Taxação de mais ricos no Imposto de Renda tem resistência no Congresso
. UOL
A isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil pode atender pelo nome de justiça fiscal. Mas a elite vai chiar, a classe média idem e muitos beneficiados, que estão na parte de baixo da pirâmide, certamente engrossarão o coro dos descontentes, pela simples razão de que raciocinam com a cabeça e o coração de quem está por cima. Sim, falta de consciência de classe, porque é desse jeito que a banda toca numa sociedade complexa e cheia de contradições como a brasileira.
Por óbvio, a isenção vai causar um buraco nas finanças públicas, mas o estado tem como recompor isso, em nome, claro, da justiça social. Logo, a renúncia fiscal não é prejuízo, é investimento na melhoria do poder de compra de quem labora e vê parte dos seus proventos parar na boca do leão da Receita Federal. O presidente Lula quer corrigir a distorção histórica , cumprindo uma promessa de campanha. Para viabilizar a aprovação do projeto, que deverá enviar esta semana ao Congresso Nacional, terá que negociar muito com as lideranças partidárias e certamente, entregar alguns anéis para preservar os dedos.
Estava devendo pra mim mesmo e hoje paguei a conta: assisti ao filme Ainda Estou Aqui, primeiro longa-metragem brasileiro a ganhar um Oscar. Através de Eunice Paiva, magistralmente interpretada por Fernanda Torres, o Brasil que ainda adormece sobre as atrocidades da ditatura militar, está sendo despertado da letargia. E de uma forma diferente, sem vociferação, mas com arte e muita sutileza. O filme dirigido por Walter Salles registrou 97% de aprovação do público. Os 3% que o rejeitam são ultradireitistas, a maioria bolsonaristas que forma a turma da lacração. Com muitos prêmios internacionais , Ainda Estou Aqui, mostra um exemplo de família unida, na alegria e na dor provocada pela truculência de um regime de exceção”. O Brasil civilizado, penhoradamente agradece, a Sales, a Fernanda, a Selton e sobretudo a Marcelo Paiva, filho de Rubens e escritor talentoso.
É preciso que prestemos atenção ao alerta do experiente jurista Alfredo Attié, sobre os riscos de uma possível impunidade de Bolsonaro. Ele destaca a explosão de uma bomba caseira num terminal de ônibus em Pinheiros (SP), como reflexo da capacidade da extrema-direita de agir com violência e de forma descontrolada. A impunidade dos golpistas e sobretudo do líder deles, alimenta cada vez mais o sentimento de ódio, que pode terminar de forma muito trágica para o Brasil. Dito isso, que as instituições fiquem atentas aos acontecimentos desse domingo em Copacabana, quando se anuncia uma grande concentração popular para gritar pela anistia, sobretudo dele, o pivô de tudo o que te ruim tem acontecido ao Brasil nos últimos seis anos. Parafraseando Silvio Luís: “Olho no lance!!! “
Privatização de escola pública no Paraná ganhou o nome de Programa Parceiro da Escola. É uma forma de escamotear a verdade dos fatos, como um prefeito fez certa vez em Maringá, dando à terceirização das escolas municipais o nome de Escola Cooperativa. Esse crime de lesa pátria está longe de ser uma questão semântica.
O ex-bateu levou do Fernando Collor, Cláudio Humberto, comentarista da Band News e colunista do portal Diário do Poder é quem informa: “O presidente Lula corteja o governador do Paraná, Ratinho Júnior, para ser seu vice em 2026. Se isso acontecer, provocará um racha na direita”. Dá pra acreditar? Claro que isso é especulação, mas em política tudo é possível.
Sempre que falo do Grêmio, o glorioso Galo do Norte, que foi bi-campeão do Estado e tri do Norte do Paraná, ganhando depois o “Robertinho” , correspondente ao brasileiro da Série B, refiro-me ao Grêmio Esportivo de Maringá. Esse time morreu em 1971 *salvo engano), afundado em dívidas, principalmente com o INPS. Muita gente confunde com o Grêmio de Esportes, que veio depois, fundado pelo Elnio Pholmann, o “Apucarana”, que começou sua trajetória, também gloriosa, jogando em Marialva. Esse Grêmio era o Grêmio do Itamar, do cabo Assis, do Didi. Aquele, era o Grêmio do Garoto, do Macário, do Haroldo Jarra ,do Oliveirinha, do Roderley, do Zuring, do Edgar. Faço o reparo, apenas como uma ligeira correção histórica.
Que o Belino Bravin seja merecedor de uma benemerência, tudo bem. Afinal, foi vereador de sete mandatos e nenhum político chega nesse patamar por obra do acaso. Mas receber um título de tal relevância por meio de um projeto apresentados pelos próprios filhos, aí é danado de esquisito, né?
Informa Ângelo Rigon em seu blog que faleceu hoje o ex-vereador Chico Coutinho. Na foto, ele aparece entre seus pais. Conheci o Chico, uma figura pra lá de polêmica, e tive o privilégio de entrevistar várias vezes o seu pai, o veterinário Antônio Coutinho, quando nas priscas eras, ele chefiou o núcleo regional da Secretaria da Agricultura. Só lembrando que Dr. Coutinho foi o primeiro médico veterinário de Maringá.
Nem no Programa Os Trapalhões e muito menos na Escolinha do Professor Raimundo se veria algo parecido. A Prefeitura de Francisco Beltrão, no Sodoeste do Paraná, decidiu homenagear Rubens Paiva, naturalmente em virtude do sucesso do filme Ainda Estou Aqui, que ganhou o primeiro Oscar da história do cinema brasileiro. Paiva foi um deputado federal combativo, de esquerda e que foi sequestrado e morto pela ditadura militar, justamente o governo dos marechais e generais. Marcelo, o filho de Rubens e autor do livro que virou filme de sucesso internacional , deve estar furibundo. Ou, como trata-se de um escritor bem humorado, rindo à beça da pataquada.