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A lei do 30

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Reza a lenda política no Paraná que, filiado à Arena, Horácio Vargas quase se deu mal ao apoiar o candidato do MDB à prefeitura de Ponta Grossa, em 1976. O partido se reuniu para expulsá-lo, mas na hora agá ele nem sequer foi admoestado. “Você tinha muito apoio?”, quis saber um repórter, intrigado. O político respondeu secamente: “38.” O repórter: “Votos?” Ele esclareceu: “38 cano longo, carga dupla…

. Claudio Humberto (Poder sem Poder)

Apenas um “até breve”

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A ação contra o PL pelo descumprimento da cota feminina nas eleições proporcionais de 2020 não logrou êxito na primeira e nem na segunda instância da Justiça Eleitoral. Isso deixou o vereador Manoel Sobrinho tranquilo, relaxado. Mas quando o processo foi analisado monocraticamente no TSE pela ministra Carmem Lúcia, o PL perdeu a sua cadeira na Câmara Municipal de Maringá e já no último ano da atual legislatura , Sobrinho perdeu seu mandato. Agora no PSDB, o potiguara vai pra disputa em outubro, com chances reais de voltar ao poder legislativo maringaense em 2025, beneficiado pela popularidade que sempre teve e pelo aumento para 23 do número de cadeiras. “Me despedi da Câmara na sessão de hoje, mas não disse adeus, apenas um até breve” , comentou, quando o encontrei pontem à tarde caminhando pela Rua Néo Martins.

O cagadaço continua

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O TRE do Paraná manteve o mandato do senador Sérgio Moro, por 5 a 2, mas tanto a coligação de partidos de esquerda que entrou com uma das ações quanto o Ministério Público Eleitoral irão recorrer da sentença junto ao TSE. Moro saiu sorridente do Tribunal Regional Eleitoral, o que é absolutamente natural. Mas com certeza está preocupado, porque basta lembrar que por motivos correlatos, o mesmo tribunal absolveu o ex-deputado federal Deltan Dallgnol por 7 a 0 e o pleno do TSE cassou o mandado dele por unanimidade. Como diria o Gaúcho da Fronteira: “O cagadaço vem de Brasília”.

Imunidade ou impunidade ?

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A Câmara dos Deputados pode, centro das quatro linhas, anular a ordem de prisão emitida pelo ministro Alexandre Moraes contra Toninho Brazão, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca Mariele Franco. De acordo com o portal UOL, PP e União  Brasil  vão liberar suas bancadas para votar pela liberdade do deputado, o que significa abrir caminho para a nivelar imunidade parlamentar a impunidade do parlamentar. O mais grave de tudo isso é que a maioria direitista do Congresso Nacional segue sua marcha para enfraquecer a suprema corte, que bem ou mal, é um dos pilares da democracia.

Alho é alho, bugalho é bugalho

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Elon Musk continua vociferando contra as decisões do ministro Alexandre de Moraes e desafiando o Supremo Tribunal Federal , com promessa de não obedecer as ordens de suspensão de perfis  criminosos de sua plataforma, o X, antigo twitter. É uma clara afronta à soberania nacional do Brasil, que a ultradireita bolsonarista comemora como se Musk tivesse marcado um golaço para o time. Se há um culpado nessa história é o parlamento que há cinco anos engaveta o projeto do marco regulatório da Internet. Sem uma lei que regulamente as redes sociais, o Brasil continua permitindo que criminosos contumazes confundam liberdade de expressão com delinquência. E dessa forma, leva milhões de pessoas a confundirem alho com bugalho

RB trabalha para SB voar em céu de brigadeiro

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A política é mesmo dinâmica, ainda mais nessa fase preparatória de formação de chapas para a disputa de uma eleição majoritária. Num quadro como esse, de tantos partidos e tantas ambições, o cenário muda quase todo dia e fica parecendo nuvens de verão, que apresentam uma figura diferente a cada vez que você olha para o céu, conforme já observava na década de 1960 o astuto político mineiro Magalhães Pinto.

Vamos ao caso presente de Maringá. Até dia desses tínhamos como certas as pré-candidaturas de Humberto Henrique, Silvio Barros II, Scabora, Do Carmo, Jacovós e Wilson Quinteiro, além das (mais do mesmo)  candidaturas nanicas. As nuvens de verão se movimentam rapidamente e o cenário que mostravam ontem não era igual ao de tresontonte.

