O juiz Eduardo Appio prendeu, o desembargador Marcelo Malucelli mandou soltar. Appio prendeu de novo, Marcelo soltou de novo. E assim, em um só dia, o doleiro Alberto Youssef ouviu quatro vezes as expressões “teje preso” e “teje solto”. O juiz é o magistrado que ocupa atualmente a 13a. Vara Federal de Curitiba, de onde Sérgio Moro saiu para virar ministro e depois senador da república. Malucelli é desembargador do TRF4, o Tibunal Regional Federal que, em confirmando a sentença de Moro, manteve Lula preso e inelegível em 2018. A terra é redonda, fosse plana, Moro estaria voando em céu de brigadeiro.
Olha ele aí de novo
Alberto Youssef está de novo na área. Foi preso pelo novo juiz da Lava-Jato e deve estar coçando o coldre para partir para a terceira delação premiada. Há quem diga que os alvos do doleiro agora poderão ser alguns ex-procuradores da república.
O Paraná lança um novo mecanismo de proteção à mulher
A sociedade se mobiliza e os gestores públicos, pressionados pela realidade, tomam providências para aumentar os mecanismos de proteção da mulher contra a violência doméstica. Violência que é geralmente praticada por maridos, namorados e os que não tem mais relação afetiva com suas vítimas, mas tentam levar suas mágoas e frustrações ao extremo. É nesse contexto que surge um canal exclusivo de denúncias dentro da Controladoria-Geral do Paraná.
Vai funcionar a partir de hoje por meio de campanhas publicitárias e atuação de servidores treinados para a atender mulheres que buscam desesperadamente a proteção das forças de segurança contra homens violentos. Faz parte do esquema de proteção, campanha de incentivo a denúncias , que poderão ser feitas por telefone e aplicativo ainda em desenvolvimento, 24 horas por dia. A atuação firme sobre os efeitos da violência contra a mulher é fundamental, mas é preciso que a sociedade cobre do estado, programas de combate não só à violência já materializada, mas à cultura da violência , que está incrustrada no núcleo familiar como um todo.
Tirado do velório
O corpo tinha muitas manchas , sinais de pancada mesmo, e o morto estava sendo velado por morte natural. De repente , a Polícia entra na capela mortuária, pega o caixão e leva o cadáver embora. É que uma ativista dos direitos humanos desconfiou que Flaudemir Batista da Silva, o Flau, de 53 anos, poderia ter sido assassinado. Por isso o corpo foi levado para o IML, onde o laudo de um perito apontaria a causa morte, para que o inquérito policial fosse instaurado. Aconteceu no final de semana em Apucarana, onde agentes da Polícia Civil tentam desvendar o mistério.
“Batista na minha mente…”
Matéria do Jornal do Povo mostra um painel gigantesco de pré-candidatos a prefeito de Maringá em 2024. Entre os nomes, estão os do médico Dr.Batista e do advogado Wilson Quinteiro, que já disputaram inúmeras vezes. Quanto ao Dr. Batista, o maringaense já sabe, de cor e salteado, a letra da sua música de campanha.
Não tem acordo
Foi formada uma comissão de parlamentares paranaenses para tratar da questão o pedágio no Estado. Nessa comissão estão dois adversários, que certamente não estariam dispostos a sentar na mesma mesa para discutir sejal qual tema for. Refiro-me a deputada Gleisi Hoffmann e o senador Sérgio Moro. Em Foz do Iguaçu, onde esteve para a posse de Ênio Verri na diretoria-geral da Itaipu, Gleise não amaciou: “Não tenho respeito por ele. Vou fazer reunião com o líder da bancada, junto com o Ministério dos Transportes, com a Casa Civil. Não pretendo sentar à mesa com Sergio Moro”.
No mínimo, cassação dos registros
Quem são os advogados acusados de falsificar atas de audiências trabalhistas? A falsificação , que levava a acordos falsos, chegou a render quase R$ 30 milhões ao grupo de estelionatários. A Polícia Civil cumpriu esta semana 24 ordens judiciais contra advogados trabalhistas de São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré e Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, e em São Francisco do Sul, em Santa Catarina.
Um advogado amigo meu, que atua com intensidade e rigor ético nessa área do Direito, está indignado, porque a falcatrua depõe contra toda a categoria profissional, que exige posição mais firme da OAB. No mínimo cassação dos registros da Ordem.
Quem se habilita?
O tribunal Penal Internacional decretou a prisão do presidente russo Vladmir Putin. Resta saber quem será o bago roxo capaz de ir até o Kremlin botar um par de bali nos mãos do panda-gigante.
O fantasma do Plano Cohen ainda ronda o Brasil
Já bem antes de sonhar com a presidência da república, o então deputado federal Jair Bolsonaro tonitroava o seu discurso rastaquera do anticomunismo. Uma vez eleito presidente, ficou quatro anos com a pregação descabida, tomando Cuba e a Venezuela como referência da narrativa tosca e apátrida. Passados três meses da posse de Lula, que Bolsonaro chegou a chamar de “capeta vermelho”, percebe-se que quase metade da população acredita mesmo que nosso país corre risco, conforme atesta pesquisa do Ipec.
Esse discurso vai continuar alimentando o bolsonarismo por um bom tempo, porque se a lavagem cerebral pegou fundo com uma tal intentona comunista lá nos anos de 1930, imagine agora em 2023, quando as redes sociais inoculam de forma devastadora, o vírus da ignorância na cabeça despolitizada de milhões de brasileiros. Pode parecer piada, mas a pesquisa é pra ser levada a sério. Até como forma de antídoto à patologia do nacionalismo idiotizado.
Fico me perguntando: será que o Brasil ainda é vítima dos efeitos daquela farsa batizada de Plano Cohen ?
Um colar e o castigo vindo a cavalo
O argumento para justificar o presente do príncipe saudita ao então primeiro casal brasileiro é pueril, começando pelo fato de que o presidente não estava lá, o ministro das Minas e Energia foi quem trouxe as joias. Ressalte-se que a tradição de troca de presentes entre os chefes de estado que se visitam é comum no mundo diplomático. Porém, e sempre tem um porém, manda a mesma tradição que sejam presentes de valor simbólico, suvenires, apenas e tão somente. E só ficam com o chefe de estado os presente personalíssimos, como roupa, perfume e bebida.
Objeto de valor comercial, é bom que se diga, fica incorporado ao patrimônio do estado, após devidamente legalizado na alfândega. Portanto, o esforço do presidente Bolsonaro no final do seu governo para tentar liberar as joias de quase R$ 20 milhões, parece piada de extremo mau gosto. Ainda mais se considerarmos a circunstância da venda , pela metade do preço, da refinaria Landulpho Alves, para um fundo de pensão das arábias. O senador Flávio Bolsonaro e o advogado da família, Frederick Wassef, aquele que escondeu o Queiroz, estão em campo com a operação “passa-pano”. Mas pelo jeito, não tem mais jeito. O crime de peculato, advocacia administrativa e facilitação de contrabando, já parece caracterizado.