O bolsonarismo está exultante com a vitória de Donal Trump, soltando foguetes como se o presidente americano fosse facilitar a anistia de Jair Messias Bolsonaro para que ele dispute as eleições de 2026. A bancada direitista no Congresso Nacional via certamente articular isso, mas qualquer que seja o projeto votado pela Câmara e Senado nesse sentido será inconstitucional e não passará pelo crivo do Supremo. Mas a pressão será muito grande.
O momento de euforia deve passar, quando os bolsonaristas perceberem que Trump não fará tanto empenho assim pela volta de Bolsonaro à disputa eleitoral, porque apesar do projeto global de expansão da direita que ele representa, as demandas dos americanos que o reconduziram à Casa Branca , lhe ocuparão todo o seu tempo. A preocupação maior de Trump atende pelo nome de China. E desde já, os Estados Unidos devem ficar de orelha em pé, porque Xi Jinping não brinca em serviço.
O governo chinês deve fortalecer ainda mais os Brics e a China, aumentar sua influência no mundo, hoje na condição de segunda maior potência do planeta, com perspectiva de chegar a desbancar Tio Sam. Quanto ao Brasil, Lula não terá moleza com Trump e por isso, também investirá tudo e mais um pouco nos Brics, tentando fortalecer o Mercosul, porque o enfrentamento do poderio da direita global terá que ser feito, não com o fígado, mas com a inteligência. Assim é que é.
A parte positiva da eleição de Trump é que assistiremos a aceleração do processo de derrocada dos Estados Unidos como potência mundial com a política isolacionista e de não cooperação com os organismos internacionais de Trump. Na primeira gestão Trump (de 2017 a 2020), foi o período em que a China mais se beneficiou dessa política trumpista e ampliou seu poder sobre várias regiões do globo, quase assumindo o papel de principal potência mundial, tanto que até o Elon ‘Mosca’ levou sua indústria de automóveis para o território chinês.
A China agradece a eleição do bufão.
EUA em franca decadência do Império, endividados, ultrapassados em riqueza e tecnologia pela China, mesmo assim os Vira-latas beijam a bandeira dos EUA.