A política é mesmo dinâmica, ainda mais nessa fase preparatória de formação de chapas para a disputa de uma eleição majoritária. Num quadro como esse, de tantos partidos e tantas ambições, o cenário muda quase todo dia e fica parecendo nuvens de verão, que apresentam uma figura diferente a cada vez que você olha para o céu, conforme já observava na década de 1960 o astuto político mineiro Magalhães Pinto.
Vamos ao caso presente de Maringá. Até dia desses tínhamos como certas as pré-candidaturas de Humberto Henrique, Silvio Barros II, Scabora, Do Carmo, Jacovós e Wilson Quinteiro, além das (mais do mesmo) candidaturas nanicas. As nuvens de verão se movimentam rapidamente e o cenário que mostravam ontem não era igual ao de tresontonte.
O que circulava nos bastidores da política local é que a candidatura do deputado delegado Jacovós ganhou musculatura nas últimas semanas, mas murchou de vez agora que Ricardo Barros entrou em cena para garantir a vitória do irmão Silvio. Mexendo com maestria (reconheçamos isso) as peças do tabuleiro de xadrez , RB teria convencido o ex-delegado de polícia a trocar sua candidatura a prefeito pelo asfaltamento da estrada da reeleição em 2026. E como bom enxadrista que é, RB, que trabalha sua candidatura ao Senado numa eventual cassação de Sérgio Moro, deu um jeito de colocar Wilson Quinteiro no PL, o partido do bolsonarista raiz Jacovós.
Obviamente, Quinteiro deixaria de ser não apenas um concorrente, mas um aliado de primeira hora, inclusive figurando na vice de Silvio Magalhães Barros II. E Ricardo, que se auto define como um político de resultado, prova mais uma vez a teoria de que política não é para amadores.