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Não subestimemos o perigo

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Pelas redes sociais, principalmente grupos de WhatsApp, empresários da região estariam fomentando boicotes a colegas que não aderiram de corpo e alma ao bolsonarismo no segundo turno. Há casos até de proprietários de cachorro quente sendo ameaçados. Um amigo de Mandaguaçu me  ligou dizendo que na vizinha cidade nem pipoqueiro escapa da perseguição.

Tudo isso é resquício do clima de ódio que predominou na disputa eleitoral mais renhida da história da república, desde Deodoro. E tudo se agrava quando você vê figuras como o ex-campeão mundial de Fórmula-1, Nelson Piquet, pregando a morte do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva.

Claro que essa onda de ódio que começou na verdade em 2018 vai se dissipar, porque a força da sensatez e da racionalidade é mais poderosa. Mas é preciso que a sociedade brasileira dê um basta nisso. Caso contrário, manifestações como aquela de cunho nazista que se viu em Santa Catarina e que foi rechaçada de pronto pela comunidade judaica , poderão encontrar espaço para avançar. O Brasil não pode servir de ninho para galar o ovo da serpente.

Atentado

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A Polícia Civil investiga um ataque a tiros contra a sede do PT em Pontal do Paraná. Os disparos acertaram a fachada e uma placa de identificação.  O atentado foi durante a madrugada.

Cincão, e olha lá

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O deputado estadual Arilson Chiorato, coordenador da campanha de Lula no Paraná disse que há um compromisso do presidene eleito de “enterrar o pedágio mais caro do mundo, que é o do Paraná”. O parlamentar vai a Brasília conversar com o vice-presidente Geraldo Alckmin, coordenador da transição, para detalhar a proposta que apresentou ao então candidato a presidente e ele assinou embaixo. O pedágio no Paraná, então, teria uma tarifa máxima de R$ 5,00.

Mas Chiorato teme que o governador Ratinho Júnior e o ainda presidente Jair Bolsonaro se antecipem e fechem o contrato com as concessionarias em bases absurdas. Nesse caso a briga iria para a Justiça, com base inclusive, em uma série de determinações e recomendações do Tribunal de Contas da União, que preisam ser cumpridas.

O novo nome de Maringá com força no governo

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O ex-governador do Piauí e agora senador eleito Welington Dias, citou hoje na Globo News o deputado maringaense Ênio Verri como um nome importante na equipe de transição liderada pelo vice presidente Geraldo Alkmin. Ele, Wellington, terá reunião amanhã com o relator-geral do Orçamento da União para 2023, para tratar de ajustes que permitam o presidente Lula cumprir já a partir do ano que vem, seus compromissos de campanha na área social, como o Auxilio Brasil, que voltará a ser Bolsa Família, o reajuste do salário mínimo acima da inflação e a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Nessa reunião deverão estar juntos com Dias, parlamentares do PT, como é o caso de Ênio. O senador eleito, que é cotado para o Ministério da Economia ou Casa Civil, repetiu o discurso de conciliação de Lula, feito após a proclamação do resultado das urnas no domingo de que “a eleição terminou, temos agora é de cuidar de unir o Brasil”.

É crime. E aí, governador?

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Informa o jornalista londrinense Cláudio Osti, no seu blog Paçoca com Cebola , que Edimar Leduc, lotado na Celepar desde 2019 com salário de R$ 25 mil , está usando o seu Instagram para pedir “intervenção militar” no Brasil após a vitória de Lula no domingo. O que se pergunta é o seguinte: será que o governador Ratinho Júnior vai tomar alguma providência contra o servidor comissionado do seu alto escalão, já que ataque às instituições democráticas é crime?

A coerência é fundamental

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Não conheço os detalhes da ação de infidelidade partidária movida pela  Rede para tirar o mandato do vereador Flávio Mantovani, que parece já ter perdido em duas instâncias da Justiça Eleitoral. Também não conheço o Bacurau, seu suplente,  mas de uma coisa tenho certeza: se Mantovani perder sua cadeira na Câmara Municipal , Maringá perderá um bom vereador,  reconhecido batalhador pela bandeira da proteção aos animais domésticos, principalmente cães.  Ocorre que a moeda tem dois lados. Ressalto a minha posição favorável ao lado da coerência política e do fortalecimento da instituição partidária, fundamental à consolidação da democracia.

