Moro se deu bem no TRE do Paraná e agora os processos que pedem sua cassação subiram para o TSE. Entre os partidos que tentam cassar o mandato de senador do ex-juiz da Lava Jato está o PL, de Bolsonaro, que convenhamos, Moro ajudou a eleger em 2018, tirando Lula da disputa. O resto da história todo mundo sabe.
Simples assim
O setor energético mexe com infraestruturas sensíveis que precisam ser monitoradas o tempo todo. É o caso de barragens, que se tornam perigosas se negligenciadas. Prevenir desastres ambientais e catástrofes sociais exige planejamento e recursos, que só o estado é capaz de disponibilizar, porque a função do estado é usar o dinheiro público para dar segurança e bem-estar à população. A iniciativa privada, ao contrário, só pensa em lucros e para obter os lucros astronômicos que almeja ao comprar uma empresa pública de energia ou saneamento básico, só serão auferidos se restringir gastos ao máximo. Não precisa, então, ser de esquerda para saber que privatização de empresas estratégicas é crime de lesa pátria.
Olha só, onde foi parar o orelhudo
Enviei um exemplar do meu livro para o presidente Lula e recebi de Cláudio Soares Rocha, Diretor de Documentação Histórica do gabinete pessoal do Presidente da República, o seguinte ofício:
“Prezado senhor Messias Mendes:
Em nome do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agradecemos imensamente o envio do livro Orelha de Jegue. Informamos que o presente foi registrado e está a disposição do Presidente e sua equipe”.

Querelas do Brasil
Como o Brasil renega seus verdadeiros heróis e endeusa os pretensos, invariavelmente com mãos sujas de sangue ? Como a Marinha brasileira pode achar que o marinheiro João Cândido, o navegante negro que liderou a revolta da chibata em 1910 não merece o panteão da história? Como o país pode se permitir não reverenciar figuras tipo Milton Santos, Paulo Freire, Darcy Ribeiro, os irmãos Cláudio e Orlando Vilas Boas, Luiz Carlos Prestes e Dom Helder Câmara? E na política, dá pra fazer de conta que não marcaram presença em nossa história, homens como João Goulart, Miguel Arraes, Leonel Brizola e Teotônio Vilela?
“Me inclua fora dessa”, diria Conselheiro
Deltan Dallagnol desistiu de disputar a eleição para prefeito da capital paranaense. Nada modesto, o deputado cassado diz que tem uma missão transformadora para o Brasil. Há quem o chame de Antônio Conselheiro da República de Curitiba. Eu particularmente não acho essa comparação de bom tom. Sinceridade, o fundador do Arraial do Belo Monte, mais conhecido como Canudos, não merece essa desonra.
Era sim, uma casca de banana
Tardiamente, mas o presidente Lula deve ter se dado conta de que sua assessoria o colocou numa roubada, indo a uma manifestação do dia do trabalho que até o Tiririca percebeu que seria um fisco. Alguns colunistas políticos classificaram o evento como uma casca de banana que Lula pisou, mesmo sabendo que macaco velho não mete a mão e cumbuca. Flopar é coisa de Bolsonaro, Lula flopou no dia do trabalho e para piorar a espiral do desgaste, pediu votos para Guilherme Boulos, o que se configura crime eleitoral. Mas, convenhamos, se é apanhando que se aprende a apanhar, Lula já apanhou o suficiente nessa sua longa e vitoriosa carreira política. Masoquismo não faz parte do seu perfil, portanto.

Com o “laranjal” podemos passar de 15
A oficialização de candidaturas vai de 20 de julho a 5 de agosto, mas faltando quase três meses para o início das convenções partidárias, Maringá já vislumbra um quadro de pelo menos 8 pré-candidatos a prefeito. Se computarmos os eternamente concorrentes, caso de Dr. Batista e Wilson Quinteiro, vamos chegar a 10, podendo passar dos 15 se considerarmos o “laranjal” que faz parte da nossa cultura cítrica. Por enquanto, temos esses concorrentes, já em campanha:
- Cláudia Bocchi (Democracia Cristã)
- Delegado Jacovós (PL)
- Do Carmo (União Brasil)
- Edson Ribeiro Scabora (PSD)
- Evandro Oliveira (PSDB)
- Homero Marchese (Novo)
- Humberto Henrique (PT)
- Silvio Barros (PP)
Oxenti, que diabo é isso?
Conservadorismo é a rejeição do novo, da modernidade. Ou seja, é a síntese do atraso. Quando vejo dirigentes partidários e pré-candidatos estufando o peito para se dizer conservadores, me pego a pensar: “O que estes sujeitos têm na cabeça? Nada, no fundo eles nem sabem que diabo vem a ser conservadorismo”.
Quem disse que boi não voa?
Morro e não vejo tudo. Até segunda-feira o assunto era tratado como brincadeira, coisa de folclore político. Requião está preparando sua campanha para prefeito de Curitiba e articula um casamento com o tucanato. Fernanda, mulher de Beto Richa, seria sua vice. Lembrando a briga encarniçada de passado recente entre os dois ex-governadores, fica difícil imaginar uma chapa Requião-Fernanda. Mas o encontro entre Roberto e Beto houve mesmo, de acordo com nota postada pelo bem informado Esmael Morais. Bem, Morais lembra que apesar das desavenças, Roberto Requião e Beto Richa chegaram até a dividir um sanduiche de mortadela em 2022. Considerando que Requião e José Richa, o pai de Beto, militaram juntos no “MDB velho de guerra” , essa tabelinha de agora não tem nada de inverossímil.
É como dizia o astuto jornalista Sebastião Nery: em política nada é impossível, até boi pode voar. Com perdão do trocadilho infame: os argentinos estão cansados de ver “Boi nos aires”.
Coisas da política
Wilson Quinteiro, que de acordo com especulações, estaria praticamente definido como candidato a vice na chapa encabeçada por Silvio Barros II, gravou depoimento em vídeo, que circula nas redes sociais, desmentindo tal composição. Ele afirma que é pré-candidato, mas a prefeito, pelo PL. Só lembrando: Quinteiro disputou algumas eleições majoritárias e proporcionais pelo PSB de Maringá. Mas, depois de tantos anos, abandonou um partido tido como de centro-esquerda para ingressar na ultradireita. Será que Aldo Rebelo explicaria tamanha guinada?
