diabo quer Lula. É por isso que ele está vivendo aí, superou o câncer… Tomara que tenha um ataque cardíaco” Pasmem, quem disse isso foi um deputado federal, autor de um projeto de lei que visa desarmar os agentes policiais que fazem a segurança do presidente da república. O tal de Gilvan da Federal, bolsonarista de quatro costados, é um parlamentar medíocre . Tão medíocre quanto o seu ídolo que passou 28 anos na Câmara Federal como um bufão irresponsável. Gilvan é uma espécie de bufão 2.
“Prestes a ser condenado, ele deveria ser nota de rodapé, mas ainda é tratado como presidenciável ou cabo eleitoral de governadores sabujos “ ( Leonardo Attuch – editor-responsável do portal 247)
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É sim incompreensível como a mídia corporativa continua a dar protagonismo a Jair Messias Bolsonaro, que não para de agredir as instituições e, evocando seu patriotismo tosco, agita a bandeira brasileira e bate continência para a bandeira norte-americana. E na balada do festival de mentiras e dissimulações, continua sendo tratado como mito por uma legião de fãs, tomados pela idolatria e ao mesmo tempo pelo ódio. A pergunta que me vem à cabeça quando vejo manifestações de admiração pelo execrável, é uma só: será que Freud explica?
Sérgio Moro tenta costurar alianças e fortalecer sua candidatura a governador do Paraná em 2026 . Mas pode ter problemas e ser fritado em banha de porco pelo seu próprio partido, o União Brasil que, com muita fome por cargos, está ligadaço no governo Lula. Moro, como se vê pela pouca prática, tem muito o que aprender em política, que não é para amadores.
O secretário Sandro Alex, braço direito do governador Ratinho Júnior, pode pegar um processo de danos morais do tamanho do Palácio Iguaçu. E quem deverá ir pra cima dele será o maringaense Ênio Verri, que ficou muito incomodado e soltando fogo pelas ventas, com a leviandade de Sandro, ao chamar a Itaipu Binacional de “usina de corrupção”. Verri, só pra lembrar, é ninguém menos do que o diretor geral da empresa.
O deputado bolsonarista Gustavo Gayer foi à tribuna da Câmara dizer que o Trump só taxou os produtos brasileiros em 10% por causa da relação do Eduardo Bolsonaro o presidente americano. A fala do parlamentar virou motivo de chacota. Vá ser cara de pau assim na casa do baralho.
Ratinho Júnior sonha ser presidente da república; Tarcísio de Freitas já se vê subindo a rampa do Palácio do Planalto; Ronaldo Caiado se acha o cara e Romeu Zema pensa está abafando com seus discursos ridículos. Enquanto isso, Jair Bolsonaro, cujo espólio todo mundo quer, se sente traído e não demora solta os bichos pra cima de todo aquele que não acredita no fim da sua inelegibilidade até 2026. Enfim, a direita se digladia, num rolo de cobras que ninguém sabe ainda quem pica quem e quem inocula seu veneno em quem. Vai ficar ainda mais divertida a briga dos governadores bolsonaristas pra ver quem sai na frente nessa guerra de babuínos.
O grande jornalista e historiador Barbosa Lima Sobrinho, por anos presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) costumava dizer que no Brasil existiam só dois partidos, o de Tiradentes e o de Joaquim Silvério dos Reis. O primeiro defendia intransigentemente a soberania nacional e o segundo, era a síntese da traição à pátria. É atual, portanto, lembrar que há claramente hoje, um partido político que deveria adotar como presidente de honra (in memoriam) o traidor da Inconfidência Mineira. Atende pela sigla de PL, o partido de Bolsonaro e presidido pelo “íntegro” Waldemar Costa Neto. Se já estava claro que o PL é o partido de Joaquim Silvério, agora ficou cristalino diante das manifestações de apoio ao presidente dos Estados Unidos por parte da bancada bolsonarista na Câmara Federal e do próprio Jair, que não se cansa de bater continência para a bandeira americana.