O desabafo do Walbinho

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Assim como na Alemanha, na década de 30 do século passado, Maringá envergonha sua história com lista de empresários e profissionais, identificados com a frente ampla da oposição, que precisam ser discriminados. Lamentável.

Por coerência, preservo nomes dos listados mas manifesto minha imensa solidariedade a cada um de vocês. Pluralidade, liberdade e respeito são essenciais na democracia. Fora disto, só a bárbarie.

. Walber Guimarães Jr

PS: Só lembrando que o filho do saudoso Walber Guimarães, engenheiro formado na UEM e atualmente empresário na área de comunicação em Cianorte, não é petista e muito menos lulista. É sim, um democrata de quatro costados.

Na contramão dos preceitos democráticos

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O presidente Jair Messias Bolsonaro, enfim, reconheceu a derrota, dois dias depois de encerrada a totalização dos votos. Mas falou pouco, não cumprimentou o presidente eleito e nem desestimulou os bloqueios, que só estão sendo desmontados  graças a ação firme do ministro Alexandre de Morais. Enfim, seguiu à risca a cartilha de Trump, transformando as rodovias brasileiras no seu capitólio.

Recomendam os preceitos  de qualquer democracia do mundo, que após uma eleição, seja qual for o seu nível de tensão, que o vencedor faça imediatamente um discurso de conciliação nacional, de união, acenando para a necessidade de cura das feridas eventualmente produzidas durante o embate. Foi exatamente o que Lula fez no seu primeiro pronunciamento após a proclamação dos resultados pelo TSE. Do lado do perdedor, é fundamental para a democracia que ele reconheça a derrota, agradeça os votos que teve, cumprimente o adversário e lhe deseje boa sorte. Bolsonaro não seguiu esse manual de civilidade. Ao contrário, manteve um silêncio de 48 horas, silêncio que produziu arruaça nas estradas, com consequências danosas para o país.

Só lembrando, e lembrar nesse contexto é de fundamental importância para a compreensão do comportamento do presidente cessante, que em 2018 quando foi proclamado o resultado das urnas,  Fernando Haddad reconheceu imediatamente a derrota e  cumprimentou Bolsonaro pela vitória. O que fez, então, o presidente eleito? Gravou um vídeo na sua casa no Rio de Janeiro e hostilizou o PT, fazendo o tradicional gesto conhecido como “arminha”, e dizendo que iria mandar a petralhada para a Venezuela. Ali, ele estava plantando a semente do ódio, marca registrada do seu governo. O resultado não poderia ter sido outro, infeliz e desgraçadamente.

O inconformismo chegou

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Quem é a servidora pública municipal que iniciou o chamamento dos bolsonaristas inconformados para engrossar  o protesto dos caminhoneiros na saída de Maringá para Astorga? Ali pelo meio da tarde de hoje uma pequena multidão assustou os fiéis que estavam na Catedral. Ninguém ali reconhecia o resultado das urnas. A ordem era gritar palavra de ordem, a favor do mito e contra quem o derrotou nas urnas.

“Chorão” não chorou, falou e disse

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O líder dos caminhoneiros, Wallace Landum, conhecido como “Chorão”, está espumando de raiva com a extrama-direita que segundo ele está usando a categoria para fazer arruaça no país, tentando dinamitar a democracia e se escondendo atrás de uma categoria proissional tão importante para o país como é a dos motoristas .

 “O que me deixa triste é que muitos estão usando o nome da nossa categoria, porque a gente provou em 2018 que essa classe consegue bloquear o país. Tem 271 pontos parados. Em 2018 só tinha 52, porque a gente ia no ponto estratégico. Isso deixa claro que a turma da extrema direita está usando o nome dos caminhoneiros para fazer ato contra democracia”, afirmou Chorão. Ele garantiu que a Abrava entidade que preside, jamais vai lutar contra a democracia e que o foto dela é única e exclusivamente a defesa dos interesses dos profissionais do volantem que cruzam o Brasil todos os dias para transportar o progresso.