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Vem na sexta

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Lula desembarca sexta-feira no Paraná pela primeira vez desde que subiu a rampa do Palácio do Planalto em 1o. de janeiro. Vem para prestigiar a posse do maringaense Ênio Verri na diretoria geral da Itaipu Binacional.

O Maracanã por testemunha

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A Igreja Universal do bispo Edir Macedo amealhou R$ 33 bilhões em doações bancárias entre janeiro de 2011 e julho de 2015. Em valores corrigidos, isso daria R$ 42 bilhões. O bispo não contesta a picaretagem, que foi denunciada pelo Ministério Público de São Paulo e publicada em reportagem de Gilberto Nascimento no portal The Intercept Brasil. Os dados foram obtidos pelo MPSP após quebra de sigilo bancário da Universal. Macedo ficou furibundo com a matéria de Gilberto e o acionou na justiça para declinar  a fonte, embora não tivesse como negar as cifras astronômicas arrecadadas junto aos fiéis.

Lendo esta matéria no The Intecpet, que a revista Carta Capital repercutiu, lembrei daquele programa jornalístico da Rede Manchete, chamado Documento Especial. Um dos programas mostrou um encontro evangélico da Universal no Estádio do Maracanã e ao final, vários seguranças da igreja entrando no túnel do estádio com sacos de dinheiro nas costas. Anos depois Edir Macedo comprou a Rede Record de  Televisão e tornou-se um dos homens mais ricos do Brasil.

Chapa quente

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A chapa na bancada paranaense está quente em Brasília. Os deputados Beto Richa e Deltan Dallagnou andam se estranhando. Beto, com o coração até aqui de mágoa, disse em entrevista a veículos de comunicação do Estado que  o ex-procurador utilizou de narrativas criminosas contra ele e o PSDB, como forma de minimizar eventuais efeitos dos ataques desferidos por Dallagnol contra o PT.  O ex-procurador da Lava-Jato não deixou por menos: “ Continuarei defendendo a investigação e punição de crimes sempre que forem comprovados. Não importa se eles ocorrem nas ruas ou nos palácios, lugar de bandido é, sim, na cadeia”.  A tréplica veio no rastro da fumaça da pólvora: “O senhor  já foi condenado pelo TCU e pelo Conselho Nacional do Ministério Público. Não venha dizer que não constrói narrativas criminosas em alvos escolhos. E tudo para ganhar espalho político de quem atinge”.

Zanin, Moro e a metáfora da criança cagada

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Lula deve indicar para a vaga do ministro Ricardo  Lewandowski   no STF o advogado Cristiano Zanin, que atuou em sua defesa  desde o início da Lava Jato. Gostemos ou não,  Zanin mostrou competência e  saber jurídico no correr do processo. Lewandowski se aposenta este ano e se a indicação de Zanin acontecer, o advogado terá que passar pela sabatina do Senado. E é aí que surge a grande expectativa de quem acompanha o noticiário político. Como será o comportamento do senador Sérgio Moro,  que mais do que magistrado, foi algoz  do ex-presidente na condução da Operação Lava Jato?

Todo mundo sabe que  Merval Pereira , porta voz da família Marinho, foi um dos jornalistas que mais criticou Lula enquanto o mesmo esteve preso na sede da PF de Curitiba, em decorrência de sentença exarada pelo juiz da 13a. Vara Federal da capital paranaense. O agora presidente da Academia Brasileira de Letras faz coro aos que acusam Moro da prática de  lawfare, ao mesmo tempo em que sapeca: “A indicação de Zanin para o STF será a vitória final de Lula sobre Sérgio Moro”. Um amigo espirituoso ironizou: “Sou capaz de apostar que durante a sabatina de Zanin, Moro vai ficar o tempo todo com cara de criança cagada”.

O samba da reconciliação

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Li no blog do Cláudio Osti os motivos que levaram Paulinho da Viola a compor um dos melhores e mais executados sambas da história da MPB. O texto  do compositor Edson Ferracini é imperdível, principalmente para os apreciadores da música de qualidade e fãs do grande poeta carioca. Conta Ferracini que “Foi um rio que passou na minha vida”  soou como uma forma que Paulinho da Viola encontrou de se reconciliar com a sua escola do coração, a Portela. Isso depois que um amigo da onça inscreveu no Festival da Record o samba “Sei lá Mangeira”, que Paulinho havia feito na juventude, despretensiosamente. O samba foi um sucesso estrondoso na voz de Elza Soares e o mesmo amigo da onça tratou de envenenar a nação portelense contra Paulinho.

