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Governadores celebram massacre

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A Operação Carbono Oculto da Polícia Federal prendeu muito mais indivíduos envolvidos com o tráfico, apreendeu maior  número de armas e impôs ao PCC prejuízo de bilhões. E tudo sem derramamento de sangue. No caso do Rio, morreram bandidos, policiais e alguns jovens inocentes, trabalhadores que, por serem pretos, estarem mal vestidos e correrem quando ouviram os pipocos, acabaram sendo fuzilados. O deputado e pastor Otoni de Paula, confessadamente de direita, denunciou a execução de quatro fiéis da sua igreja, “todos jovens de bem, trabalhadores e que jamais tiveram envolvimento com o crime”.

Mas o governador Claudio Castro celebrou o massacre, com o aplauso da extrema-direita na Câmara Federal e o apoio incondicional dos governadores de Goiás, Minas, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e pasmem, São Paulo. O encontro entre eles, realizado no Palácio Guanabara foi uma celebração da violência praticada pelo Estado, declaradamente incapaz de garantir segurança a sua população.

Em nome da civilidade

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A missa pelos 50 anos da morte do jornalista Vladmir Herzog na Catedral da Sé foi de uma simbologia muito forte. Deixou claro o recado da democracia aos que ela menosprezam. Lá estavam jornalistas, intelectuais, líderes religiosos, lideranças politicas e até o presidente da república em exercício, Geraldo Alckmin. Mas não apareceram o governador e o prefeito de São Paulo. 

No caso específico de Tarcisio de Freitas, fica claro que temos um pré-candidato a presidência da república, que prefere se distanciar da luta democrática, saudosista que é do regime militar, período de trevas, de prisões ilegais, de tortura e assassinatos cometidos pelo estado.

Outro detalhe a ser considerado nesta cerimônio religiosa, conforme apontado pelo jornalista Juca Kfoury : “ Vlado, como se sabe, era judeu, mas nem a Conib nem a Federação Israelita de São Paulo mandaram representantes ao ato, assim como foram eloquentes as ausências do governador de São Paulo e do prefeito do capital, como se não coubessem em cerimônia contra a tortura, pela democracia e pela paz”.

Tarcísio de Freitas segue a cartilha de Jair Bolsonaro, devoto do coronal Carlos Alberto Brilhante Ustra, classificado por um cientista da Unicamp por ele torturado, de “verdadeira degeneração humana”.

Pelé eterno

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Edson Arantes do Nascimento completaria 85 anos no último dia 23 e quando o assunto é futebol, Pelé dispensa qualquer comentário. Mas de tudo que li sobre a efeméride do rei, ninguém foi mais preciso do que o também grande craque da pelota Tostão, ao falar sobre o clichê de que que “a bola procura o craque”. Não necessariamente com essas palavras, Tostão  se referiu a Pelé como o jogador que sempre sabia aonde a bola iria chegar e chagava antes, para dominá-la e tratá-la com o carinho que justificava a sua coroa de rei.

OS MELHORES

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ECONOMISTA COLOCA GETÚLIO VARGAS COMO O MELHOR PRESIDENTE DO BRASIL. LULA É O SEGUNDO

O economista e escritor Paulo Nogueira Batista Júnior, uma das melhores cabeças que o Brasil tem quando o assunto é finanças públicas, fez recentemente uma espécie de ranking dos melhores presidentes da história do Brasil. Com argumentação convincente, coloca o general Ernesto Geisel em quarto lugar, atrás de Juscelino Kubitschek, o terceiro. Lula fica em segundo e Getúlio Vargas, o mais popular e querido do povo. Confesso que fiquei meio perplexo com a citação de Geisel, mas realmente temos que considerar que o penúltimo general a governar o país na ditadura militar, teve papel fundamental na abertura, sufocando duas rebeliões dentro do Exército, voltada para o endurecimento, nos moldes Emílio Garrastazu Médici. Geisel era enaltecido até pelo grande cineasta Glauber Rocha, que no programa Abertura, da TV Tupi, atribuía ao penúltimo general-presidente o passo inicial para o processo de redemocratização do país.

Batista coloca Getúlio Vargas como o maior e mais querido presidente brasileiro, a partir da constatação histórica dos avanços sociais que ele promoveu, nas duas fases em que esteve no poder, a primeira como ditador e a segunda como presidente eleito, quatro anos após ser apeado do poder por um golpe de estado. Quando retornou ao Palácio do Catete pelo voto, Getúlio deu seguimento a sua agenda social, inclusive com o fortalecimento dos sindicatos obreiros, o que a direita, liderada por Carlos Lacerda, não engolia de jeito nenhum. A pressão foi tão grande, que em 1954, Vargas se matou com um tiro no peito, deixando a carta testamento e eternizando a frase “Saio da vida para entrar na história”. Lula, conforme Nogueira Batista, promoveu avanços sociais significativos no Brasil, principalmente nos seus primeiros dois mandados (2003/2010). E se Getúlio deixou a hidrelétrica de Paulo Afonso como grande obra física e JK deixou Brasília, Lula teve a ousadia de tirar do papel a transposição do Rio São Francisco e o Pre-Sal, que tornou nosso país autossuficiente em petróleo.

