O Corpo de Bombeiros de Maringá está fazendo um bonito papel no Rio Grande do Sul. É comovente a cena de bombeiros maringaenses salvando um idoso que aguardava socorro agarrado a uma árvore, mas já quase coberto pela água. O resgate aconteceu em Canoas.
Isso nada tem a ver com liberdade de expressão
Os influenciadores digitais são comunicadores com grande poder de influenciar pessoas com deficiência intelectual e atraso cognitivo. Por isso , têm responsabilidade e não podem sair por aí espalhando mentiras como faz o desqualificado Pablo Marçal. Foi nele certamente que a vereadora Cris Lauer deve ter se inspirado para proferir o discurso abjeto que proferiu ontem na Câmara Municipal de Maringá. Gente como Marçal, Cris e o jornalismo de esgoto do SBT precisam ser punidos com os rigores da lei.
Um discurso raso, tóxico e criminoso
Vergonhoso o discurso da vereadora Cris Lauer na Câmara de Maringá. Mentiras criminosas em um discurso descontextualizado, sem nenhum nexo e recheado de ódio ideológico e ignorância. A repercussão negativa da vociferação foi enorme. Vejam o que saiu no DCM, um dos principais sites de notícias do país: “A vereadora Cris Lauer (Novo-PR) usou a tribuna da Câmara Municipal de Maringá para propagar informações falsas sobre as operações realizadas pelo governo federal no Rio Grande do Sul. A bolsonarista também atacou a primeira-dama Janja Lula da Silva, chamando-a de “a mais inútil de todas as mulheres”. Segundo a parlamentar, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “veio para matar, roubar e destruir”.
Como se não bastasse tanta asneira, a vereadora afirmou que “a polícia e o Exército estão proibindo barcos de pessoas não habilitadas para resgate e caminhões estão sendo obrigados a retornar carregados de comida por falta de nota fiscal”.
Tudo o que a vereadora disse em seu discurso tóxico foi desmentido pelo secretário-chefe da Casa Civil do governo gaúcho, Artur Lemos: “As doações estão sendo isentas de impostos e não há cobranças de taxas sobre elas”.
Com toda sinceridade: acompanho a Câmara de Maringá como jornalista há décadas e nunca vi um pronunciamento tão abjeto como este.
Política de resultado
Me informa o leitor Cabral que Ricardo Barros deu uma rasteira no Jacovós, virou dono do PL de Maringá e colocou Wilson Quinteiro para tomar conta do partido e ser vice de Silvio Barros II. Faz todo o sentido, não faz não, mestre Piscina?
Lei da Motosserra
Com tudo o que está acontecendo, provas concretas de que as catástrofes naturais são decorrentes em sua maioria da ação predatória do homem, o Senado está para votar um projeto criminoso, que defende redução da reserva legal da Amazônia. Ou seja, o percentual da propriedade rural da região a ser protegido pela floresta é de 80% conforme lei aprovada no governo Fernando Henrique Cardoso. No governo Bolsonaro, é bom que se diga, o senador catarinense Márcio Bittar , do União, propôs acabar com a reserva legal em todos os biomas. O senador Flávio Bolsonaro tomou pra si tal bandeira, foi defenestrado, mas nem ele e nem a bancada bolsonarista como um todo, desistiram de sacramentar a lei da motosserra.
Violência no DNA
O que explica torcedores saírem de Maceió para vir a Londrina torcer por seu time , o CSA, e chegando em frente ao Estádio do Café, partem pra cima de um grupo de torcedores do time da casa, o Tubarão? Mas aconteceu e 38 torcedores alagoanos foram parar na Delegacia. Aliás, chamam bandos como este de torcedores? Não creio que sejam. São na verdade, arruaceiros, criminosos, que estão atrás de confusão, que se tiver sangue, tanto melhor. Pena que assinaram termos circunstanciados e foram embora. Nenhum ficou preso.

Um pouco do pai, um pouco da mãe
Uma amiga pergunta para um assessor da deputada Maria Vitória: “Como Maria Vitória é no relacionamento com seus subordinados?”. Resposta: “Ela tem um pouco de Cida e um pouco de Ricardo. Quando prevalece o lado Cida, ela é um doce de pessoa, mas quando incorpora o pai, aí sai de baixo, não há que aguente”.
Nas mãos de Frei Beto
Olha só: enviei pelo Correio um exemplar do meu livro para o Frei Beto, um dos intelectuais mais respeitados e lidos do país. Tomei esse liberdade porque meu tio Daniel Mendes, líder de comunidade eclesial de base no Vale do Jacuípe (Bahia), participou de alguns seminários sobre CEBs em São Paulo e ficou amigo de Frei Beto, tendo inclusive se hospedado uma vez na casa do importante frei dominicano.
Hoje, tive a grata surpresa de receber de Frei Beto, devidamente autografado, um exemplar do seu livro “O DIABO NA CORTE: leitura crítica do Brasil atual”, com um bilhetinho me agradecendo e me cumprimentando pelo Orelha de Jegue. Ganhei o dia, como se diz na minha Pintadas.

Quando o buraco é mais embaixo
O deputado estadual delegado Jacovós, tem uma solução simples para a cracolândia em que se transformou a região da Praça Raposo Tavares, em Maringá: “Vai lá no artigo 42 da lei de contravenções penais que diz que quem está na rua e apto para o trabalho está cometendo a contravenção penal de vadiagem”. Então sugere , como pré-candidato a prefeito , dar poderes de polícia à Guarda Municipal, com o objetivo de “limpar” a área. Simples assim? E para onde vai esse povo, entupir o cadeião? A maioria será expulsa da região central, levando o problema para outras regiões da cidade?
Que o problema é grave todo mundo sabe. Que precisa de uma solução, não há quem não tenha consciência disso. Mas o remédio que Jacovós sugere para essa doença crônica é placebo. O problema será simplesmente mascarado, dará um certo alívio a quem transita pela região do Terminal Urbano, mas brotará com maior gravidade em outo local. Ou vai despejar essa população de rua em cidades vizinhas, como outrora já se tentou fazer por essas plagas?
O debate político que se avizinha precisa colocar o dedo nessa ferida, levando em conta a complexidade que o problema tem. A população de rua constitui-se inegavelmente em um drama social, que acaba de alguma forma, contribuindo para a espiral de violência que tanto incomoda e assusta a sociedade atual. Não há soluções mágicas para isso. Nem é um problema que possa ser resolvido apenas no âmbito do poder municipal. Mas é no município que os gestores públicos precisam amarrar o guizo no pescoço do gato. Este é o momento.
A natureza se vinga
Que a tragédia do Rio Grande do Sul sirva para governadores e deputados pararem de flexibilizar leis ambientais em seus estados. O próprio Eduardo Leite sancionou recentemente lei proposta pelo deputado Delegado Zucco, do Republicanos, alterando o Código Florestal gaúcho, com a permissão para empresários depredadores da natureza avançarem com suas máquinas sobre áreas de preservação permanente.
Claro que a hora não é de achar culpado, mas de socorrer as vítimas das enchentes devastadoras. Mas é preciso que a população saiba que tragédias como esta que afeta principalmente a Região Metropolitana de Porto Alegre não é fruto do acaso. Há setores no agronegócio que são useiros e vezeiros em agredir o meio ambiente com práticas agrícolas insustentáveis. Para não dizer criminosas.