Para provar que não traiu a sua escola do coração,  o poeta de Madureira escreveu: “Não posso definir aquele azul, não era do céu, não era do mar…foi um rio que passou na minha vida e que meu coração se deixou levar”. O samba de reconciliação , principalmente com a velha guarda da Portela, foi uma espécie de plataforma de lançamento, que ejetou Paulino da Viola para aquilo que meu amigo Frambel de Carvalho chamaria de “píncaros da glória”.

A picanha sobe o morro

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Eis a questão. Quando Lula falava da possibilidade do povo comer churrasquinho de picanha, claro que ele se referia ao combate à fome e à volta do pobre aos açougues, não para entrar na fila do osso mas para comprar carne, de segunda que fosse. Picanha era apenas uma metáfora, mas com o anúncio do IBGE de que esta carne nobre baixou de preço, passo a acreditar que a metáfora se fez picanha e a picanha sobe o morro para virar churrasco na lage.

O oportunismo está presente

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Antes tarde do que nunca, mas vamos combinar que o empenho de alguns deputados estaduais para colocar cancelas automáticas nas passagens de nível dos centros urbanos do Paraná é um exemplo claro de oportunismo. Acidentes nessas travessias tem ocorrido com frequência, principalmente em cidades  do Norte do Estado,  como foi o caso de Jandaia. Por que só agora?

Vamos lembrar que as cancelas existiam e funcionavam, no tempo da Rede Ferroviária Federal, que foi privatizada. A ALL desativou o que pode para reduzir custos. Afinal, na lógica da desestatização, a vida importa pouco. “As cancelas aumentarão a segurança de pedestres, ciclistas e motoristas. É uma iniciativa importante, mas precisamos pensar em outras ações de Governo para evitar que tragédias como essa não aconteçam”, pontua o deputado  Soldado Adriano José, autor da proposta das cancelas, que está no seu segundo mandato.

“É nóis na fita!”

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Um árbitro maringaense, que hoje apita jogos de competições nacionais, inclusive da elite do futebol, está no centro de um grande escândalo da arbitragem brasileira. Paulo Roberto Alves Júnior, que durante muito tempo apitou jogos do Campeonato Amador da Liga Regional de Maringá, marcou um penalti absurdo contra o Retrô, na partida que classificou o Tombense para a terceira fase da Copa do Brasil.

Dois jogadores do time pernambucano se chocaram na área e Paulo assinalou penalidade máxima a favor do time da casa. A comissão de arbitragem da CBF suspendeu o juiz maringaense por tempo indeterminado e o lance já virou caso de polícia. Um filósofo da Açukapê, novo endereço da boca maldita disse, em tom de blague, que pelo menos Maringá está no noticiário esportivo em todo o país.. “É nóis na fita”, ironizou.

Apoio incondicional

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O Secretário de Segurança do Paraná, coronel Hudson, mobiliza deputados da base do governador Ratinho Júnior para tentar cassar o mandado de Renato Freitas (PT), eleito presidente da Comissão de Igualdade Racial da Alep. Isso porque o parlamentar, fez duras críticas ao comando da PM, sobretudo a maneira como alguns policiais tratam os maoradores da periferia de Curitiba.

Ontem,  Renato recebeu o apoio incondicional da bancada de oposição, que questiona o secretário:“Gostaríamos de ver, por parte do Secretário, tamanha galhardia e coragem na defesa da PMPR contra os atos e golpes proferidos à instituição e aos praças pelo atual governo estadual, diante da não existência de concursos internos, escalas com mais de 80 horas semanais e operações midiáticas sem efeito real”. Os deputados querem que o secretário explique também o “corporativismo explícito mostrado por ocasião da história recente do Paraná, em que  um oficial médico abusou de mais de três dezenas de policiais femininas, e a corporação, covardemente, buscou um subterfúgio técnico para absolvê-lo”.

Deu ruim para o ex-procurador

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O ministro do STF Dias Toffoli rejeitou recurso do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) que tentava derrubar uma punição que recebera do  Conselho Nacional do Ministério Público . Quando ainda era procurador da Lava Jato, Dallagnol  disse em uma entrevista à Rádio CBN, que o Supremo Tribunal Federal  “passa imagem de leniência com a corrupção em  decisões proferidas pela Corte”. A punição foi uma advertência do CNMP, que Tóffoli manteve.

Uma coisa puxa a outra e assim eu não poderia deixar de registrar essa ironia do blogueiro Zé Beto: “Há mais de 30 dias ocupando uma cadeira Senado Federal, o ex-juiz Sergio Moro tem sido visto de forma recorrente acompanhado sempre pela mesma companhia: a solidão”.