Em síntese, o economista e escritor mineiro, lembra que “ a direita brasileira só conseguiu vencer eleições presidenciais quando apelou para figuras exóticas e destrambelhadas, porém carismáticas – Jânio Quadros em 1960, Fernando Collor em 1989 e Jair Bolsonaro em 2018”.

Pesquisa brochante para a direita

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O governador do Paraná, Ratinho Júnior, trabalha com a possibilidade (real, diga-se de passagem) de ser o Plano B da direita para as eleições presidenciais do ano que vem. Mas uma pesquisa do instituto Atlas Intel o coloca atrás do fanfarrão Ronaldo Caiado, governador de Goiás e na frente apenas do governador de Minas, Romeu Zema. O nome que melhor representa o neofascismo no atual momento é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que mesmo fazendo uma lambança atrás da outra, tem 30,4%, com os concorrentes internos Caiado, Rainho e Zema, nem aparecendo no retrovisor – 6%, 3% e 2,5% respectivamente. Nesse cenário , Lula vence no primeiro turno com  51,3%.

Pode ser ela…

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Aumenta a pressão para que  Lula indique uma mulher para a vaga de Barroso no STF. O candidato do presidente é o advogado geral da União Jorge Messias, mas se prevalecer a tese de que o momento é de uma ministra, a paranaense Gleisi Hoffmann estará bem na fita. Gleisi, que já foi senadora, deputada e atualmente ministra das Relações Institucionais, é advogada de formação e segundo quem a conhece bem, possui elevado saber jurídico.

Um juiz no olho do furacão

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Uns acham que pode ser armada, outros acreditam ser verdadeira a cleptomania do juiz federal Eduardo Appio, suspeito de furtar duas garrafas de champanhe em um supermercado de Blumenau, Santa Catarina.  O TRF4 abriu apuração, com base em boletim de ocorrência registrada pela direção do estabelecimento comercial. Seriam duas garrafas de Moet Chandon, que custa R$ 540,00 cada. Só pra lembrar, Appio substituiu Sérgio Moto na 13ª Vara Federal de Curitiba e ajudou a enterrar a Lava Jato. Moro , por óbvio, deve estar torcendo para que o furto seja verdadeiro.

De volta à cena

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O ex-governador e ex-senador Álvaro Dias, que parecia ter pendurado as chuteiras, está de volta à cena política. Deixa o Podemos, partido que ajudou a fundar e hoje o decepciona, e retorna ao MDB, atendendo convite do presidente Baleia Rossi. Pode tentar voltar ao Senado ano que vem, quando o Paraná terá duas vagas.

De ladeira a baixo

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A candidatura de Sérgio Moro ao governo do Paraná subiu no telhado. Mesmo sendo o líder das pesquisas, ele já provocou debandada de prefeitos do PP, que compõe uma federação (ainda não sacramentada) com o União Brasil, partido do hoje senador. O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, quer trocar Moro por Cida Borghetti, com a aprovação (e articulação)  do marido dela, deputado Ricardo Barros.

Resumo da ópera: o sonho do ex-juiz da Lava Jato chegar ao Palácio Iguaçu está cada vez mais distante. A carreira política do “Conjo” vai de ladeira a baixo. Ele ainda surfa na onda da operação que comandou na chamada República de Curitiba. Mas seu capital político tende a virar bolinhas de sabão e desaparecer com o provável estouro  do escândalo relacionado à Festa da Cueca, ora investigado pela Polícia Federal , que por determinação do ministro do STF Dias Toffoli, fará uma varredura na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Estava escrito nas estrelas…

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O PP, que virou UP ao se fundir com o União Brasil, perdeu uma pá de prefeitos paranaenses para o PSD de Ratinho Júnior. O fato concreto é que houve uma debandada do Partido Progressista com o anúncio de que o candidato a governador da federação atende pelo nome de Sérgio Moro. Dos 61 prefeitos eleitos em 2024 pelo partido que tem Ricardo Barros como cacique, 18 bateram em retirada. O ex-juiz da Lava Jato continua liderando a corrida para o Palácio Iguaçu, mas seu balão começa a murchar.