Flávio Dino deu um show de cultura geral (inclusive religiosa) e conhecimento jurídico na sabatina de hoje no Senado. A bancada bolsonarista estava preparada para “jantar” o ministro e acabou trucidada por ele. Magno Malta, que se diz pastor de grande conhecimento teológico, sucumbiu à aula de Bíblia que lhe deu o homem que ele insistiu o tempo todo ser “um comunista juramentado”. Sérgio Moro estava com as garras afiadas para pegar o indicado de Lula ao STF no contrapé. Acabou se rendendo à capacidade argumentativa do ex-colega de magistratura e o abraçou. A foto do abraço repercutiu imediatamente nas redes sociais e deixou Bolsonaro e seus seguidores putos da vida com o ex-juiz da Lava Jato.
Deputada Gleisi, ouça Leandro Fortes
O Paraná pode ser palco de uma guerra encarniçada ente duas mulheres , na eventual disputa da vaga de Sergio Moro para o Senado, caso realmente ele venha a ter seu mandato cassado. Jair Bolsonaro está trazendo a esposa Michele para disputar a provável eleição extra , tendo a deputada federal Gleisi Hofmman, do PT, como grande e preferencial adversária. Acho, portanto, que a cúpula do Partido dos Trabalhadores, que tem Gleisi como presidente nacional, deve ouvir com atenção o experiente jornalista político Leandro Fortes.
Fortes acha que Michele Bolsonaro vem com tudo, para confrontar Gleisi nas pautas de costume, terreno em que a ex-primeira dama nada de braçada. Gleisi, portanto, não pode entrar na areia movediça do debate rasteiro que o bolsonarismo deverá propor. Fortes adverte em live na TV Forum, que a extrema direita navega com desenvoltura no campo da estupidez humana, se amalgama na escória da sociedade e se blinda nos púlpitos das igrejas pentecostais, onde a plateia é acrítica.
Caso Gleisi queira mesmo ganhar esse debate, se é que ele existirá de fato, terá que incursionar pelo terreno do Código Penal, explorando os crimes de que a ex-primeira dama era acusada e deixando de lado a questão da infidelidade insinuada pela petista.
Os dois em Curitiba
Lula vem quinta e Bolsonaro sexta . Um vem assinar contratos do programa Itaipu Mais que Energia , que garantirá repasse de verbas para prefeitos e o outro, para receber um título de cidadania que, de certa forma, causa constrangimento ao Paraná. Só lembrando que Bolsonaro articula a mudança da esposa Michele para Curitiba, para que ela concorra à vaga que muitos acreditam que Moro deixará no Senado, devido a uma provável cassação pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Lá como cá
Uma revista chamada CRISIS montou um sistema de checagem da violência sistematizada , incutida no discurso e nas ações da direita argentina liderada pelo presidente eleito e hoje empossado, Javier Milei. A constatação é de que há uma força agressiva no país, que se alia à proposta libertária para depois que chegar ao poder, mudar de tática e passar a fazer de tudo para inibir a insatisfação popular.
Bem, nós otros já sabemos como é isso. Nada diferente do que foi protagonizado no Brasil pelo bolsonarismo ,que impôs durante 4 anos à sociedade brasileira , por meio do seu discurso de ódio, uma cultura da violência. Uma cultura que muitas vezes foi materializada através de assassinatos, como o do petista Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu e das cenas de barbárie registradas na capital federal em três oportunidades, no final e no logo após o término do mandato de Jair Messias Bolsonaro.
Ele já começa afrontando o bom senso
O novo presidente da Argentina toma posse daqui a pouco e, como é da índole da extrema-direita, já começa desrespeitando as instituições do seu país antes mesmo de entrar na Casa Rosada. Segundo a imprensa argentina, Milei vai fazer seu primeiro discurso de costas para o Congresso , quebrando uma tradição de décadas. Bem, ele é do time de Donald Trump e Jair Bolsonaro. Não precisa dizer mais nada, precisa?
