Tinha parado mas agora as mensagens em inglês voltaram a inundar a página de pitacos no blog , inviabilizando a liberação de comentários dos leitores. Não sei como corrigir, por isso peço desculpas aos que me leem e comentam as postagens.
Quem estava com a razão?
Quando o presidente Lula disse na Etiópia que “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus”, a casa veio abaixo. O primeiro ministro de Israel, o carniceiro Benjamin Netanyahu se enfureceu e, invertendo o sentido das palavras do presidente brasileiro , com o objetivo claro de usar o holocausto para afastar suas atrocidades do foco , vociferou : “Lula cruzou uma linha vermelha, pois nada se pode comparar ao holocausto”.
Não havia nas palavras de Lula a expressão holocausto. Mesmo assim, a distorção proposital do premier israelense rebombou no Brasil, de maneira ainda mais calhorda, por parte da extrema direita bolsonarista e da mídia tradicional, sobretudo das redes nacionais de televisão. Passados alguns dias eis que o mundo civilizado se dá conta de que Lula estava coberto de razão.
Uma reflexão necessária
A direita avança, caminha para a extrema e a esquerda, batendo cabeça, não consegue conter esse avanço perigoso. As lideranças direitistas que pontuam na cena política querem acabar com o estado laico e implantar uma ditadura religiosa, liderada por malucos e despreparados feito Bolsonaro. O que se pergunta nesse contexto é o seguinte: onde está o centro, que poderia atuar como força moderadora, de equilíbrio, nessa polarização absurda, que só falta levar nossa gente para uma sequência de confrontos armados? Cadê o velho MDB? Onde se escondeu o PSDB?
Glória a Deus que Bolsonaro perdeu a eleição e seu projeto de dar um golpe de estado fracassou. Mas esse espectro ultra radical e obcecado pela construção de uma realidade paralela não vai desistir assim tão fácil de continuar tentando. Se não surgirem (ou ressurgirem) forças de equilíbrio, desempenhando o papel de algodão entre os cristais, corremos o risco de termos já em 2026, um substituto de Jair, tão tóxico quanto ele (pode ser a própria Michele, e por que não?). Isso acontecendo, estará novamente em risco, não apenas a democracia, mas a civilidade em nosso país.
A equivocada privatização
Ana Júlia Ribeiro, a mais jovem deputada estadual do Paraná, detona o governador Ratinho Júnior pela privatização da Copel em artigo no portal 247. Escreve ela: “Como deputada e filha de ex-copeliano, eu lutei contra a privatização da companhia e alertei a população sobre os riscos da venda.
A piora acentuada na prestação do serviço após a privatização mostra que aqueles que se levantaram contra esse crime à soberania do estado tinham razão. O problema mais grave apontado, além da explosão das tarifas, são os apagões: “No último quadrimestre de 2023, houve mais de 38 mil interrupções de distribuição de energia registradas no Paraná. A duração média dos apagões também aumentou, subindo de mais de quatro horas para quase seis horas. Em muitos casos, contudo, o restabelecimento da energia chega a demorar dias”.
Um bom momento para a Constituição de dois artigos
Vamos reeditar e sancionar a Constituição de Capistrano de Abreu? Lembram dela? É aquela de apenas dois artigos:
– Artigo primeiro: Todo brasileiro deve ter vergonha na cara
– Artigo segundo: Revogam-se as disposições em contrário
Que confusão cara pálida? Foi massacre mesmo
A imprensa brasileira, principalmente os grandes jornais, TVs e portais , noticiaram o massacre de ontem na fila da comida em Gaza , de uma maneira vergonhosa. Colocaram o massacre covarde como se fosse uma confusão . O Jornal Nacional, por exemplo, disse que a maioria morreu pisoteada e soldados de Israel, temendo que a multidão pudesse atacá-los, dispararam suas armas contra os famintos.
O que houve na verdade foi a continuidade do processo de extermínio dos palestinos naquele território, que desde 1967, após a Guerra dos Seis Dias, vivem sob ameaça do poderio bélico do estado judeu. Um médico do único hospital que ainda funciona precariamente em Rafah, desmentiu em entrevista a Rede de TV Al Jazeera, a versão de que os mais de 100 palestinos que morreram no ataque dos soldados israelense, foram vítimas de pisoteamento por causa da correria. Os corpos que ele examinou , inclusive de mulheres e crianças, estavam furados de bala.
Como pode a mídia canalha vir com essa história de que, o que houve naquela fila de ajuda humanitária foi confusão? E depois fica dando voz só aos defensores do primeiro ministro carniceiro, que o presidente Lula chama de genocida e neonazista.
Por acaso, na cobertura jornalística dos principais veículos de comunicação do Brasil, alguém viu, ouviu ou leu a versão de algum representante do povo palestino? O nosso amigo Ualid Habah, atual presidente da FEPAL, só tem tido espaço para defender a causa palestina na mídia alternativa. Que jornalismo é esse? Cláudio Abramo e Vladimir Herzog, que eram judeus, estariam morrendo de vergonha.
Sem espaço
Impressionante como a mídia tradicional brasileira está sempre ouvindo representantes da causa de Israel, para defenderem o massacre promovido pelo Netanyahu, mas nunca dá espaço a quem fala em defesa dos palestinos. Pratica “jornalismo”, jamais jornalismo. Uma vergonha.
Barrado no velório
Gilmar Mendes disse em entrevista ao Brasil Jornal que Sergio Moro emparedou Teori Zavascki, a partir do momento em que o ministro do STF, que faleceu em acidente aéreo, desqualificou a 13a. Vara Federal de Curitiba, como fórum apropriado para julgar todos os processos da Lava Jato. O advogado Roberto Bertholdo, que foi preso por Moro, deu uma informação ao repórter investigativo Joaquim de Carvalho (TV 247), que ajuda a liquidar o resto de prestígio e respeitabilidade que o ex-juiz e senador em vias de ser cassado ainda tem.
Segundo Berthold, Moro foi “convidado” por familiares de Teori a se retirar do velório, que ocorria em Porto Alegre. Ele teria recorrido à ministra Carmem Lúcia, que estava presente, mas ela sugeriu que sendo Moro persona non gata no ambiente seria de bom alvitre ele se retirar.
Rabinos também comparam
“O grupo Torah Judaism, que reúne rabinos ortodoxos em Israel e várias partes do mundo, voltou a criticar o estado de Israel e afirmou que, hoje, Israel é pior do que os nazistas. Os integrantes do grupo são estudiosos da religião judaica e têm se posicionado contra o genocídio promovido por Israel contra os palestinos”.
. Portal 247
Golpe não, baleia sim
Na Polícia Federal Bolsonaro ficou em silêncio quando perguntado sobe o golpe de estado que arquitetou. Mas agora quer depor. Mas desde que seja sobre o caso da baleia jubarte.