Início Site Página 218

Moro entra, o PT se retira

1

O ex-juiz federal e agora senador eleito Sérgio Moro subiu hoje à tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná, a convite do deputado Luís Fernando Guerra, do União Brasil. A bancada do PT, como era de se esperar, se retirou do plenário. Moro, no comando da Lava Jato tirou Lula da eleição de 2018 e o deixou 580 dias preso na sede da Polícia Federal em Curitiba por conta de um tríplex que nunca a e ele pertenceu.

Só lembrando que o  tal imóvel, de propriedade da OAS, foi dado como pagamento de dívida à Caixa Econômica pelo seu proprietário Léo Pinheiro, que incriminou Lula na delação premiada. O encarceramento de Lula facilitou a eleição de Bolsonaro, que premiou Moro com sua nomeação para o Ministério da Justiça. Sérgio Moro deixou o governo atirando, acusando o presidente de de intervir na Polícia Federal para barrar investigações contra seus filhos e aliados. O ex-juiz tentou disputar a presidência por São Paulo, não conseguiu e voltou ao P\araná onde se elegeu senador. No segundo turno voltou a grudar em Bolsonaro e até acompanha-lo nos debates da Band e da Globo, como tática de intimidação do candidato petista. Mas não funcionou.

PSD com um pé na canoa de Lula

1

Segundo o Valor Econômico, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, já deu sinal verde ao presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para que o partido faça parte da base de apoio do presidente Lula no Congresso Nacional. Bolsonarista de primeira, Ratinho já estaria lulando.

A propósito, lembro de uma tese de mestrado da professora Maria Lúcia Barbosa (ex-UEL) sobre oposição ao presidente da república na Câmara e no Senado. Ela dizia: “Presidente só tem dificuldade de aprovar seus projetos no parlamento brasileiro se for ruim de negociação”. Lula já provou que é bom na arte de negociar politicamente.

Se Ratinho insistir na privatização, Ulysses passa giz no taco

1

“A Copel e a Sanepar têm duas funções fundamentais: promover o desenvolvimento econômico e social do Paraná. Empresas com funções como essas, especialmente na área social, não devem ser passadas para a iniciativa privada, onde a visão financeira se sobrepõe a todas as outras”, disse o governador Ratinho Júnior  em 2019 , ao descartar o interesse do seu governo em privatizar as duas estatais.

Mas corre nos bastidores a informação de que o governador reeleito vai nesta terça-feira a Brasília se encontrar com a equipe de transição do governo Lula, levando na bagagem uma proposta de privatização da Copel e da Sanepar, exatamente o contrário do que pensa o sucessor de Jair Bolsonaro. Talvez só Ratinho ainda não saiba que a Copel já tem dado alguns passos nessa direção e a Senepar quase não tem mais ações preferenciais para vender. Até o Baianinho Engraxate tem conhecimento que a Sanepar está semiprivatizada e que distribui dividendos vultosos para grandes acionistas, Grupo Dominó à frente.

Ressalte-se, aliás: o fato da Sanepar estar semiprivatizada reforça o movimento de municípios médios e grandes, caso de Maringá e Londrina, em favor da municipalização dos seus sistemas de saneamento básico. O caso específico de Maringá está pela bola 7. Se o governador insistir na tecla da privatização, aí o prefeito Ulysses Maia mete a bola na caçapa e corre pro abraço.

Na mira telescópica do MP

9

Eles fotografaram as urnas e vão pagar caro por isso. O Ministério Público do Paraná está acionando quatro eleitores , três de Goioerê e um de Moreira Sales, que não só fotografaram como fizeram questão de se exibir, dizendo em suas redes sociais que registraram seus votos, como se fosse uma vitória driblar a vigilância da Justiça Eleitoral. Com perdão da expressão chula, mas foi isso mesmo: tomaram na tarraqueta.

O sempre presente Drummond

1

Ele estaria completando 120 anos de idade em 31 de outubro, um dia após a eleição que o levaria à urna para votar , com toda certeza, contra a ameaça à democracia, que prezava tanto. Viva o grande poeta Carlos Drummond de Andrade, que um dia ensinou a mim e a milhões de brasileiros, que não devemos lamentar a ausência:

“Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim”.

Ratinho tenta barrar Requião

3

Ratinho Junior estaria agendando uma audiência com o vice-presidente Geraldo Alckmin para a próxima semana. É uma tentativa, legítima diga-se de passagem,  de aproximação com  o presidente Lula, através do vice e coordenador da transição.  Mas corre nos bastidores uma conversa de que o governador do Paraná deverá abordar com Alckmin um tema que pode não desagradar o vice mas certamente não agradará o presidente.

Ratinho estaria pretendendo evitar que o ex-senador e ex-governador Roberto Requião tenha alguma participação no governo Federal. Requião estaria cotado para ser  presidente da Itaipu Binacional ou da Petrobrás. Isso, evidentemente, provoca urticária em Jota Erre, que trabalha para vetar o nome do seu grande adversário regional. Para isso, ele tenta o apoio do presidente do seu partido, Gilberto Kassab, que terá total domínio sobre a bancada do PSD no Congresso Nacional. Isso não vai prestar.

(Fonte: Blog do Esmael Morais)

Se tem Constantino, por que não Deltan?

2

O ex-procurador federal Deltan Dallagnol, que se elegeu deputado federal pelo Paraná, estreou na Gazeta do Povo, como colunista. A Gazeta, que já foi chamada de Engaveta, está cada dia pior. Mas , pra quem já tem Rodrigo Constantino, qual o problema ter Deltan?

Não se combate incêndio com gasolina

5

Com toda sinceridade, a resposta da presidente do PT, Gleisi Hofmann, ao pedido de perdão de Edir Macedo foi de uma grosseria sem tamanho. Revelou soberba e com isso, ela botou mais lenha na fogueira da PTfobia. De quebra, se nivelou aos picaretas da fé, que ajudaram a transformar o bolsonarismo em uma seita.

O mesmo digo do Mário Verri, por quem tenho grande estima, ao subir na tribuna da Câmara Municipal de Maringá para chamar de imbecis os bolsonaristas que continuam protestando contra o resultado das urnas. Não é assim que agem os vencedores de uma disputa tão acirrada e tão selvagem como foi a da eleição presidencial desse ano. Não precisa passar pano, precisa sim é cobrar das autoridades judiciárias e policiais, providências contra os incitadores do ódio e da violência. E claro, insistir no discurso da pacificação nacional.

Atacaram até o ministro

6

O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, se viu em apuros hoje em Porto Belo, Santa Catarina, onde foi hostilizado por um grupo de bolsonaristas, insatisfeitos com o resultado das urnas. A manifestação só  não teve consequências graves porque a Polícia Militar chegou rápido e dispersou a aglomeração. Mais tarde o gabinete do ministro emitiu a seguinte nota: “A democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas. O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir”. 

Dr. Manoel

1

Fiquei sabendo do problema grave de saúde que teve o vereador Dr. Manoel Sobrinho e confesso que fiquei preocupado com este grande potiguar, grande brasileiro e grande maringaense. Dr. Manoel é um desses médicos que honram o juramento de Hipócrates, posto que é um vocacionado para a medicina. E tem na medicina um sacerdócio.

Hoje, o encontrei no centro, retornando do seu consultório, graças a Deus cheio de saúde e vendendo lucidez. Grande “Manoelzinho”, que cumpre mais um mandato de vereador, qualificando como sempre, o debate político na Câmara Municipal de Maringá. Muita saúde e vida longa, meu caro amigo.