Um beatle é sempre um beatle. Ainda mais, Paul
Paul McCartney passou novamente pelo Brasil e encantou multidões. Sus turnê Got Back foi um arraso. No show que lotou o Alianz Parque, o velho beatle levou a plateia ao delírio . A crítica musical Fernanda Talarico, escreveu: “Assistir a Paul McCartney fazendo um show para um Allianz Parque lotado em São Paulo é como presenciar uma missa…são milhares de pessoas unidas para ver de perto um enviado de Deus. Um ídolo tão iluminado que hipnotiza e, mesmo com décadas de carreira, ainda consegue emocionar e carregar multidões”.
Ih, deu ruim !!!
A Meta informou ao STF que era impossível localizar o vídeo publicado por Bolsonaro, que incitava o golpe de estado e que foi usado para botar lenha na fogueira das invasões às sedes dos três poderes. Considerado a principal prova pela PGR para denúncia pelo 8 de janeiro, o vídeo apagado por Jair Bolsonaro foi guardado em site de arquivos online. O site The Intercept Brasil publicou o vídeo, para desespero do bolsonarismo.

Nem sempre o saco do chefe é o corrimão do sucesso
Paulo Martins foi de todos os que surgiram no Paraná, o maior baba ovo de Bolsonaro. Na cacunda de Bolsonaro foi o segundo mais votado na eleição de senador. Ante a possibilidade real de Sérgio Moro ser cassado e haver uma eleição extra agora em 2024, Martins tenta novamente se agarrar ao elemento fálico do imbrochável para conquistar a vaga eventual. O problema é que Bolsonaro e o PL querem emplacar Michele. Tanto que a ex-primeira dama já estaria até providenciando sua mudança para Curitiba. Martins, então está sendo abandonado pelo bezerro de ouro que ele tanto adorou.
Maldade, incompetência ou canalhice?
Nenhum jornalista que se preze dá uma notícia sem antes checar a veracidade dos fatos que irá expor. Portanto, soa estranho, muito estranho, a nota mentirosa do Lauro Jardim na sua coluna do O Globo. Ele estampou em manchete que o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, estava sendo acusado de racismo por uma camareira de hotel. O próprio Jardim desmentiu duas horas depois, mas o estrago estava feito. A camareira, pau mandado não se sabe de quem ainda, chegou a ir até uma delegacia no Leblon pra denunciar o ministro, que a teria chamado de “macaca”. O caso deu origem a uma investigação da Polícia Civil carioca que logo constatou que o chanceler nem tinha estado no tal hotel, onde de fato a camareira foi injuriada, mas por um hospede que sequer tinha semelhança física com Mauro Vieira.
Lula não vai e diz porque
O jornalista Alex Solnik usou a mais fina ironia para se colocar no lugar do presidente Lula e enviar uma carta ao presidente da Argentina, se justificando pela sua ausência na solenidade de posse
Primeiramente, deixe-me cumprimentá-lo pelo vice-campeonato do Boca na Libertadores. Estenda meus cumprimentos ao companheiro Macri e o meu desejo de que da próxima vez vocês montem um time melhor e consigam ganhar da gente.
Fui informado que você mandou uma carta para mim. Procurei na caixa de correio e não achei. Eu recebo muitas cartas, sabe, especialmente nessa época do ano, porque muitos me confundem com Papai Noel, mas, assim que eu encontrar, prometo ler e responder.
Soube que você vai tomar posse no próximo domingo. Eu e a Janja queríamos muito ir a Buenos Aires porque, já que o peso não vale nada, com alguns centavos de real a gente poderia comprar empanadas para toda a família para o ano todo. Seria uma baita economia pro meu cartão corporativo.
O problema é que, ao contrário de você, eu costumo cortar o cabelo e já tinha marcado com meu barbeiro particular exatamente no dia da sua posse.
Corri para desmarcar, mas ele avisou que só teria horário no mandato que vem.
Como você vai aprender, governar é fazer escolhas. Entre o barbeiro e você, vou sempre ficar com o barbeiro.







