A Justiça do Trabalho ordenou à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que oriente seus representados a pararem imediatamente com o assédio eleitoral, sob pena de receber uma multa de R$ 200 mil , com incidência diária. Só lembrando que Maringá está entre as cidades paranaenses que mais registra esse tipo de pressão, pelas empresas, para que os empregados votem no candidato do patrão.
Justa indignação
O craque Tostão, que foi uma das sensações da Copa de 1970 ao lado do Rei, está indignado com os que tentam rebaixar Pelé para quarto lugar entre os melhores jogadores da história: “Um absurdo. Será que, quando não existir mais alguém que tenha visto Pelé jogar ao vivo, pela TV ou no campo, diminuirá bastante o prestígio do Rei? Será que neste novo mundo tecnológico a relação do ser humano com o tempo e com a eternidade vai ser alterada? “
Pena máxima para o mandante
Somando as duas suspensões, em 2019 e 2020, o júri do Caso Sevilha chegou a cerca de 38 dias. Foi o mais longo da história de Maringá e seguramente um dos mais longos da história do Paraná. Terminou sábado de madrugada, após 18 dias a fio, no Fórum Trabalhista. O crime ocorreu em 2005 quando o auditor fiscal José Antônio Sevilha foi executado a tiros no Jardim Novo Horizonte.
O empresário Marcos Gotllieb foi apontado como mandante do crime. Ele vinha sendo investigado pelo auditor e já havia sido multado por ele em R$ 100 milhões por importações fraudulentas de brinquedos. Aguardava julgamento em liberdade e foi condenado a 30 anos de prisão, em regime fechado. O pistoleiro Fernando Renea da Costa pegou 32 anos e 8 meses de cadeia. O julgamento foi acompanhado desde o início por diretores do Sindifisco, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal.
2a. cidade mais bolsonarista do país
Nova Santa Rosa , com pouco mais de 8 mil habitantes, no Oeste do Paraná, é a 2ª. cidade brasileira mais bolsonarista. Lá, Bolsonaro fez 82% dos votos no primeiro turno. A população é formada basicamente de descendentes europeus, alemães principalmente.
É teste pra cardíaco, amigo!
Está chegando a hora da onça beber água. A semana decisiva começa com Bolsonaro tentando se desvencilhar da sombra incômoda de Roberto Jefferson, que ontem recebeu a Polícia Federal à bala e com granadas na sua casa. Pra piorar, um de seus aliados agrediu um cinegrafista da Globo, que registrava os acontecimentos no local e no calor da hora. Ainda por cima, tem as mais de 100 inserções de 30 segundos nas programações das TVs que Lula ganhou como direito de resposta.
Já o petista monta uma estratégia de combate às fakenews e tenta conter a abstenção , que no primeiro turno teve um índice elevado e foi prejudicial a ele, de acordo com os institutos de pesquisa.
Pra fechar as atividades de campanha na reta final, os dois candidatos se enfrentarão sexta-feira no debate da Globo. Como diria Galvão Bueno: “Haja coração!”.
Um sabujo em ação
Quando o general Golbery tirou o PTB das mãos de Brizola e passou para as de Ivete Vargas, ninguém poderia imaginar que o Partido Trabalhista Brasileiro tivesse um destino tão trágico como este de acabar sob o comando do desqualificado Roberto Jeferson. Impedido de concorrer à presidência, pois estava preso, ele continuou mandando na sigla e indicou para substituí-lo o cítrico padre Kelmon. Agora, Jeferson está de novo expelindo excremento pela boca, como o que lançou contra a ministra Carmem Lúcia, do STF.
Você pode não gostar do ministro A ou B, mas desrespeitar um membro da mais alta corte de justiça dessa maneira é ataque inaceitável à instituição e por óbvio, à democracia. Sendo uma magistrada, então , aí a coisa fica muito mais grave. O mínimo que deve acontecer com Roberto Jeferson é a justiça cancelar a sua prisão domiciliar e ele voltar para a cela, de onde não poderia ter saído.
O PTB de Getúlio Vargas, Brizola e Alberto Pasqualini não merecia este fim.
Globo repetirá o modelo Band
A Globo copia o modelo do debate da Band entre Lula e Bolsonaro para o encontro dos dois candidatos sexta-feira. Lula e Bolsonaro vão administrar seus tempos, com blocos de 30 minutos, 15 para cada um. No da Band Lula se perdeu no terceiro bloco e acabou deixando espaço para Bolsonaro fazer um discurso de 7 minutos, com fortes ataques, sem possibilidade de réplica. Vamos ver dia 28, antevéspera da eleição que bicho dá. Pode ser decisivo? Pode. Mas se houver equilíbrio, com empate técnico, o debate deixa tudo como está.
EXPOMORCEGO
Você já imaginou uma exposição de morcegos? Pois Cianorte vai promover semana que vem, a primeira edição da Expomorcego. Calma: é apenas uma mostra. E saiba: de grande importância já que o morcego é um dos animais silvestres mais significativos no processo de equilíbrio ambiental. São grandes predadores de insetos, se alimentando principalmente de mosquitos e besouros. Causa repulsa sim, mas talvez você nem imagine o quanto ele é importante para o equilíbrio do ecossistema. Os biólogos dizem que o desaparecimento do morcego seria um desastre para o equilíbrio do planeta.
O MPT aperta o cerco
Cerca de dos 399 municípios do Paraná registraram denúncias de assédio eleitoral neste segundo turno. Maringá é uma das cidades que tem mais empresas envolvidas neste crime. Informa o Angelo Rigon que entre as empresas investigadas pelo Ministério Público do Trabalho está o Restaurante Fim da Picada, o mais tradicional da cidade. Seu proprietário Osmar Pereira morreu de Covid em janeiro desse ano.
Reflexão de um utópico incorrigível
A democracia, por pior que seja, é o regime que nos aproxima da utopia, aquele estado ideal, de harmonia, que nos deixa sempre linkados com a felicidade. Todos nós buscamos isso. Parece algo inalcançável, e invariavelmente é. Porém, nunca devemos desistir da utopia, por mais que percebamos ao dela nos aproximar, que trata-se de miragem, com formato de bola colorida de sabão.
Isso explica, em certa medida, a minha angústia desse momento, ao perceber que o Brasil caminha para o aprofundamento da sua distopia, que ficcionistas como George Orwell e o brasileiro Inácio Loyola Brandão, sublinham como sendo um “lugar ruim”. As eleições desse ano, tal qual a de 2018, nos coloca esse dilema: por qual caminho seguir? O da utopia, que pelo menos nos alimentará a esperança ou o do aprofundamento da distopia, que acena, com clareza de água de mina, para ameaças reais às instituições democráticas?
