De acordo com o cientista político Christian Lynch, não existe bolsonarista moderado, como a mídia corporativa tenta qualificar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Isso pela simples razão de que “ bolsonarista algum está aberto a conversa nenhuma”.
Concordo: dizer que existe um bolsonarista moderado é achar que um dia houve um nazista ou um fascista moderado. Se houvesse, não sobreviveria, seria engolido pela lógica perversa da incivilidade. O que Tarcísio faz é se fingir de morto para “traçar” o coveiro.
Esse é um parlamentar que enche a boca para chamar Lula de ladrão. Esse é o mesmo deputado que enche a boca para pregar o moralismo e a moralidade na Assembleia Legislativa do Paraná. O que será que houve que o deputado Ricardo Arruda (PL) se tornou alvo de investigação do Ministério Público por lavagem de dinheiro e rachadinha? Pode me dizer, amigo Prodamor de Mariá e Marimé?
O Brasil tem hoje uma pá de partidos políticos, cujos nomes não guardam qualquer relação com suas realidades. Por exemplo: o que há de progressista no PP? E de liberal no PL? O União Brasil une o que? E o que há de novo no Novo?
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é o novo xodó da direita brasileira. Está sendo chamado de “bolsonarista moderado”. De fato, moderação ali é mato. Com seu aval, a PM paulista vem matando mais do que formicida tatu.
O deputado estadual Renato Freitas, do PT, foi aos Ministérios dos Direitos Humanos e da Justiça, em Brasília, para denunciar possíveis ameaças feitas contra ele por policiais militares. . “Minha vida está em risco”, disse o parlamentar, que atribui o “recado” de que ele seria morto, a uma acusação leviana do seu desafeto, Ricardo Arruda, deputado estadual do PL. Arruda insinuou que Freitas estaria envolvido na morte de um PM na comunidade Nova Esperança, em Campo Magro.
Bolsonaro disse que, na impossibilidade do retorno, plantou sementes, citando Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado. O ex-presidente falou uma coisa mas, no fundo, o que fez foi colocar no solo fértil o ovo da serpente.
É cada vez mais forte as conversas de bastidores na política paranaense de que Ênio Verri está adquirindo rapidamente, como presidente da Itaipu, status de candidato viável ao governo do Paraná em 2026. Os mais de 100 prefeitos beneficiados por programas da Binacional estão encantados pelo trabalho do maringaense. Por mais que o Paraná seja um estado antipetista, se o governo Lula for bem, como tudo indica, Verri terá chances reais de chegar ao Palácio Iguaçu.
A campanha já era sim, para estar rolando nos bastidores, mas tem candidato com o pé na estrada e fazendo verdadeiras reuniões-comícios, ao mesmo tempo em que acelera a máquina de costura para alinhavar as alianças possíveis e até algumas inimagináveis. Entre os que estão de olho no Paço Municipal de Maringá está Silvio Magalhães Barros II, que até recentemente resistia a pressão do irmão Ricardo mas que agora tomou gosto pela possibilidade real de voltar a dirigir os destinos da cidade pela terceira vez.
Silvio lidera todas as pesquisas, mas não dorme no ponto: acelera sua agenda de contatos presenciais com o eleitorado, inclusive os mais antigos. Numa das últimas reuniões que fez, mirou em homens de cabelos brancos, que sentavam na primeira fila ,para invocar a gestão do seu pai, que reconheçamos, foi um grande trocador de obras, apesar das muitas brigas que comprou. Só lembrando: uma dessas pendengas foi com os empresários Samuel Silveira e Joaquim Dutra, donos da TV Cultura (hoje RPC), que chegaram a ter o caminhão de externa da emissora proibido de entrar do Estádio Willie Davids para gravar jogos do Grêmio. A outra foi com a Copel, quando se recusou a pagar as contas de luz do Paço Municipal, que estavam atrasadas ao assumir em janeiro de 1973 e desafiou a companhia a cortar a energia. A Copel cortou e Silvio 1º colocou dois motores a diesel no subsolo do Paço Municipal, produzindo energia e muito barulho na orelha dos servidores.
Observando os discursos e os debates acirrados na Câmara Federal e no Senado a gente chega a conclusão de que em termos culturais e éticos o parlamento brasileiro andou de ré. Eu que ouvi nas duas casas oradores como Freitas Nobre, Ulisses Guimarães , Paulo Brossard, Jarbas Passarinho, Josaphá Marinho e Teotônio Vilela, de repente me pego assistindo nas TVs Câmara e Senado, pronunciamentos de Níkolas Ferreira, Marco Feliciano, Eduardo Bolsonaro, Magno Malta, Marcos Rogério e Sérgio Moro. É muita desqualificação, né não amigo Prepúcio Honorato?
A bancada bolsonarista na Câmara Federal tem deixado os brasileiros confusos no que diz respeito a essa tal liberdade de expressão. O que parece claro é que em discursos inflamados e raivosos, como os do Nicolas Ferreira, coordenador do movimento Direita Minas, é que esse pessoal não sabe onde termina o direito de se expressar e onde começa o direito que eles imaginam que tem de delinquir.