O que circulava nos bastidores da política local  é que a candidatura do deputado delegado Jacovós ganhou musculatura nas últimas semanas, mas murchou de vez agora que  Ricardo Barros entrou em cena para garantir a vitória do irmão Silvio. Mexendo com maestria (reconheçamos isso) as peças do tabuleiro de xadrez , RB teria convencido o ex-delegado de polícia a trocar sua candidatura a prefeito pelo asfaltamento  da estrada da reeleição em 2026. E como bom enxadrista que é, RB, que trabalha sua  candidatura ao Senado numa eventual cassação de Sérgio Moro, deu um jeito de colocar  Wilson Quinteiro no PL, o partido do bolsonarista raiz Jacovós.

Obviamente, Quinteiro deixaria de ser não apenas um concorrente, mas um aliado de primeira hora, inclusive figurando na vice de Silvio Magalhães Barros II. E Ricardo, que se auto define como um político de resultado, prova mais uma vez a teoria de que política não é para amadores.

Moro poderá ter uma vitória de Pirro

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O julgamento de Sergio Moro no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná foi suspenso hoje após novo pedido de vista . O placar estava em 3 a 1 pro réu quando a sessão foi interrompida para ser retomada amanhã. Faltam votar três desembargadores, mas há quem aposte que Moro deverá ter seu mandato cassado por 4 a 3 . Se não houver a virada, o Ministério Público recorrerá ao TSE.

Só lembrando: o ex-deputado Deltan Dallgnol, parceiro de Moro na Lava Jato e atualmente nos Estados Unidos vibrando com a zombaria de Musk pra cima da justiça brasileira, foi absolvido pelo TRE/Pr e teve o mandato cassado no TSE. Um analista político da capital cravou há pouco: “Moro pode vencer nesta terça-feira, mas por certo será uma vitória de Pirro”.

Igual a pulga de cós

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Bolsonaro e Silas Malafaia estão de novo chamando os seguidores  para uma manifestação. Será dia 21 de abril em Copacabana, no Rio. Bolsonaro vai agitar enquanto estiver solto, sempre impulsionado pelo mercador da fé, que num país sério já estaria atrás das grades.

A estratégia , claro, é continuar atiçando o gado contra as instituições, sem desistir de apostar no golpe.  Concordo em gênero, número e grau com Ricardo Noblat (Metrópoles) , quando observa que   Bolsonaro “ não tinha plano de governo, projeto, nem competência para administrar um país complexo como o Brasil”. Entretanto, não desiste da sua tentativa de dar um golpe de estado. Como diria a escritora Aglae Lima,  “o homem é uma verdadeira pulga de cós”.

Simples assim

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Um  motorista de aplicativo me disse estar preocupado com a futura regulamentação desse tipo de prestação de serviço. Ele acha que o Uber pode  se retirar do Brasil e deixar milhares de pessoas na mão. “Ao contrário,  respondi,  os donos dos aplicativos ganham muito dinheiro sem nenhum esforço porque quem se ferra são vocês. Mesmo que eles tenham que arcar com responsabilidades sociais, ainda continuarão  ganhando fortunas em cima dos trabalhadores, inclusive dos que ralam em cima de motocicletas e colocam suas vidas em constante perigo fazendo delivery”.

Encerrei a conversa, porque estava chegando no meu  destino, dizendo que trabalhador não tem que ter medo de segurança jurídica e de lutar por seus direitos, não. Os donos dos aplicativos não vão bater retirada do Brasil e deixar o manah que têm aqui,  assim de graça”.

Troca de farpas

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Os deputados Zeca Dirceu (PT) e Rosângela Moro (União Brasil) andaram se estranhando nas redes sociais. Disse a “conja  do senador Sérgio, que está a caminho da cassação: “Zequinha deveria deixar de se preocupar comigo e pensar no que ele e a presidenta do PT podem fazer para recuperar o que resta do PT no Paraná”. Zeca Dirceu retrucou: “Você continua fingindo ser de SP e não conhecer o Paraná, mas no fundo você sabe bem que o PT do Paraná elegeu 7 deputados estaduais e 5 federais, um crescimento de 65% em relação a 2018. Protocolei na Câmara o “PL da Conja”, que proíbe