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A nova velha praça

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A Praça Napoleão Moreira da Silva, revitalizada, já está sem os tapumes, pronta para ser reinaugurada amanhã. Desde os anos 1960, quando foi construída, a praça  leva o nome do baiano de olhos verdes que aportou  aqui na década de 40 e  se tornou um grande comerciante do setor de secos e molhados. Postei que ele teria sido dono da Casa Moreira, mas o pioneiro Nelson Barbosa me corrige. Não, não era a Casa Moreira, que ficava na Av. São Paulo, onde hoje é o Shopping Avenida Center, e sim a Casa Napoleão, no Maringá Velho.

O comerciante está entre os primeiros vereadores do município, sendo aliás, o mais votado em 1952, primeira eleição  depois que Maringá deixou de pertencer à Mandaguari. A Praça Napoleão ficou um luxo. Depois dela, espera-se agora a revitalização da Raposo Tavares que, convenhamos, está um lixo.

 

Honrar ou não honrar? Eis a questão

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A vereadora Lucinha Damaceno Teodoro foi eleita anteontem vice-presidente da Câmara Municipal de Quinta do Sol. Ao ser  empossada criticou as pessoas falsas e dissimuladas que conhece e mandou um recado aos machistas  da Casa: “Sou mulher, sergipana e honro o que tenho no meio das pernas. Sei que tem homem que não honra”.

A Sanepar não aprendeu

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Trabalhadores de uma empresa terceirizada  contratada para tapar buracos abertos pela  Sanepar nas ruas de Londrina estão denunciando a estatal no Ministério Público do Trabalho , como co-responsável  pelo calote que estão levando. Isso é mais comum do que parece no processo de terceirização de serviços, principalmente no setor público.

Não é a primeira vez que a Companhia de Saneamento herda um passivo trabalhista gigantesco por conta de calote de contratadas  para atividades meio. Isso aconteceu há alguns anos em várias cidades do Estado, inclusive Maringá, onde centenas de trabalhadores levaram um passa-moleque de uma tal de Mercado, cujos proprietários anoiteceram e não amanheceram.

Adeus, grande Nhô Juca

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Antônio Mário Manicardi foi o funcionário número 1 da Prefeitura de Maringá. Ajudou o prefeito Inocente Vilanova a estruturar a administração municipal e nos anos 1960 se tornou o maior comunicador sertanejo da cidade, comandando programas de violeiros nas tardes e noites de domingo, tarefa que dividia com Orlando Manin, o Coronel do Rancho.

Nhô Juca, como era conhecido é uma referência eterna da cultura popular e do rádio maringaense. Foi vereador, presidente da Câmara e membro da Academia Maringaense de Letras. Um poeta de mão cheia, homem de grande sabedoria e sensibilidade artística, pra ninguém botar defeito. Conversar com Manicardi sempre foi um prazer, além do aprendizado. Aos 97 anos, continuava ativo, contribuindo com a cidade canção do alto da sua lucidez, temperada com uma história de vida, só vista nos longevos de grande talento e generosidade. Que Deus o tenha em bom lugar, seu Mário.

A cultura, com muito axé

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Cantora, atriz, produtora cultural, embaixadora cultural da Unesco, premiadíssima no mundo das artes. Quem ousaria questionar a qualificação de Margareth Menezes, a fultura Ministra da Cultura ?

Baiana arretada, a Bahia já lhe deu régua e compasso…

Há um “Zé Pequeno” perto de você

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Talvez você identifique  “Zé Pequeno”  com algum político que lhe é próximo e ao qual você reconhece coerência: a de ser governo sempre, não importa quem seja o governante:

“Zé Pequeno era o líder dos carroceiros de João Pessoa. Comandava desfiles de carroças em homenagem ao interventor Argemiro Figueiredo e ao prefeito Fernando Nóbrega, na ditadura de Getulio Vargas.

De repente, Argemiro caiu, Nóbrega também. Zé Pequeno guardou sua carroça, plantou-se dentro de casa. Um dia, dois, ninguém o viu mais. No terceiro dia, engraxou os sapatos, vestiu a roupa de domingo, pôs a gravata e passou pela casa de Fernando Nóbrega:

– Chefe, vou ao palácio apoiar o novo interventor, Rui Carneiro.

– Por que tanta pressa, Zé Pequeno?

– Ah, doutor, três dias longe do governo é demais. Se eu ainda fosse um Zé Grande, mas sou apenas o Zé Pequeno”.

. Folclore Político, de Sebastião Nery

Nem rima pobre, nem rima rica, mas rima suja

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O Senado aprovou com folga em dois turnos a PEC da transição, que dará ao novo governo folga orçamentária para cumprir os compromissos sociais mais urgentes assumidos por Lula na campanha, caso específico do Bolsa Família. Na Câmara Federal o centrão ameaça trabalhar pela rejeição caso o STF declare inconstitucional o orçamento secreto. E desde já, tenta chantagear o novo governo para incluir as imorais emendas do relator na Proposta de Emenda Constitucional, que ainda precisa passar pelo crivo dos deputados.

Um dos artífices  da resistência, que também pode ser chamada de chantagem, atende pelo nome de Ricardo José Magalhães Barros, autodenominado político de resultados. Concordo que temos um presidencialismo de coalizão e isso e salutar. Mas o presidencialismo que o centrão tenta impor ao país é uma espécie de presidencialismo de extorsão.

A propósito, centrão e coalizão são palavras que  podem dar rima rica. Mas no caso em questão, o que temos é uma trova com rima suja.

Ratinho prioriza esporte de elite

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O governo do Paraná decidiu destinar R$ 9 milhões provenientes do ICMs para incentivar o  Golfe em 2023. Não é preciso dizer que este é um esporte de elite, que nem precisa de dinheiro público para se desenvolver. Em contrapartida ,o governador deixa a ver navios atletas paraolímpicos que precisam de incentivo financeiro para se prepararem visando competições pan-americanas e as Olimpíadas de 2024.

Treta com o prefeito

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O prefeito de Sarandi , Walter Volpato, não gostou de ser questionado por um munícipe sobre a qualidade da saúde pública em seu município e bateu boca. Wesley Pereira Gomes reclamou da forma como sua filha de 5 anos foi atendida na UPA e acabou levando um soco na boca, desferido, não pelo prefeito, mas pela primeira dama Lúcia Volpato. O caso foi parar na delegacia.

TSE julga o futuro de Moro

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O Tribunal Superior Eleitoral deve julgar na próxima quinta-feira a impugnação da candidatura do senador eleito Sérgio Moro (União Brasil). O registro foi contestado pela Federação Brasil Esperança (PT, PV e PC do B), que acusa o ex-juiz de não ter cumprido o prazo legal para filiação à União Brasil, que é de seis meses antes da eleição. Se escapar dessa ação, Moro enfrentará a do PL , partido do presidente Bolsonaro. O diretório do Paraná tenta derrubá-lo para viabilizar a eleição de Paulo Martins, que ficou em segundo lugar.