A campanha morna e pouco propositiva que está na televisão deve esquentar a partir da semana que vem. Bolsonaro não perde oportunidade de agredir Lula por onde passa mas no programas eleitorais está um “Jair paz e amor”, o que talvez seja estratégico , para não atrair a ira do adversário. Mas a campanha do ex-presidente já detectou que o tom agressivo das redes sociais e dos “cercadinhos” Brasil a fora precisa de respostas duras também na televisão. Os próximos programas do PT, portanto, virão bem apimentados, com denúncias pesadas contra o clã, como esta da compra de 107 imóveis, 51 deles com dinheiro em espécie, de acordo com matéria do portal UOL. É certo que Bolsonaro também vai pra cima,o que de certa forma agrada Ciro Gomes e Simone Tebet, que vê nesse tiroteio uma possibilidade de crescerem e aparecerem.
Evandro não quer
A deputada estadual Maria Vitória, do PP, pediu licença do mandato para se dedicar à campanha de reeleição. O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná deve convocar outro maringaense para assumir temporariamente o lugar da filha de Ricardo Barros. Será o ex-deputado Evandro Júnior, neto de Hermans Brandão, ex-presidente daquela casa . Evandro já disse que não quer a vaga temporária. A alegação é de que precisa cuidar da sua empresa. Um chegado dele me disse que no fundo, no fundo, Evandro se recusa a servir de tapa buraco.
Ulysses vai de Lula?
Informa Esmael Morais em seu Blog que “enquanto em Curitiba Bolsonaro fazia discurso de ódio e desinformação para o deleite do governador Ratinho Júnior, no Noroeste do Estado o prefeito de Maringá, Ulysses Maia, participava de inauguração do comitê de Lula, ao lado de líderes do PT , entre os quais o deputado federal Enio Verri.
Aqui já foi um jornal
O prédio do O Diário, um jornal que faz muita falta a Maringá, é onde passou a funcionar o comitê eleitoral do candidato ao senado, Álvaro Dias. O imóvel pertence à família Matos, que o arrematou em leilão judicial. Wilson pai é suplente de Álvaro, que num certo período se afastou para operar um joelho e o reitor do Unicesumar assumiu por quatro meses no Senado da República. Para um eventual novo mandato, o que é quase certo, o suplente de Dias será Wilson Filho. Seria o caso de perguntar: se reelegendo, será que o senador vai operar o outro joelho?
Legados de um prefeito visionário
Adriano Valente foi um prefeito visionário e com uma presença de espírito que só um ótimo advogado poderia ter. Ele protagonizou episódios que ficaram registrados na história da política (e do desenvolvimento ) de Maringá. Entre tantos que ouvi dele e do seu fiel escudeiro Marco Antônio Lourenço Correa , me ocorrem dois, que são marcantes.
1º. – Quando ele foi pedir o terreno para implantar o Parque de Exposições de Maringá ouviu do diretor da Cia Melhoramentos, em forma de indagação, a seguinte resposta: “Mas por que a empresa doaria um terreno para a implantação de um parque de exposições de gado se Maringá não tem gado?”. O prefeito respondeu de bate-pronto, ou na bucha, como preferiria o Baianinho Engraxate: “ Dr. Alfredo Nyffler, é certo que não temos pecuária no nosso município , mas aqui mora a maioria dos criadores de gado da região”. Nyffler ficou sem saída: “Bem, me convenceu. Tá concedido o terreno, prefeito”.
2º. O governador Paulo Pimentel pretendia criar a Universidade Estadual do Norte do Paraná, com sede em Londrina e uma extensão em Maringá. O prefeito não concordou: “Nada, feito, queremos a Universidade Estadual de Maringá”. Ante a insistência de Pimentel, Dr. Adriano fez um documento exigindo a criação da UEM, para que o governador assinasse. Sabendo que isto seria difícil , o prefeito rumou para a Capital numa madrugada de segunda-feira. Às 7h em ponto Dr. Adriano estava atravessando o carro oficial na frente do portão da casa do governador. Quando saiu para ir ao Palácio Iguaçu, Pimentel se espantou: “ O que significa isso, prefeito?”. E ouviu, em alto e bom som: “Entenda como pressão mesmo. Se o senhor não criar a Universidade de Maringá, vou mobilizar todos os prefeitos do Noroeste do Estado e quando o senhor for lá, vai sentir de verdade a força política da região”. Sem discutir , Pimentel assinou o documento em que se comprometia com a reivindicação e ali mesmo, no capô do Galaxie preto da Prefeitura de Maringá nascia a nossa UEM.
Por que agora?
O deputado estadual Soldado Fruet (Pros) protocolou esta semana na Assembleia Legislativa do Paraná um projeto de lei que reflete bem a cultura oportunista e eleitoreira da classe política. Visa reduzir o valor da conta de luz dos paranaenses, usando para isso lucros e dividendos que a Copel repassaria aos seus acionistas. Sem dúvida uma proposta interessante, mas agora, deputado? É uma frase sovada pra dedéu, mas como diria o saudoso Zé Risada “quando a esmola é demais até o santo desconfia”.
Vagas no Tribunal
O Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Paraná está em processo de escolha de candidatos a desembargadores, para preencher nove vagas, por vacância natural (aposentadoria principalmente) ou devido a criação de novas câmaras julgadoras. Os concorrentes são juízas , promotores e advogados escolhidos dentro da OAB/Pr. Algumas vagas serão preenchidas pelos critérios de merecimento e de antiguidade.
Nem semáforo escapa
Este aí é o semáforo da “Praça do Peladão” que de madrugada foi atingido por este veículo em alta velocidade. Coisas de um trânsito violento e de absoluta falta de responsabilidade e bom senso de uma pá de motoristas. Felizmente nesse caso não tinha ninguém passando a pé , de bicicleta ou de moto pelo local.
É tempo de flor
Nesses dias bicudos, de tanta violência e de tanta truculência verbal, sobretudo na campanha presidencial, nada como visitar uma exposição de flores para refrescar a cuca e levar alento ao coração.Vale a lembrança, então: a Expoflor de Maringá começa nesta quinta-feira na Praça Deputado Renato Celidônio, em frente à Catedral.
Ainda sem a segunda perna
Quando o então ministro dos transportes Paulo Bernardo veio a Maringá assinar a primeira ordem de serviço, o valor da obra seria em torno de R$ 176 milhões. Muitos anos depois , bem mais do que o previsto, o Contorno Norte foi concluído, por cerca de R$ 420 milhões.
Mesmo sendo uma obra de engenharia caríssima, com superfaturamento evidente, o CN ficou com a deformação dos chamados “viadutos sacis”. E só agora, muitos anos depois, a segunda perna de cada um dos oito viadutos foi construído, à custa de aditivos, que encareceu ainda mais a via expressa. Faz semanas que as obras complementares estão prontas, mas segundo observa Ângelo Salgueiro, em sua coluna no Jornal do Povo, é incompreensível a demora na liberação.