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A face criminosa de uma farsa

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A encenação de um crime supostamente cometido por um petista contra um Bolsonarista nos protestos que continuam na saída de Maringá para Astorga, foi notícia em vários portais brasileiros. A cena, produzida para causar comoção e botar lenha na fogueira da revolta bolsonarista contra o resultado das urnas, parece chocante no primeiro momento, mas patética no segundo, quando a farsa é revelada. A arruaça acontece em frente ao Posto G-10, local das manifestações antidemocráticas, desde a divulgação do resultado da eleição presidencial em 30 de outubro. A quem cabe mandar investigar isso? Ao Ministério Público? Às forças políticas do município? Ou será que vão esperar até lá pro dia de São Nunca , a Justiça agir de ofício?

O problema está nos critérios de cadastramento

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Fragmentação de unidades familiares via inscrições individuais abriu a porta do Auxilio Brasil  para a fraude, segundo reportagem do UOL. O número de pessoas que recebe o auxílio sem precisar é enorme. Lendo a matéria do jornalista Carlos Madero, entendi porque tornou-se possível cenas como a que vi em um mercadinho de Maringá, onde um sujeito à bordo de uma caminhonete top de linha pegou uma caixa de “barriguinha” da Brahma e pagou com o cartão do benefício.

A moça do caixa se mostrou incomodada e ao questionar se iria pagar mesmo com aquele cartão, ouviu a resposta mal educada: “E daí, o que você tem a ver com isso?”. Claro que nem todos os beneficiários individuais recebem injustamente, mas parece inexplicável a burla, que gaiatos  não fazem nenhuma questão de esconder. Caso, por  exemplo, da mulher do deputado Daniel Silveira , do padre Kelmon e do empresário que debochou da mulher que servia “quentinhas”, fatos amplamente divulgados pela mídia nacional.

É sempre bom lembrar que a possibilidade de fraude em qualquer programa social existe, mas o rigor do cadastramento reduz muito as brechas para que isso ocorra. No Bolsa Família lá atrás também ocorriam distorções como as citadas a cima, mas não chegavam  nem perto do descalabro que se verifica atualmente.

Requião, inconformado

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Três vezes governador do Estado, Roberto Requião está inconformado com a privatização da Copel, que Ratinho Júnior quer fazer a toque de caixa. Ele se mostra indignado com o silêncio da mídia paranaense, principalmente da RPC. Irritado com o jornalismo da Rede Paranaense de Comunicação, ele chama de “merda” a Globo do Paraná.

Bolsas de aposta

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Eu estava com um amigo tomando café numa padaria do centro quando um cidadão sentou-se à nossa mesa e disse me conhecer de nome. Aí provocou: “Sabia que estão rolando em Maringá diversas bolsas de aposta de que o Lua não toma posse?”.  Em seguida disse que iria apostar R$ 1 mil no impedimento.  E perguntou pra mim: “Topas?”. Eu disse que não, porque se eu tivesse R$ 1 mil estaria no Catar tomando cerveja”. Foi a forma que encontrei de botar um ponto final na conversa.

Autonomia e esquartejamento

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O Corpo de Bombeiros é , desde sempre, uma corporação ligada à Polícia Militar. Mas o governador Ratinho Júnior que cortar esse cordão umbilical.  Para isso, está enviando proposta de emenda à Constituição do Estado para que o CB tenha autonomia financeira e administrativa. Se isso é bom ou ruim, não se sabe, mas autonomia é sempre uma coisa positiva. Tomara que a mudança sirva para dar melhor estrutura e condições de maior aprimoramento dos “soldados do fogo”.

Enquanto a autonomia do Bombeiros não vem, Ratinho Júnior quer esquartejar a Copel, cuja privatização pretende fazer com a rapidez de uma estrela cadente. Pra isso deve montar na Alep uma verdadeira tropa de choque.

Ele plantou uma semente tóxica

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Depois de deixar encaminhado um processo de privatização das escolas públicas do Paraná, o secretário de educação do Estado, Renato Feder, vai cantar em outra freguesia no próximo ano. Convidado pelo governador eleito Tarcisio de Freitas, ele deverá levar sua expertise para S.Paulo, onde os ativistas não lhe darão a vida fácil que teve por aqui. Se depender de gestores como Ratinho Júnior e Tarcísio, o estado brasileiro abdica do seu dever constitucional de bancar a educação, principalmente no ensino básico. Feder, deixa o Paraná após ter plantado aqui a semente tóxica do seu liberalismo torpe.

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Até quando?

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Moradores das proximidades do Tiro de Guerra de Maringá estão indignados, e alguns até com medo, das arruaças que continuam acontecendo naquela região da cidade. Um deles diz, em comentário nesse blog: “Nós moradores do Jardim Mandacaru, Canadá e região não aguentamos mais, todo domingo é uma baderna só em frente do Tiro de Guerra praticado pelos bolsonaristas. Baderna, acumulo de lixo, prostituição, brigas, álcool, consumo de droga e até sexo em plena rua”. E concluiu conclamando ao prefeito Ulisses Maia para que tome uma providência…”pelo amor de Deus!”.

Há casos de gente com bandeiras batendo nos carros, há lixo acumulado na Av. Mandacaru, há denúncia de ameaças a moradores. Uma família foi insultada porque tinha no seu carro, que estava na garagem, um adesivo do Lula. O morador chegou a registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia, que fica ali perto, mas até agora nenhuma providência foi tomada.

Consciência negra

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Feriado não haveria de ser porque hoje é domingo. Mas quantos municípios paranaenses celebrarão o Dia Nacional da Consciência Negra?   Só cinco estados aprovaram leis estaduais regulamentando o feriado de 20 de novembro – Alagoas, Amazonas, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Maranhão. São Paulo está fora, mas 106 cidades consideram a data feriado, inclusive a capital. No Paraná, vários grupos de ativistas tentaram, mas não conseguiram convencer a Alep a aprovar uma lei estadual que declarasse feriado o dia da morte de Zumbi dos Palmares.

Só mais 9

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O governo Ratinho Júnior iria criar 8, mas decidiu incluir mais uma no pacote de novas secretarias estaduais para o segundo mandato. Maledicências à parte, o blogueiro Zé Beto não deixou por menos: “Com as novas secretarias que serão criadas no Paraná, Ricardo Barros nem precisa se preocupar em perder a liderança do governo na já era Bolsonaro”.

Já que perguntar não ofende…

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O que explica que manifestações golpistas continuem acontecendo e justamente diante de quarteis? Ora, se afrontar a ordem democrática é crime, cadê as providências? Até quando o alto comando do Exército vai permitir o aprofundamento da crise de credibilidade da instituição militar?